Atualmente, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), quase 40 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com HIV. Só para se ter uma ideia da dimensão, é como se toda a população do Canadá vivesse com o vírus causador da Aids. Apesar das mortes relacionadas com a doença terem reduzido 69% desde o pico em 2004, os números ainda são alarmantes. Em 2023, uma pessoa morreu por minuto em decorrência da Aids em todo o mundo.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais de 10 mil pessoas morrem ao ano por causa da Aids, por falta de testar e fazer o tratamento contra o HIV por medo do preconceito. Neste domingo, dia 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Combate à Aids. A campanha Dezembro Vermelho, mês escolhido desde 2017 para a mobilização nacional, chama a atenção para as medidas de prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas com o vírus HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
A data destaca a importância de conscientizar a sociedade, reforçar a importância da prevenção, incentivar as pesquisas científicas e combater o preconceito, a desinformação e o estigma que ainda existem em torno da doença. Como ocorre há oito anos, Vida e Ação abraça a campanha Dezembro Vermelho e produz um especial com informações qualificadas e muitas histórias de superação.
Confira abaixo uma Agenda Positiva especial sobre o tema:
Maratona ‘Um Olhar sobre a Aids’: 9 filmes gratuitos abordam a vida com HIV
Como forma de apresentar diversas perspectivas sobre o tema, neste domingo (1/12), a partir das 12h30, o Canal Brasil ´exibirá nove filmes, sendo dois curtas e sete longas-metragens. O festival ‘Um Olhar sobre a Aids’ marca a estreia de “Tudo o Que Você Podia Ser”, de Ricardo Alves Jr., que acompanha Aisha (Aisha Brunno) que está de partida de Belo Horizonte e celebra um dia especial com seus amigos Bramma (Bramma Bremmer), Igui (Igui Leal) e Will (Will Soares), que conversam sobre amor e aceitação.
Outro longa-metragem que faz parte da maratona é “Os Primeiros Soldados”, de Rodrigo de Oliveira, que retrata o momento em que um grupo de jovens enfrentam os momentos pré e pós primeira onda de epidemia da Aids no Brasil. Na sequência, “Cazuza – O Tempo Não Pára”, de Walter Carvalho e Sandra Werneck, mostra a trajetória pessoal e profissional de Cazuza, desde o início de sua carreira em 1981 até sua morte em 1990, em decorrência da Aids.
Já o longa “Boa Sorte”, de Carolina Jabor, tem como protagonistas Fernanda Montenegro, Deborah Secco e João Pedro Zappa. A história começa quando o adolescente João (João Pedro Zappa) é diagnosticado com depressão e é internado em uma clínica psiquiátrica onde conhece Judite (Deborah Secco), que está em fase terminal da Aids. Fernanda Montenegro interpreta a tia de Judite.
Também fazem parte da maratona o longa-metragem “Aos Nossos Filhos”, de Maria de Medeiros, protagonizado por Marieta Severo. O filme reflete as diferenças das gerações e os relacionamentos entre mãe e filha. O documentário “Betinho, a Esperança Equilibrista”, de Victor Lopes, conta a trajetória do sociólogo e ativista Herbert de Souza (1935-1997), conhecido como Betinho, que lutou por 14 anos contra a Aids.
“Três Tigres Tristes”, de Gustavo Vinagre, conta a história de um grupo de amigos: um aspirante a artista plástico, uma mulher trans e um performer e drag queen soropositivo. Entre os curtas-metragens, serão exibidos o documentário “O Amigo do Meu Tio”, de Renato Turnes, que mostra o encontro de Vicente Concilio com imagens do seu primeiro amor gravadas em uma fita VHS pelo pai, além de “Horizonte de Eventos”, de Gil Baroni, em que Gabriel (Gabriel Comicholi) é diagnosticado com o vírus HIV e decide contar para todos.
Os programas que integram a maratona Um Olhar Sobre a Aids são “Sobrepostas”, de Livia Cheibub e Martina Sönksen, e “502”, de Helena De Castro. O primeiro terá a exibição do episódio “Sexo Após HIV”, da primeira temporada, uma conversa da apresentadora Ana Cañas com a jornalista e poetisa Marina Vergueiro que conta sobre sua luta contra os estigmas em relação à Aids.
A segunda temporada de “Sobrepostas” estreia no Canal Brasil no dia 16 de dezembro. Em “502”, o fotógrafo Jorge Bispo recebe homens anônimos para tirarem fotos de seus corpos. No episódio “Andrew”, o convidado explica como foi quando descobriu que era soropositivo e seu propósito de vida para fazer a diferença.
‘Deu Positivo’: doc-reality mostra como se vive com HIV no Brasil e no mundo
A quinta temporada do doc-reality Deu Positivo que traz uma abordagem humanizada e impactante sobre o que é viver com HIV no Brasil e também em outros lugares do mundo, por meio de histórias reais e emocionante, tem estreia marcada para 1º de dezembro, quando é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a Aids.
A nova temporada é marcada por uma viagem ao México e acompanha personagens em uma jornada de troca, arte e companheirismo, que promete romper barreiras ao abordar questões de estigma e aceitação, além de trazer luz para a importância da prevenção e do sexo com liberdade e segurança.
Pela primeira vez, pessoas que não vivem com o HIV entram para o grupo, expandindo o debate e furando a bolha. Sem tabus e sem julgamentos, não há espaço para dúvidas não respondidas. Enquanto conhecemos um grupo diverso se conectando em São Paulo, acompanhamos Evandro (@evandromachini; ator, criador de conteúdo digital e autor do livro “Poder Falar – Quebrando o silêncio em torno do HIV”) em um mergulho pelo México, em uma viagem que vai transformar sua forma de enxergar o mundo e a si mesmo.
Deu Positivo também reforça a importância de discutir a realidade de quase 1 milhão de brasileiros vivendo com HIV, oferecendo visibilidade a um tema de grande relevância social. Os três novos episódios que compõem essa temporada chegam, respectivamente, dia 1º, 2 e 3 de dezembro, às 19h25, na MTV e na Pluto TV, no canal MTV Pluto TV. A partir de 4 de dezembro, quarta-feira, os episódios estarão disponíveis também no canal do YouTube da MTV.
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Com Assessorias (atualizado)