A claustrofobiamedo intenso de lugares fechados – é um dos temas abordados na novela Três Graças, da TV Globo, que estreou este mês. O transtorno afeta o personagem Leonardo Ferette, interpretado por Pedro Novaes. Léo é um dos filhos do empresário Santiago Ferette (Murilo Benício). Ele tem uma crise de claustrofobia dentro de um elevador enguiçado e acaba sendo ridicularizado pelo pai e funcionários da empresa.  

Um problema mais comum do que se pensa. Esse transtorno de ansiedade afeta 25% da população global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma pessoa claustrofóbica desenvolve uma visão distorcida dos ambientes à sua volta, principalmente de espaços pequenos e aparentemente difíceis de sair.

Ela passa a ter pavor de lugares fechados ou de baixa circulação e pode desenvolver ataques de ansiedade e de pânico se, porventura, estiver em um quarto sem janelas, dentro do avião, túneis, transportes públicos, estádios, teatros, num corredor de passagem ou, até mesmo, em um elevador.

Sintomas se parecem com crise de pânico

A claustrofobia é caracterizada por um medo intenso e irracional de espaços muito pequenos e confinados ou situações em que a pessoa percebe que não pode escapar facilmente. Aqueles que sofrem de claustrofobia frequentemente experimentam evitamento de situações que desencadeiam seus medos, o que pode levar a uma qualidade de vida comprometida, limitações nas atividades sociais e até mesmo problemas ocupacionais.

Os principais sintomas deste tipo de fobia envolvem respiração acelerada, formigamentos nas extremidades das mãos, tremores, sudorese (suor excessivo), pressão no peito, tonturas, sensação de aprisionamento, zumbido no ouvido, formigamento e desorientação, sem conseguirem se concentrar e ter foco para pensar em outra coisa além do medo que sentem.

Os sintomas são parecidos com a ansiedade e com ataque de pânico, por isso devemos estar atentos à saúde cardíaca de um claustrofóbico“, disse o médico cardiologista Marco Miguita, da Cardiocat, serviço de hemodinâmica em Londrina (PR).

Claustrofobia pode afetar o coração:  médico explica os sintomas

De acordo com o especialista, a fobia pode apresentar riscos ao coração caso o paciente tenha alguma condição específica. “Daí a necessidade de realizar exames e tratar o que for necessário, a fim de não potencializar a claustrofobia.

Apresentar taquicardia além de falta de ar, dor no peito e sensação de asfixia são alguns dos sintomas que uma pessoa claustrofóbica pode sentir em ambientes fechados, inclusive hiperventilação. Por isso, é importante estar com a saúde do coração em dia e bem monitorada para evitar problemas maiores”, afirma o médico.

Marco ressalta ainda que a claustrofobia pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e condição, inclusive em cardíacos. “Manter um tratamento adequado a uma condição cardíaca ajuda a evitar que a claustrofobia provoque algum problema. Além disso, é possível desenvolver algumas técnicas para minimizar os sintomas da fobia de lugares fechados.”

Entre essas técnicas estão praticar atividades físicas e exercícios específicos de relaxamento, como meditação e ioga. “Isso ajuda a equilibrar a respiração para, quando acontecer de sentir algum sintoma da claustrofobia, não sofrer com a hiperventilação e a falta de ar, minimizando os impactos no coração.”

Tecnologia como aliada para reduzir sintomas de claustrofobia durante exames

Cinema Vision permite ouvir música e assistir vídeos durante a realização do exame, minimizando ruídos e a sensação de aprisionamento

O problema pode dificultar até mesmo a realização de exames, como por exemplo, de ressonância magnética, onde o paciente é colocado dentro de um tubo para captação das imagens de diferentes partes do corpo.

Uma ressonância magnética pode durar cerca de 30 minutos por seguimento (parte do corpo), e o paciente precisa ficar imóvel, o que é muito difícil para quem tem claustrofobia”, explica Rodrigo Pamplona Polizio, coordenador médico da Radiologia do Hospital Vila Nova Star.

No entanto, já há disponíveis no mercado tecnologias audiovisuais que ajudam a tornar processo mais leve e confortável. É o caso do Cinema Vision, utilizado no Vila Nova Star, em São Paulo. Trata-se de um sistema de entretenimento composto por óculos e fones de ouvido, que permite ao paciente assistir vídeos ou ouvir música durante a realização de exames, como a ressonância magnética.

Essa tecnologia reduz significativamente o desconforto e o ruído no momento onde é necessário o confinamento no tubo, já que altera a percepção espacial do indivíduo, que fica entretido com os conteúdos audiovisuais durante a realização do exame”, ressalta o coordenador.

No Hospital Vila Nova Star, que realiza em média 500 exames de ressonância magnética por mês, cerca de 90% dos pacientes opta por utilizar o Cinema Vision. Além o conforto, outro impacto positivo é o baixo índice de procedimentos realizados com sedação.

