Referência em cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e outras especialidades, o Hospital Federal do Andaraí, sob gestão compartilhada com a Prefeitura do Rio há um ano, vai dobrar sua capacidade de atendimento nas emergências. A expansão será possível graças ao novo Centro de Emergência Regional (CER), inaugurado nesta quinta-feira (4), com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do vice-prefeito Eduardo Cavaliere, e do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Reaberta em fevereiro após uma interdição de quatro anos, a emergência da unidade vinha operando desde fevereiro em local provisório. Com as melhorias, a unidade passa a ter capacidade para atender até 167 mil pacientes por ano, o dobro do registrado antes da reestruturação. Entre junho e novembro de 2025, foram 38.325 atendimentos emergenciais na unidade.
O novo CER do Andaraí passa agora a funcionar em suas instalações definitivas, localizadas no primeiro andar do complexo do hospital. Com estrutura de ponta, o ambiente conta com três salas de classificação de risco; quatro consultórios clínicos; salas de estabilização, de espera, de sutura, de curativos, de hipodermia com 17 cadeiras (para medicação e nebulização), de coleta de sangue e do Serviço Social; além de estar técnico.
Outra entrega importante foi a reabertura do restaurante do Hospital do Andaraí, que estava fechado havia 12 anos. Equipado com aparelhos de cozinha de escala industrial, o setor é destinado a acompanhantes de pacientes internados e profissionais de saúde, além de fornecer as refeições e dietas dos pacientes. A capacidade é de 3,2 mil refeições por dia.
Além dos serviços reabertos nesta quinta-feira, no Hospital do Andaraí já foram reinaugurados o setor de ortopedia do segundo andar, que tinha leitos fechados havia mais de oito anos, o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) no 9º andar, a enfermaria do 10° andar e o ambulatório, entre outros setores.Até o primeiro semestre de 2026, serão reabertos todos os demais serviços que ainda estão em obras, como o centro cirúrgico, o setor de oncologia, os centros de imagem, o parque tecnológico e o novo setor de trauma.
O hospital teve instalado ainda um novo aparelho de tomografia, duplicando sua capacidade para realização do exame. Em maio deste ano, o HFA recebeu um acelerador linear do Programa Agora Tem Especialistas, A instituição, que ainda não possuía equipamento de radioterapia, agora tem capacidade para atender até 600 novos casos de câncer.
Uma alegria estar aqui inaugurando essa nova área de urgência e emergência do Andaraí, que já começa a funcionar a partir de hoje (quinta-feira) à noite, 24 horas por dia. E a gente inaugura na próxima segunda-feira (8/11) a nova emergência pediátrica do Andaraí”, antecipou o ministro. “Hoje também a gente comemora um ano dessa reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro, nessa parceria com a prefeitura”, completou.
Aumento de 87% nas cirurgias no Cardoso Fontes
Em Jacarepaguá, na zona sudoeste do Rio, Padilha visitou ainda as obras do novo CER do Hospital Cardoso Fontes, e participou da entrega das obras do prédio B, onde se encontram as dependências administrativas da unidade e o Centro de Estudos, além do novo sistema de climatização dos leitos. Entre janeiro e julho de 2025, a produção ambulatorial aumentou, ultrapassando 488 mil atendimentos, além de alcançar a marca de 2.978 procedimentos cirúrgicos, um aumento de 87% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em fevereiro deste ano, o hospital – que também está sob gestão da Prefeitura do Rio de Janeiro – voltou a operar o serviço de atendimento 24 horas, com equipes completas, leitos ampliados e especialidades que atendem às necessidades da população. Especializado em atendimentos nas áreas de oncologia, cardiologia, endocrinologia, infectologia e mais, o HFCF está com corpo de funcionários 57% maior, totalizando 2.241 profissionais.
O impacto dessa mudança é evidente: quase 3 mil cirurgias realizadas em poucos meses, cada uma representando histórias de alívio, recomeço e vidas transformadas. O resultado reforça o compromisso de uma gestão que coloca o paciente no centro de todas as decisões”, disse o ministro.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, estão no momento em curso na unidade as obras do CER Jacarepaguá, nova emergência do Cardoso Fontes, dos setores de atendimento, da nova cozinha e urbanização da área externa. Também estão em processo os trabalhos de modernização do centro de imagens, incluindo a instalação de dois novos tomógrafos, um deles com capacidade para pacientes superobesos.
Sob gestão da Prefeitura do Rio, já foram reabertos na unidade a emergência, que realizou 10.054 atendimentos de junho a outubro; o setor de Pediatria; 10 leitos de CTI pediátrico; ampliadas as salas cirúrgicas e a enfermaria clínica, que saiu de 30 para 60 leitos, expandindo a oferta de internação de média e alta complexidade. A reestruturação completa de ambas as unidades está prevista para o primeiro semestre de 2026.
