Além de medidas preventivas para hidratação, muitas pessoas acabam optando por se refrescar em piscinas para fugir dos perigos da onda de calor que afeta boa parte do país. O alívio, porém, pode se transformar em problemas de saúde diversos quando os indivíduos acabam colhendo os efeitos indesejáveis da exposição física ao cloro das piscinas.

Os transtornos mais frequentes são a manifestação de alergias respiratórias como rinite, bronquite e asma. A pele ressecada e os cabelos danificados e secos não escapam das reclamações de banhistas e esportistas que usufruem das piscinas para lazer ou treino.

O cloro, com seu odor forte e inconfundível, é uma exigência legal para tratamento da água de piscinas, mas a grande vilã, na verdade, é a cloramina, que é resultante da ação do cloro com substâncias orgânicas e ambientais presentes na água das piscinas, como urina, suor, óleos e cremes para a pele, maquiagem, protetor solar, folhas e até mesmo pólen das flores.

A cloramina que acaba irritando as diversas mucosas como por exemplo do nariz e dos olhos, resultando em sintomas como, respectivamente, aparecimento de rinite e ardência nos olhos. Entre as opções mais efetivas para redução destes problemas e garantir ótima qualidade de balneabilidade nas piscinas está o ozônio (O3), um tratamento natural e que reduz drasticamente o uso de produtos químicos na piscina.

Ozônio reduz uso de cloro em piscinas

A opção pelo ozônio no tratamento da água de piscinas passou a ser nos últimos anos uma sugestão médica, principalmente com dermatologistas e otorrinolaringologistas indicando que o lazer e a prática esportiva, se possível, sejam feitos em piscinas com esse tipo de cuidado. Segundo Carlos Heise, diretor da Panozonde Piracicaba (SP), empresa especializada na aplicação do ozônio para piscinas, o ozônio é um oxidante mais poderoso que o cloro e sua opção é claramente benéfica para um maior bem-estar e saúde das pessoas.

“Antes, alguns médicos pediam para os pais simplesmente retirarem seus filhos da natação em função dos problemas resultantes dos tratamentos tradicionais à base de cloro. Porém, nos últimos anos vários especialistas, ao estudarem com mais atenção a questão, passaram então a recomendar que as atividades aquáticas sejam mantidas e realizadas em piscinas tratadas com ozônio”, diz.

A fisioterapeuta e empresária Jhenifer Camilade Belo Horizonte (MG), que implementou o uso de ozônio na piscina de sua casa. é uma das entusiastas da tecnologia. “Foi uma das melhores coisas que incrementamos lá. Realmente funciona, o benefício vem, você sente, sua família sente”, ressalta. “No caso das minhas filhas – de 4 e de 8 anos – é notório que, quando elas param de nadar, a pele não está irritada, que o olho não está vermelho, que o cabelo não está ressecado. Elas conseguem passar por esse processo maravilhoso que é nadar sem ter esses probleminhas que normalmente você encontra em piscinas que costumeiramente não são tratadas com ozônio”, elogia.

Ozônio é mais sustentável e barato, diz empresário

As vantagens da utilização do gerador de ozônio vão além das questões que envolvem a melhora na saúde, pois a opção é mais sustentável para o meio ambiente, já que o ozônio vem do gás oxigênio e seu principal subproduto é o próprio oxigênio. Ou seja, é uma tecnologia muito mais limpa para o tratamento de água.

“Além disso, ele é um tratamento sem sal, reduz o uso de produtos químicos, automatiza a piscina, ajuda a eliminar mais rapidamente microrganismos, bactérias, fungos e algas da água, conferindo uma sensação de nadar em uma água muito mais leve e natural. A piscina também fica mais estável, principalmente em época de chuvas”, afirma Heise.

Muitas entidades privadas como clubes, hotéis, academias, colégios, clínicas e SPAs, além de proprietários de piscinas particulares e até mesmo em condomínios, passaram a optar pelo tratamento da água com o ozônio incorporado ao sistema, para nunca mais voltarem ao antigo e tradicional sistema “raiz” com apenas o cloro como carro chefe.

Heise explica que a economia com uso de produtos químicos nas piscinas pode chegar a até 70%. “No sistema tradicional, o cloro é diluído entre 3 e 4 gramas por metro cúbico de água. No tratamento com gerador de ozônio, o uso de cloro passa a ser de apenas 1 grama por metro cúbico de água. O equipamento é muito econômico, 100% elétrico e gasta o equivalente a uma pequena lâmpada”, compara o empresário que atua há 22 anos neste segmento do mercado.

Clubes, condomínios e academias adotam tecnologia

O Clube Venâncio Ayres, com 6.000 associados e um dos mais tradicionais do interior paulista, localizado em Itapetininga, instalou um gerados de ozônio na piscina aquecida de 275 mil litros, e na piscina semiolímpica de 800 mil litros na sede campestre.

“O sistema que era utilizado no tratamento das duas piscinas, principalmente na piscina aquecida, era um sistema que a gente já considera ultrapassado, que era a cloração manual. As medições também acusavam muitos problemas por conta desse tratamento manual, que dependia da mão de obra humana”, diz Décio Araújo, vice-presidente do clube.

Devido à intensa utilização da piscina, havia muita reclamação em relação ao tratamento da água, muita manifestação cutânea, ou seja, irritação da pele, também das vias aéreas. “Isso nos forçou a buscar uma solução para essas reclamações. Após a instalação do sistema de geração de ozônio e a cloração automática, notamos uma mudança muito grande, muito favorável e positiva. Praticamente as reclamações cessaram e aquelas que aconteciam passaram a ser elogio”, conta.

Proprietários de academias de natação também têm aderido ao novo sistema com ozônio. Como a Podium Academia, em Barra Bonita (SP), que há dois anos adquiriu o sistema de tratamento com ozônio para piscinas de grande fluxo em sua piscina de 25 metros, com 250 mil litros.

“Estamos muito satisfeitos pela qualidade da água. Os alunos gostaram muito dessa novidade, além de ser um tratamento muito mais saudável, que diminui muito a utilização do cloro. Aqui a gente reduziu em um quarto a nossa utilização. Tanto para efeito de saúde como para a parte econômica, foi muito importante para nós a mudança para o sistema de tratamento de ozônio. Estamos muito satisfeitos e indicamos para todo mundo”, afirma Jorge Roberto Sancassani Dias, conhecido como professor Gralha, proprietário da academia.

Fonte: Panozon

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