Feito à base de amêndoas de cacau torradas, o chocolate é uma das guloseimas mais populares no mundo todo. Por conta disso, ganhou até uma data no calendário: 7 de julho é o Dia Internacional do Chocolate. Um estudo realizado pelo Ibope Mídia mostra que, atualmente, cerca de 67% dos brasileiros afirmam consumir habitualmente os mais variados tipos de chocolate, com dez unidades consumidas por semana, em média.

Da barra ao bombom tradicional, é o doce mais escolhido para saborear e partilhar momentos especiais. O chocolate tem como principal matéria-prima o cacau, que é misturado a açúcar e leite. No caso do cacau em pó, o alimento é produzido esmagando os grãos e removendo a gordura ou a manteiga do fruto. Apreciado por muitos, o chocolate é ingrediente de diversas receitas deliciosas, como bebidas, doces e até mesmo pratos salgados.

Chocolate ativa o hormônio da felicidade e do bem-estar

Além de ser super versátil na cozinha, o chocolate é capaz de alegrar os dias de qualquer pessoa. Rico em antioxidantes, potássio, magnésio, zinco e cobre, o cacau é responsável por ativar o hormônio da felicidade e do bem-estar. Se estiver em um dia estressante, o chocolate pode ajudar, já que o cacau libera serotonina no organismo, o que causa uma sensação de relaxamento e bem-estar. Redução da ansiedade, da insônia e da depressão é um dos benefícios do alimento.

A explicação não é mágica, mas científica. O cacau é rico em polifenóis, que podem apoiar a produção de neurônios, a função cerebral e dar um “up” no fluxo sanguíneo e no fornecimento do tecido cerebral. Estudos apontam que o fruto pode exercer alguns efeitos positivos sobre o humor e os sintomas de depressão, reduzindo os níveis de estresse e melhorando a calma e o bem-estar psicológico geral.

Redução do risco de ataque cardíaco e AVC

Polifenóis são antioxidantes naturais encontrados em diversos alimentos – como vinho, chá, frutas e vegetais – e abundantes em flavonoides, que têm potentes efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.

Por conta disso, foram associados a vários benefícios à saúde, a exemplo de redução da inflamação, melhoria do fluxo sanguíneo, redução da pressão arterial, melhoria dos níveis de colesterol e açúcar e redução da velocidade de envelhecimento da pele.

O cacau, tanto em pó quanto em chocolate amargo, pode ainda ajudar a reduzir a pressão arterial. O fruto tem outras propriedades que podem reduzir o risco de ataque cardíaco e derrame. Diminui ainda o colesterol LDL, conhecido como colesterol ruim, tem um efeito de afinamento do sangue semelhante à aspirina, reduz o açúcar no sangue e a inflamação.

Leonardo Oliveira, nutricionista e professor do Centro Universitário Fametro (Unifametro), explica que o chocolate contém nutrientes benéficos, como flavonóides, que exercem um papel antioxidante poderoso.

Na prática, segundo ele, significa que podem ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, além de trazer melhora para a saúde cerebral e até mesmo exercer efeitos positivos sobre o humor. Também é possível encontrar no chocolate nutrientes como magnésio, ferro e zinco, importantes para a manutenção da saúde.

Encontrados no cacau e em frutas, vegetais e outros alimentos, os flavonóides têm atraído atenção devido às suas propriedades de proteção contra o câncer, baixa toxicidade e poucos efeitos colaterais adversos.

De acordo com um estudo publicado no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, o cacau foi revelado como um alimento com propriedades imunorreguladoras, em particular a resposta inflamatória inata e a resposta imunológica adaptativa istêmica e intestinal.

História do chocolate

A popularidade do cacau é unânime entre diferentes culturas ao redor do mundo. Acredita-se que a civilização Maia, da América Central, foi a primeira a utilizar o cacau, que foi introduzido na Europa pelos conquistadores espanhóis, no século 16. Rapidamente o fruto tornou-se popular pelo mundo, tendo o chocolate como principal iguaria feita a base do cacau.

O Dia Internacional do Chocolate marca a chegada do produto na Europa, no século 15.  Na época, o chocolate transformou-se em um símbolo de status entre a aristocracia europeia, simbolizando riqueza e influência, o que lhe rendeu o nome de “ouro negro”. Só mais tarde, com a Revolução Industrial, o produto se popularizou.

As sementes de cacau foram introduzidas no Brasil apenas em 1746, como um presente para o fazendeiro baiano Antônio Dias Ribeiro. As condições climáticas e o solo favorável na Bahia proporcionaram um florescimento das plantações de cacau, contribuindo para o desenvolvimento do fruto no país.

Atualmente, são diversos tipos e sabores: vegano, zero lactose, amargo, ao leite, com castanha, licor e pimenta. Mas todos têm em comum o cacau como matéria-prima. O Brasil é sétimo país que mais produz cacau no mundo

Chocolate em números

Por mais um ano consecutivo, o setor de chocolates no País apresenta um cenário promissor. Estudo encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) à KPMG, aponta que a indústria de chocolate teve crescimento de 9,8% na produção do primeiro trimestre de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

No total, foram 219 mil toneladas, ante 199 mil produzidas nos três primeiros meses de 2022 Já no consolidado do ano de 2022, o volume produzido atingiu 760 mil toneladas, o que indica um crescimento de 8%, em comparação à produção registrada em 2021, que alcançou 701 mil toneladas.

O país continua se destacando no setor quando o assunto é exportação. Segundo dados da ComexStat, o setor de chocolate exportou, até junho de 2023, 17,5 mil toneladas, o que corresponde US$ 71,8 milhões.  Esse cenário também contribuiu para os resultados positivos da balança comercial, que atingiu 9,1 mil toneladas, o equivalente a US$ 6,5 milhões, até o mês de junho deste ano.

Com Assessorias

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