Mais conhecida como conjuntivite, a inflamação da conjuntiva é comum nesta época do ano pela soma de diversos fatores advindos da estação mais quente do ano. No verão, a exposição à aglomerações, umidade, calor e piscina tornam mais propícia a contaminação infecciosa da conjuntivite. Estar exposto a ar condicionado e fazer uso de filtro solar também pode ser considerado fator de risco quando consideramos a conjuntivite alérgica.

A transmissão da doença pode se dar por contato direto e indireto. A conjuntivite viral, a mais comum, geralmente é transmitida por contato direto, ou seja, quando a mão contaminada entra em contato com os olhos. Em ambientes com aglomerações como praias, clubes e piscinas, as pessoas podem estar contaminadas e acabar transmitindo para outras.

O principal agente causador da conjuntivite viral, o adenovírus, sobrevive muito tempo em superfícies secas, fazendo com que as epidemias surjam com mais facilidade, como explica a oftalmologista Ana Carolina Garcia, do CBV Hospital de Olhos. “A pessoa contaminada pode ter contato em casa ou no trabalho com objetos de uso comum como toalhas, maçaneta da porta, telefone e computador, por exemplo, e acabar transmitindo o vírus parar outras do convívio”, explica. Os primeiros sete dias do início dos sintomas é considerado de alto contágio.

Além dos fatores do verão, outras condições podem ainda facilitar o surgimento da conjuntivite quando conciliados com a exposição da época. “Quando se está com a imunidade mais baixa, seja por exposição ao sol, mudanças de hábitos alimentares ou até mesmo privação de sono regular, a pessoa se torna mais suscetível à conjuntivite, ainda mais combinando tudo isso ao verão“, acrescenta a médica.

Os principais sintomas da conjuntivite são olhos vermelhos, lacrimejamento, sensação de areia e ardor nos olhos, inchaço nas pálpebras e sensibilidade extrema à claridade. Caso estas características sejam observadas, a indicação é procurar o oftalmologista o quanto antes, pois somente o médico é capaz de fazer o diagnóstico e indicar o trato correto para doença, já que os tratamentos das conjuntivites virais e bacterianas são diferentes.

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