Diferentemente daqueles que atingem os adultos, os tumores que acometem crianças e adolescentes são mais agressivos, porém, a chance de cura é maior se identificado a tempo, já que respondem melhor aos tratamentos convencionais, especialmente à quimioterapia. Especialistas aproveitam o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (23 de novembro) para chamar a atenção para a doença que já é a segunda causa de morte infanto-juvenil (de 0 a 19 anos) no Brasil, atrás apenas dos óbitos por causas externas.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram estimados 12.600 novos casos no país em 2017. Apesar dos números, se diagnosticado precocemente tem até 80% de chances de cura. Por isso a importância de se estimular ações preventivas e educativas associadas à doença. Segundo especialistas da Fundação do Câncer, o câncer infanto-juvenil é diferente daquele que acomete os adultos, tanto biologicamente quanto clinicamente. “Em geral, são tumores mais agressivos, mas ao mesmo tempo respondem melhor aos tratamentos, principalmente à quimioterapia”, diz a bióloga epidemiologista Rejane Reis.
É preciso estar atento aos sinais do câncer infantil. Se a criança tem sintomas que vão e voltam, procure um médico imediatamente. É importante que o pediatra e os responsáveis fiquem atentos a eventos de repetição para que o diagnóstico oportuno seja feito e iniciado o tratamento, cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico, o quanto antes.
O que causa? – Tumores nos adultos estão associados à ação de vários fatores de risco como tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo e exposição a outros agentes carcinogênicos. Mas e quando as vítimas são crianças e adolescentes? Segundo Rejane, a maioria dos casos de câncer infanto-juvenil é de origem embrionária, ou seja, provém de células formadas na vida intrauterina do bebê, com relação direta a algumas características gestacionais, perinatais e até mesmo sociodemográficas maternas.
Os mais comuns – As leucemias correspondem ao tipo mais frequente da doença em crianças e adolescentes (26%), seguidas dos tipos epiteliais e linfomas (14%) e dos tumores do sistema nervoso central (13%). Também há uma predominância maior da doença em meninos, de 140 casos por milhão quando nas meninas é de 126 casos por milhão.
Como identificar – “Os primeiros sinais do câncer infantil são bem semelhantes a várias doenças comuns à idade, o que dificulta o diagnóstico. Entre alguns dos indicadores da doença estão: perda de peso, palidez, anemia, febre constante, dor óssea sem histórico de trauma no local e massas abdominais”, afirma o médico epidemiologista Alfredo Scaff.
Campanha para ajudar crianças com câncer
Para promover e ajudar o Instituto Ingo Hoffman, responsável por auxiliar crianças com câncer, a Kogut Labs – aceleradora de start ups localizada na Vila Olímpia (SP), considerado o Vale do Silício brasileiro – concederá bolsas de estudo integrais a quem fizer doações. Em parceria com o Centro Infantil Boldrini – hospital referência mundial no tratamento do câncer infantil – o instituto mantém o projeto Casa da Criança e da Família, que abriga as crianças em tratamento intensivo e que não têm condições de serem mantidas por suas famílias fora de suas casas.
O concurso cultural tem como objetivo oferecer mais conforto e qualidade de vida aos pacientes em tratamento e seus familiares. O instituto Ingo Hoffmann contemplará quem doar o valor de, pelo menos, R$ 30,00 ao projeto. As bolsas serão de 100% em cursos de inovação. Para concorrer, cada pessoa deve fazer a doação ao instituto através deste site e enviar o comprovante para o e-mail university@kogut.com.br com assunto “Instituto Ingo Hoffmann”. No corpo do e-mail é necessário dizer qual curso e turma quer cursar e completar a seguinte frase “Inovar é…”. Os criadores das cinco frases mais criativas receberão uma bolsa integral para o curso escolhido.
As bolsas de estudo serão para os cursos de Storytelling para Inovação, Intraempreendedorismo e Hack Yourself – Protagonismo, nos meses de novembro e dezembro. “Entendemos que, como parte ativa da sociedade, devemos colaborar de forma ativa para o desenvolvimento social da nossa comunidade. O que buscamos com ações como esta é incentivar as doações para um projeto que acreditamos” afirma Marcio Kogut, CEO da Kogut Labs com mais de 20 anos de experiência em tecnologia e inovação.
Fonte: Fundação do Câncer e Kogut Labs