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Quase R$ 1 bilhão foram investidos
Os hospitais federais do Rio de Janeiro vêm passando por um processo de reestruturação total, com foco na ampliação e na qualificação dos serviços de atendimento especializado no estado. As ações fazem parte do Plano de Requalificação dos Hospitais Federais, dentro do programa Agora Tem Especialistas, que visa ampliar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias, reduzindo o tempo de espera na rede federal de saúde
Segundo o Ministério da Saúde, no total, mais de R$ 910 milhões foram investidos na reestruturação nos hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes. Desse montante, R$ 610 milhões vieram do teto MAC (Média e Alta Complexidade), além de R$ 200 milhões destinados ao Hospital do Andaraí e R$ 100 milhões ao Hospital Cardoso Fontes.
Somente no Andaraí, foram R$ 600 milhões investidos, tanto do Governo Federal, em obras, quanto também de recursos a mais para a Prefeitura poder contratar mais profissionais. Nós saímos de cerca de 50% da taxa de ocupação de leitos aqui para mais de 80% da taxa de ocupação de leitos, mais do que dobramos os procedimentos de cirurgias, atendimentos e atendimentos especializados no Andaraí”, disse o ministro Alexandre Padilha.
Durante a visita, o ministro também destacou os avanços recentes na captação de recursos internacionais para modernizar a rede federal no estado. O investimento contemplará obras e ampliações nos Hospitais do Andaraí, Cardoso Fontes e Lagoa, além de novas UTIs para o Hospital Federal de Bonsucesso e para a UFRJ.
Duas semanas atrás, anunciamos um projeto para buscar financiamento do Banco do BRICS e trazer hospitais de alta tecnologia da China e da Índia para o Brasil. Com esses recursos, vamos modernizar vários hospitais aqui no Rio de Janeiro”, afirmou Padilha.
Um ano de gestão compartilhada com a Prefeitura do Rio
A data marca um ano da gestão compartilhada entre Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde (SMS), período em que os hospitais passaram por uma reestruturação completa para ampliar e qualificar o atendimento. Em menos de 12 meses, as unidades foram transformadas em serviços que acolhem, atendem e salvam vidas, funcionando 24 horas por dia, com equipes completas, mais leitos e especialidades alinhadas às necessidades da população.
O evento que marcou um ano da transferência da gestão para o município aconteceu nesta quinta-feira no Hospital do Andaraí, onde novas instalações foram entregues, e contou com as presenças do vice-prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere, e do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Durante a cerimônia, os gestores destacaram a parceria na gestão dos dois hospitais federais como um modelo para o Sistema Único de Saúde.
De acordo com a SMS-Rio, a atual etapa de inaugurações inclui melhorias em ambas as unidades, com destaque para a entrega das instalações definitivas da emergência do Hospital do Andaraí. “Sob gestão da Prefeitura, os dois hospitais vêm aumentando a oferta de serviços, o que amplia o acesso da população à saúde e impacta diretamente para a redução das filas dos sistemas de regulação”, diz a pasta.
A Prefeitura do Rio aumentou muito a capacidade do Hospital do Andaraí e do Cardoso Fontes, mesmo com as obras ainda em andamento. É fruto de um planejamento minucioso. Temos mais leitos, mais atendimentos e mais cirurgias. É uma parceria do município com o governo federal que beneficia a população carioca”, completou o vice-prefeito Eduardo Cavaliere.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, graças à parceria com o Ministério da Saúde, os hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes cresceram, com serviços importantes reabertos e renovados.
Os investimentos do Governo Federal nas unidades estão sendo essenciais para ampliar e fortalecer o cuidado à população carioca. Esta é a prova de que o trabalho conjunto, quando bem feito, rende resultados concretos e beneficia diretamente o cidadão, com capacidade de salvar vidas”, disse
Os números da Prefeitura do Rio
Nos últimos 12 meses, o trabalho conjunto da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Ministério da Saúde possibilitou a reabertura de leitos e de serviços que estavam inoperantes havia anos, com revitalização completa de diversos setores, readequações estruturais e contratação de mais de 4,7 mil profissionais (3.276 no Andaraí e 1.455 no Cardoso Fontes), entre outras intervenções.
O Hospital do Andaraí aumentou em 819% a oferta de procedimentos pelo SISREG, de 1.498 em 2024 para 13.767 em 2025; e em 13% as vagas de alta complexidade pelo Sistema Estadual de Regulação (SER), de 4.961 para 5.594.
Já no Hospital Cardoso Fontes, a ampliação da oferta pelo SISREG foi de 3.521%, saindo de 545 vagas em 2024 para 19.736 este ano; e pelo SER, de 7%, de 2.883 para 3.079. Com 69 leitos abertos, o Andaraí tem hoje 392; e o Cardoso Fontes, 201 (40 a mais).
Os números de cirurgias realizadas e de atendimentos ambulatoriais nos dois hospitais também aumentaram. O Andaraí saiu de 3.420 cirurgias em 2024 para 4.206 em 2025 até novembro, um incremento de 23%; e de 33.520 atendimentos ambulatoriais de junho a novembro de 2024 para 54.357 no mesmo período deste ano, o que representa 62% a mais.
Já no Cardoso Fontes, o aumento de cirurgias foi da ordem de 32%, saindo de 2.433 no ano passado para 3.217 este ano, até o mês de novembro; e de atendimentos ambulatoriais, de 76%, indo de 33.490 para 59.022, de junho a outubro dos dois anos, respectivamente.
Fonte: Ministério da Saúde e SMS-Rio















