Começou o Carnaval da solidariedade do Hemorio. Passistas e ritmistas da Mangueira riscaram o salão do principal hemocentro do Estado do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (2) para incentivar voluntários a manter o estoque da unidade em níveis normais. Nos dias 2 e 5 de fevereiro irão se apresentar, às 10h, respectivamente, Beija-Flor e Imperatriz Leopoldinense, dando seguimento à campanha “Samba no Pé, Saúde na Cabeça”, organizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).
Liderados pelo mestre Taranta Neto, que está há dois anos à frente da bateria da Mangueira, 10 componentes, entre eles passistas, fizeram o Salão do Doador do Hemorio pulsar em prol de mais doações. Surdo, caixa, repique e tamborim deram o ritmo à campanha.
“A doação é de suma importância para salvar vidas. O samba é um instrumento grandioso de integração com a sociedade. Hoje, a Mangueira vem ao Hemorio para dar a sua colaboração nesta destacada campanha de incentivo à doação. Hemorio, Carnaval e saúde é uma mistura que dá liga. Neste carnaval, vamos homenagear a Alcione, com o enredo “A Negra Voz do Amanhã”, e se Deus quiser seremos campeões”, destacou a mestre de bateria.
A distância de cerca de 70 km não impediu que Josilma Reis, de 40 anos, moradora de Seropédica, enfrentasse duas horas e meia de engarrafamento para fazer a sua primeira doação, além de convidar mais 23 pessoas a fazerem o mesmo. E ainda acabou se divertindo ao som da escola de samba.
“Queria ajudar um amigo de infância que vai fazer um procedimento cirúrgico e aproveitei para estimular outras pessoas. Abri um grupo de aplicativo e mais de 20 pessoas confirmaram presença. A doação foi rápida, não doeu e voltarei novamente para repetir o ato que ajuda a salvar vidas”, destacou a vendedora de lanches da Baixada Fluminense.
Hemorio abastece 200 hospitais e precisa de 250 bolsas de sangue por dia
O Hemorio fornece hemoderivados para mais de 200 hospitais da rede pública do Rio de Janeiro, principalmente para emergências durante o período de Carnaval. Para isso, o Hemorio precisa de 250 bolsas por dia para manter os níveis regulares.
Segundo o coordenador médico do Salão do Doador, Vicente Jannuzzi, a parceria com as escolas ajuda a repor a quantidade de sangue enviada aos hospitais. “Outro fator importante na doação é ampliar a quantidade de plaquetas que podem ser usadas em pacientes acometidos pela dengue”, explicou.
Para o diretor geral do Hemorio, Luiz Amorim, a ação é uma forma de garantir o abastecimento do estoque numa época crítica para a unidade.
“O período de Carnaval no Rio de Janeiro é um grande desafio para o Hemorio, em função da histórica queda nas doações. É muito importante garantir que os estoques estejam abastecidos para dar suporte a pessoas que precisem e permitir que a gente possa comemorar de forma tranquila”, destacou.
Já prevendo a baixa nos estoques de sangue durante o verão, o Hemorio abriu em 16 de janeiro o calendário de agendamentos para as coletas móveis, que podem ser realizadas em empresas, universidades, igrejas, serviços de saúde, associações e outros espaços. O objetivo da parceria é facilitar a doação de sangue, aproximando a instituição dos potenciais candidatos em atendimentos in loco.
Doações também em hospital municipal e na sede da Prefeitura do Rio
Também em parceria com o Hemorio, a Secretaria Especial de Cidadania promoveu nesta quarta-feira (31) um dia de coleta de sangue na sede da Prefeitura do Rio. A ação ocorreu das 10 às 15 horas, no Centro Administrativo São Sebastião (CASS), na Cidade Nova. No mesmo dia, o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, promoveu uma campanha no hall do elevador do primeiro andar do CER Santa Cruz, a emergência do complexo. As bolsas de sangue coletadas também seguem para o Hemorio.
As coletas externas respondem por 35% das bolsas de sangue, por isso são um importante instrumento para complementar as doações feitas no salão dos doadores do Hemorio e manter os estoques. A cada três doações uma é feita fora da unidade, mas o período de férias também reduz coletas externas. Segundo Luiz Amorim, essa ação é fundamental porque as doações costumam cair muito nesta época do ano.
“Em janeiro, por exemplo, muitas instituições como universidades e escolas, estão em período de férias. Temos uma dependência expressiva dessas doações que são feitas fora do Hemorio. Por isso, é muito importante que qualquer instituição como clubes, igrejas, escolas e outras possam nos receber para a doação, especialmente em janeiro e fevereiro”, disse.
“Temos muitas empresas que são parceiras regulares e outras esporádicas, mas queremos fidelizar as instituições em torno da causa da doação para que possamos estar nestes locais com regularidade. Nosso calendário começa agora, mas o agendamento é fundamental porque precisamos obedecer a nossa logística de atendimento”, ressalta Amorim.
O processo é iniciado com uma visita do profissional do Hemorio ao local para avaliar as instalações e, em caso positivo, o procedimento é agendado. Antes da coleta, também é realizada a sensibilização da comunidade em prol da doação de sangue.
Os profissionais da instituição fazem palestras sobre o processo, esclarecem dúvidas e distribuem material educativo e informativo. Lideranças da comunidade ou profissionais da empresa podem ser encarregados da divulgação e da multiplicação das informações.
Dentre os requisitos necessários, estão a disponibilização de uma área de 80 m2, coberta, com ar condicionado e/ou ventiladores. No dia da realização do evento, o local deverá estar limpo e totalmente livre de quaisquer móveis e/ou objetos, exceto, mesas e cadeiras, conforme o combinado.
