Mais da metade da população mundial sofre com algum problema bucal, mas poucos sabem que a saúde da boca vai muito além do sorrisoDe acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,5 bilhões de pessoas convivem com agravos bucais, tornando essa uma das áreas mais negligenciadas da saúde global.

No Brasil, os números também preocupam: a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil) revelou que 41,2% das crianças de 5 anos já têm cáries não tratadas, e entre os adolescentes esse percentual chega a 43,9%. O tratamento de doenças bucais custa mais de US$ 442 bilhões por ano à economia global, mas a prevenção pode evitar impactos graves.

Além da autoestima e do impacto social, a saúde bucal está diretamente ligada à saúde geral do organismo e desempenha um papel fundamental na prevenção de diversas doenças.  Infecções bucais podem permitir que bactérias entrem na corrente sanguínea e aumentem o risco de doenças graves. 

Além de evitar problemas como cáries e doenças gengivais, a saúde bucal impacta diretamente outros órgãos do corpo, podendo influenciar o risco de doenças cardiovasculares, respiratórias e metabólicas.

Estudos demonstram que a má higiene bucal não só afeta a cavidade oral, mas também está associada a condições sistêmicas, como doenças cardíacas e diabetes, por exemplo. Segundo um relatório da American Dental Association (ADA), pacientes com doenças periodontais têm até 2,5 vezes mais chances de desenvolver complicações cardiovasculares.

O que sua boca diz sobre sua saúde?

As doenças periodontais, por exemplo, são resultado de um processo inflamatório causado pelo acúmulo de biofilme (placa bacteriana). “Esse desequilíbrio não fica restrito à boca. Ele pode atingir a corrente sanguínea e aumentar o risco de complicações cardiovasculares, afetar o controle glicêmico em diabéticos e até agravar doenças pulmonares”, explica a especialista em periodontia Claudia Elizalde, professora da Universidade Autônoma de Nuevo León (UANL).

Marcelo Kyrillos, cirurgião dentista do Ateliê Oral. explica que a boca é uma porta de entrada para o corpo, um ambiente propício para a proliferação de bactérias devido à umidade e temperatura. Assim , a presença de bactérias patogênicas pode levar a infecções que se espalham para outras partes do organismo.

Doenças periodontais, por exemplo, têm sido ligadas a complicações sérias, incluindo partos prematuros e piora de condições crônicas, podendo levar até a morte. A placa bacteriana, se não removida, pode causar inflamação na gengiva (gengivite) e, posteriormente, afetar os ossos e tecidos de suporte dos dentes (periodontite)”, esclarece.

A dentista e estomatologista Simone Amaral, professora do Instituto de Educação Médica (Idomed), unidade Città America, no Rio de Janeiro, explica que um grave problema é o câncer de boca, que pode começar de forma silenciosa e está associado não apenas ao tabagismo, etilismo (cerca de 80% dos casos), mas também à infecção pelo HPV, má higiene bucal e desnutrição.

Quando pensamos em saúde bucal, precisamos ir muito além de escovar adequadamente os dentes, usar pasta de dente com flúor, fio dental e trocar a escova de dentes regularmente. A má higiene bucal não está associada apenas à dor de dente, sangramento das gengivas, dentes moles, manchados ou com tártaro”, comenta.

Quando identificar os sinais

Segundo a especialista, a Estomatologia, apesar de ser pouco conhecida pela população em geral, é a especialidade da odontologia que atua identificando esse tipo de problema. Os sinais de que algo pode ser mais grave podem incluir o aparecimento de um nódulo ou uma ferida que não cicatriza, dor de garganta que não melhora, dificuldade para engolir e alterações na voz ou rouquidão, que quando duram mais de 21 dias passam a ser um sinal de alerta.
Simone comenta ainda que estes sintomas também podem ser causados por outras condições clínicas, como próteses mal ajustadas, traumas constantes e ainda alterações sistêmicas como diabetes não controlada.
Outros sinais precisam ficar no radar para problemas bucais, pois eles vão muito além da clássica dor de dente persistente. Na presença de mau hálito crônico, gengivas inchadas, vermelhas ou sangrando não demore a procurar seu dentista”, comenta a docente do Idomed.