Aliando o uso dessa tecnologia, que é de alto custo e um diferencial da unidade, alcançamos uma média inferior a 10% dos exames de ressonância magnética realizados com anestesia, processo que aumenta consideravelmente a complexidade e o tempo de realização do exame”, destaca Dr. Rodrigo Polizio.

Caso o paciente precisar falar com o profissional durante a realização do exame, é só acioná-lo por meio do sistema, que aparece na própria tela. Outra vantagem é que o procedimento não é invasivo, não tem radiação e nenhuma restrição clínica.

A tecnologia Cinema Vision do Hospital Vila Nova Star também pode atender a casos de pacientes com disfunção neurológica ou que precisam de avaliações mais longas, por exemplo. “É um diferencial que traz mais conforto ao paciente e agilidade ao procedimento, já que há menos interrupções”, complementa o médico.

EMDR no tratamento da claustrofobia

As milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem com a claustrofobia experimentam sintomas angustiantes e vivem com limitações significativas em suas vidas diárias. No entanto, uma nova esperança surge como um tratamento altamente eficaz, oferecendo alívio e restaurando a liberdade. A claustrofobia pode ser enfrentada de maneira eficaz e revolucionária, graças à abordagem inovadora do Eye Movement Desensitization and Reprocessing (EMDR).

Essa abordagem terapêutica é recomendada pela OMS no tratamento de traumas e fobias que pode aliviar os sintomas da claustrofobia, resolvendo as causas subjacentes do transtorno. Por meio de uma combinação única de técnicas, o EMDR ajuda os pacientes a reprocessar experiências traumáticas passadas associadas à claustrofobia, permitindo-lhes liberar o medo e a ansiedade paralisantes.

Ao utilizar o EMDR, os terapeutas trabalham com os pacientes para identificar e processar memórias traumáticas por meio de estimulação bilateral, como movimentos oculares, toques táteis ou sons. Isso permite que as emoções negativas e a disfunção associadas à claustrofobia sejam liberadas e transformadas, permitindo que os pacientes se sintam mais confiantes e capazes de enfrentar situações anteriormente temidas. Com uma quantidade relativamente pequena de sessões, se comparado ao processo terapêutico comum, o paciente já terá grande alívio nos sintomas.

O sucesso do EMDR no tratamento da claustrofobia é respaldado por inúmeros estudos clínicos. No Brasil, a terapia EMDR tem ganhado cada vez mais destaque, com milhares de profissionais capacitados e experientes oferecendo tratamentos personalizados para aqueles que buscam alívio da claustrofobia.

“O EMDR é uma abordagem terapêutica revolucionária que pode transformar a vida de pessoas com claustrofobia“, afirma Ana Lúcia Castello, presidente da Associação Brasileira de EMDR e uma das principais especialistas em EMDR no Brasil.

Nossos pacientes relatam uma melhora substancial em sua qualidade de vida, sendo capazes de enfrentar situações anteriormente impossíveis de serem enfrentadas. O EMDR oferece esperança e liberdade para aqueles que lutam contra a claustrofobia.”

Se você ou alguém que você conhece sofre com claustrofobia, não precisa mais viver com medo. O EMDR está aqui para oferecer uma solução real e eficaz. Entre em contato com um terapeuta de confiança hoje mesmo e descubra como o EMDR pode ajudá-lo a recuperar sua liberdade e qualidade de vida. Para achar um profissional, acesse EMDR

Outras novelas que já abordaram a claustrofobia

Quem também declarou que enfrenta a claustrofobia é o ginasta Diego Hypólito. Durante sua participação no Big Brother Brasil 25, ele compartilhou com os colegas de confinamento que sofria com essa condição. Há várias novelas em que personagens sofrem de claustrofobia em elevadores. Casos recentes e marcantes incluem:
  • Haja Coração (2016): O personagem Beto (João Baldasserini) tem um ataque de pânico ao ficar preso no elevador com Tancinha (Mariana Ximenes).
  • Salve-se Quem Puder (2020): A personagem Alexia (Deborah Secco) entra em pânico ao ficar presa em um elevador com Renzo (Rafael Cardoso).
  • Vai na Fé (2023): O vilão Theo (Emilio Dantas) prende a mocinha Sol (Sheron Menezzes) no elevador, provocando seu desespero.
  • Vale Tudo (1988): O personagem Tiago (Cassio Gabus Mendes) tem uma crise de pânico ao ficar preso no elevador, sendo acalmado por Ivan (Antônio Fagundes).

Novela também aborda falsificação de medicamentos e gravidez na adolescência

Na ficção da Globo, o personagem Leonardo Ferretti é acolhido por Viviane Martins, uma mulher trans farmacêutica, vivida por Gabriela Loran, por quem o personagem vai acabar se apaixonando. Pior do que a claustrofobia, o episódio revela um conflito familiar – Léo é alvo de humilhação por parte de seu pai.
No decorrer da trama, Léo se apaixona por Viviane, o que promete nova polêmica na novela das nove, que tem como protagonistas três gerações de mulheres que enfrentam a maternidade precoce na adolescência, além de abordar temas como falsificação de remédios, tráfico de crianças e corrupção.
Com Assessorias

 

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