Primeira do Brasil, a APAE RIO completa 70 anos como um patrimônio do Rio de Janeiro na assistência a pessoas com deficiência intelectual e múltipla e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Como parte da programação de aniversário, o monumento ao Cristo Redentor recebe iluminação especial na cor azul, na noite desta quarta-feira (11), entre 20 e 21 horas, numa ação em parceria com o Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor. A  APAE RIO convida as pessoas a fotografarem e postarem imagens do monumento iluminado neste horário em suas redes sociais.

Como parte das celebrações, a cidade foi escolhida para sediar nesta semana (9 a 12) o maior evento artístico de pessoas com deficiência do país. A 12ª edição do Festival Nacional Nossa Arte 2024, promovida pela Apae Brasil, conta com a participação de mais de 2 mil pessoas, entre artistas PCDs, familiares, cuidadores e representantes das Apaes de 23 unidades da federação. O evento prossegue até esta quinta-feira (12), das 14 às 17h. A entrada é livre e gratuita para a população (saiba mais abaixo).

O Rio de Janeiro é o berço do ‘movimento apaeano’, hoje presente em centenas de cidades brasileiras. A partir do protagonismo da APAE RIO, ao longo desses 70 anos, a instituição se consolidou como referência nacional na assistência integral a pessoas com deficiência intelectual e múltipla e autismo.É o maior movimento filantrópico do Brasil e do mundo na sua área de atuação”, destaca o presidente da Apae Rio, Marcus Soares. 

Com sede no bairro da Tijuca, zona norte carioca, a APAE RIO foi criada no dia 11 de dezembro de 1954.  Ao todo, cerca de 700 pessoas são impactadas positivamente pelo trabalho da entidade, sendo 192 crianças e adolescentes de 4 a 17 anos e 193 jovens e adultos de 18 a 65 anos – os demais são familiares, responsáveis ou cuidadores e acompanhantes. 

Também na APAE RIO, única entidade referenciada pelo Ministério da Saúde no Estado do Rio para o Programa de Triagem Neonatal, são realizados em média 11 mil exames (Teste do Pezinho) por mês. Hoje, são mais de 2.264 Apaes, espalhadas pelo Brasil, sendo 63 delas no Estado do Rio de Janeiro.  Atualmente, são atendidas em média 1,6 milhão de pessoas por dia na área de assistência social, saúde e educação, sem qualquer custo para os pacientes.

Mais sobre a programação dos 70 anos

É a primeira desde que foi criado, em 1995, que o Festival Nacional Nossa Arte acontece no Rio de Janeiro. Aberto na última segunda-feira (9), no Expo Mag, no Centro do Rio, o evento conta com apresentações de dança, música e teatro em três palcos. 

Uma exposição de artes plásticas e literárias, com 63 obras, entre esculturas, pinturas, desenhos e fotografias, produzidos por PCDs de todo o país, ainda pode ser visitada no hall do terceiro andar. Neste espaço também acontecem lançamentos de livros autografados por autores PCDs. 

O festival também leva apresentações de dança e recitais de poesias à Praia de Copacabana. Nesta quinta, dia 12, às 14h, no quiosque da Tim, em frente ao Hotel Copacabana Palace,se apresentam as delegações de AM, BA, MA, MS e MT.

Ainda na noite desta quarta-feira (11), haverá a Festa dos 70 Anos, no Clube Caiçaras, na Lagoa, fechada para convidados. Encerrando a programação, na segunda (16), das 11 às 16h, acontecerá a tradicional Festa da Família Apae Rio, no Tijuca Tênis Clube. Neste dia, familiares, usuários e colaboradores da entidade vão se confraternizar em uma grande feijoada, em meio a apresentações artísticas.

História da APAE RIO

A história da APAE RIO se confunde com a própria história da Apae no Brasil. Pais de uma menina com síndrome de Down, Beatrice e George Bemis, membros do corpo diplomático norte-americano, ao chegarem ao Brasil em 1954, não encontraram nenhum espaço adequado para o acolhimento da filha, como havia nos Estados Unidos. Durante uma reunião da Sociedade Pestalozzi no Rio de Janeiro, Beatrice então apresentou a ideia de criar uma entidade que reunisse pais, amigos e profissionais de saúde.

Assim surgiu a Apae Rio – entidade civil, filantrópica, sem fins lucrativos e de utilidade pública, originalmente batizada como Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. O termo excepcionais – assim como especiais – caiu em desuso e hoje o correto é designar os usuários como “pessoas com deficiência intelectual e múltipla”. Com a inclusão do autismo ou TEA como deficiência, a entidade também passou a prestar atendimento a este público.

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