No dia 20 de março é celebrado o Dia Mundial da Saúde Bucal, uma data fundamental para reforçar a importância dos cuidados preventivos com a boca e os dentes. Com objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da higiene oral, a data foi criada em 2007 pela Federação Dentária Internacional (FDI).

A relação entre saúde bucal e bem-estar geral reforça a necessidade de consultas regulares ao dentista e de uma higiene oral adequada, que inclui escovação, uso do fio dental e visitas frequentes para a remoção da placa bacteriana acumulada.

A ida ao dentista ainda é muito menosprezada. Consultas regulares permitem detectar precocemente doenças bucais e a orientação sobre práticas de autocuidado que podem ser incorporadas ao dia a dia. Por isso, manter uma rotina de higiene bucal eficaz, com escovação diária e uso de fio dental, é essencial para evitar problemas não apenas na boca, mas em todo o corpo”, explica Kyrillos.

A seguir, Kyrillos cita algumas doenças que podemos contrair pela região bucal

Doenças cardiovasculares

A periodontite, uma infecção bacteriana crônica da gengiva, gera inflamação que pode se espalhar pelo corpo, inclusive para os vasos sanguíneos. Essa inflamação contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como aterosclerose (acúmulo de placas nas artérias), infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

As bactérias presentes na boca podem entrar na corrente sanguínea, atingindo o coração e causando endocardite (inflamação do revestimento interno do coração). Pessoas com doenças cardíacas pré-existentes ou válvulas cardíacas artificiais têm maior risco. Hábitos como tabagismo e diabetes, que aumentam o risco de doenças periodontais, também são fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Diabetes

A periodontite aumenta a inflamação no corpo, o que pode piorar o controle glicêmico em pessoas com diabetes. A inflamação crônica dificulta a ação da insulina, hormônio que regula o açúcar no sangue. A diabetes também aumenta o risco de periodontite, e a periodontite piora o controle da diabetes, criando um ciclo vicioso.

Controlar a periodontite com tratamento odontológico adequado pode ajudar a melhorar o controle glicêmico em pessoas com diabetes.

Parto prematuro

A periodontite em gestantes aumenta a inflamação no corpo, o que pode contribuir para o baixo peso do bebê ao nascer ou, mais gravemente, levar ao parto prematuro (antes de 37 semanas de gestação). Isso porque as bactérias da periodontite liberam substâncias inflamatórias que podem atingir a placenta e desencadear o trabalho de parto prematuro. É fundamental que as gestantes mantenham uma boa saúde bucal e consultem o dentista regularmente para prevenir e tratar a periodontite.

Agenda Positiva

Clínica Universitária Odontológica  oferece serviços a preços bem populares 

Estudantes, coordenadores e docentes do Curso de Odontologia do Idomed Città America oferecem diversos serviços para os moradores dos bairros da Barra da Tijuca, São Conrado, Jacarepaguá e adjacentes.  As consultas e os atendimentos são agendados previamente por meio do telefone/Whatsapp (21) 99494-6472 ou comparecendo à clínica odontológica, localizada no campus da instituição de ensino superior.

No local, é possível realizar diversos procedimentos – cujos valores serão bem acessíveis à população – como clareamento dental, restaurações de resina, trocas de restaurações de amálgama, selantes, placas de bruxismo, limpeza, tratamento de hipersensibilidade, próteses fixas e removíveis, raspagens e extrações de dentes, tratamento de canal, atendimento infantil (odontopediatria) e diagnóstico de câncer bucal

Todos os procedimentos são supervisionados por nossos professores de Odontologia e, com essa ação, nossos alunos vão colocar em prática tudo que estão aprendendo ao longo do curso. Queremos transformar a vida de diversos cidadãos por meio da saúde bucal”, afirma o professor Marcelo Mello, coordenador do curso de Odontologia do IDOMED /Città America.

Com Assessorias

 

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