O Hemorio fornece toda a logística necessária, principalmente a disponibilização de van e da equipe formada por médicos, enfermeiros, biólogos e auxiliares das áreas técnica e administrativa, além de lanche para os doadores, cadeiras para doação e equipamentos.
A solicitação de agendamento é feita pelo telefone 2505-0750 r: 2255 ou pelo e-mail coleta.externa@hemorio.rj.gov.
Com déficit de 70%, Serum convoca doadores com urgência
Também no Rio de Janeiro, o GSH Banco de Sangue Serum segue em sua campanha de convocação de doadores, em caráter de urgência, para que compareçam à instituição para efetuarem sua doação de sangue. A instituição enfrenta no momento um déficit de 70% em seus estoques, recebendo apenas cerca de 25 a 30 doações por dia, quando o ideal seriam 100 bolsas de sangue, em cada uma das três unidades da rede, para se alcançar um equilíbrio.
“Durante a semana o movimento de doadores é ainda menor, e, muitas vezes, não alcançamos o número de doações necessárias”, explica Mario Sampaio, profissional da captação de doadores do GSH Banco de Sangue.
Todos os tipos sanguíneos são necessários neste momento e mesmo quem não sabe qual o seu fator Rh pode doar, pois, no procedimento de doação é realizado o teste de tipagem. A instituição ressalta que, de cada 10 pacientes internados nos hospitais, nos mais diversos tratamentos, 1 precisa de transfusão para se recuperar.
“Estamos enfrentando um período delicado, pois, além das férias, das altas temperaturas seguidas de chuvas intensas, temos a proximidade do Carnaval, fatores que afastam temporariamente os doadores”, diz Mario Sampaio.
As três unidades GSH Serum abrem diariamente, inclusive aos finais de semana e feriados, das 7h às 18h, Centro e Barra, nos endereços: na Av. Marechal Floriano, 99, e no Casa Shopping – Barra, respectivamente. E, de segunda a sábado, das 7h30 às 18h, em Nova Iguaçu – Av. Henrique Duque Estrada Meyer, Posse (Hospital Geral de Nova Iguaçu).
A instituição disponibiliza transporte para grupo de doadores. Para solicitar, basta entrar em contato pelos telefones: Centro – (21) 3233-5950; Barra – (21) 3030-6761 / 6762.
‘Sábado Solidário’ incentiva a população a doar sangue
O Hemocentro São Lucas, um dos maiores centros de medicina transfusional do Brasil, está com a campanha “Sábado Solidário”, para incentivar a população a doar sangue em suas unidades com baixa demanda. No mês de fevereiro, os focos serão São Bernardo do Campo (SP), no dia 3 e 17, Rio de Janeiro nos dias 10 e 24 e todos os sábados em Guarulhos (SP).
Para doar, é necessário apresentar um documento com foto e menores de 18 anos só podem realizar o procedimento com consentimento formal dos responsáveis. Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, com mais de 50kg. Todos os demais requisitos e locais de coleta se encontram no site do Hemocentro.
“A doação de sangue leva menos de quarenta minutos e é totalmente segura. Ela é fundamental para realizar transfusões, que são frequentemente necessárias em cirurgias, tratamentos de câncer, acidentes graves e outros casos de emergência médica. O sangue doado é usado para repor o estoque nos bancos de sangue”, diz o Dr. Adelson Alves, diretor do Hemocentro.
O Hemocentro São Lucas realiza todas as etapas do ciclo sanguíneo, o que inclui a coleta, o processamento, exames laboratoriais, armazenamento, transporte, controle de qualidade e a transfusão dos hemocomponentes.
24 horas após doação, organismo já começa a recompor
Doar sangue é seguro e salva vidas. Depois da coleta, os componentes sanguíneos são separados e quatro pessoas podem ser beneficiadas. E 24 horas após a doação, o organismo do doador começa a recompor algumas substâncias que foram retiradas, de forma que a coleta de sangue seguinte pode ser feita após oito semanas para homens; e 12 para mulheres, pois o sangue já estará com os componentes reconstituídos.
Para ser um doador de sangue é necessário apresentar documento oficial de identidade com foto; ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 devem estar com autorização do responsável); estar bem de saúde; e pesar mais de 50 kg. Não precisa estar de jejum. Mas é recomendado que a pessoa não tenha ingerido comida gordurosa nas últimas quatro horas.
Outro fator importante é estar descansado. E em 30 dias o voluntário pode pegar o resultado dos exames laboratoriais feitos com uma pequena amostra sanguínea retirada da doação. Pessoas que fizeram tatuagem ou colocaram piercings devem aguardar seis meses para fazer a doação. Quem teve covid-19 recentemente precisa aguardar 10 dias após a recuperação.
O QUE É NECESSÁRIO PARA DOAR:
Portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho certificado de reservista ou carteira do conselho profissional);
– Estar bem de saúde;
– Ter entre 16* e 69 anos, 11 meses e 29 dias;
– Pesar no mínimo 50 Kg;
– Não estar em jejum.
– Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação.
ATENÇÃO
– Ter tomado a dose da vacina contra o coronavírus há, no mínimo, 7 dias.
– Ter tomado a dose da vacina da gripe (influenza) há, no mínimo, 2 dias.
– Caso tenha contraído a covid-19, pode doar sangue após 30 dias.
* Jovens com 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais e/ou responsáveis legais. É necessária a autorização do responsável (modelo disponível neste link) e um documento de identidade original desse responsável.
Com Assessorias