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Enérgica, inteligente, bem articulada e multifacetada, a empresária Juliana Pereira (nome fictício), de 38 anos, descobriu recentemente que a grande tristeza que, de uma hora para outra a isolava do mundo e a levava, literalmente, para a cama, era a depressão. O diagnóstico ainda não está totalmente fechado, mas ela já se trata com antidepressivos e busca uma forma de encarar o problema. Ela conta ao Blog Vida & Ação como é conviver com essa nova “realidade”.

“Posso estar sorrindo de orelha a orelha, cercada de gente, no meio da multidão, mas mesmo assim ter algo de mim me corrói, tira a minha concentração, me deixa pra baixo, à beira do precipício. Para fugir desse turbilhão que muitas vezes me leva à escuridão, simplesmente durmo. Como se fosse uma válvula de escape dos problemas. Fico muito nesse estado quando parece que as coisas perderam o sentido, o propósito.

O que desencadeou todos esses sentimentos acho que foram as dificuldade de falar sobre com alguém sobre sentimentos, com amigos . Nunca quis falar sobre isso com minha família, para não trazer mais preocupação. Acho que desde adolescente sinto isso, mas veio com força no final do ano passado.

Comecei um tratamento com antidepressivos pesado que me deixam sonolenta, mas aceitei que tenho algo que tenho que cuidar. Mas toda vez que vejo me diante de uma grande questão a ser resolvida, a depressão vai embora e foco num problema a ser resolvido pra mim diretamente ou para ajudar terceiros.

É uma montanha russa, ainda sem um diagnóstico médico fechado. O fato é que vou convivendo com ela, a depressão. Às vezes nem acho que seja uma doença, mas sim uma condição. Parece que faz parte de mim e tenho que saber lidar…. Muito fácil perder um compromisso e dizer que não foi porque estava com gripe. Vai dizer que estava triste, com depressão, com pânico de pegar a condução e que só dormir resolveria momentaneamente seus problemas?! E vamos enfrentando esse grande desafio que é viver!

* Envie seu relato para a seção Eu Vivo pelo email blogvidaeacao@gmail.com

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