1. O café é uma das bebidas mais consumidas do mundo. O brasileiro não pode negar a sua paixão pela hora do cafezinho. Esta é a segunda bebida mais consumida no Brasil – só perde para a água – , segundo estudo da plataforma CouponValido.com.br, com dados da Associação Internacional do Café (ICO) e do Departamento Intersindical de Estudos Sócioeconômicos (Dieese).
  2. Seja de manhã ou depois do almoço, o café cai bem em qualquer horário. De acordo com uma pesquisa do Instituto Agronômico em parceria com o Instituto Axxus e a Universidade Estadual de Campinas, 97% da população nacional consomem a bebida.
  3. Em média, os brasileiros bebem de três a quatro xícaras por dia, o equivalente ao consumo médio anual de 5,8 kg do grão torrado e moído por pessoa por ano, de acordo com o IBGE. Ainda segundo o levantamento, o Brasil está entre os 15 países que mais consomem o grão, em 14º lugar.
  4. Agora, quando o assunto é produção de café, o Brasil está no topo do ranking, respondendo por cerca de 40% da produção mundial, Minas Gerais, São Paulo e Paraná são os principais estados produtores.
  5. Quente ou gelado, com chocolate, chantilly, açúcar ou absolutamente sem nada, o café é a bebida democrática do país. Devido a sua versatilidade e benefícios, atualmente o grão também está presente em suplementos alimentares, cosméticos e tratamentos estéticos.Não à toa, o café ganhou um dia para chamar de seu. Neste domingo (14), é comemorado o Dia Mundial do Café, esse grão peculiar, que movimenta a economia do país desde os tempos antigos e ainda é tão presente no dia a dia dos brasileiros.

    Impacto na saúde e bem-estar

A bebida é paixão nacional há bastante tempo e marca presença nas manhãs de quem precisa se preparar para o dia e, a qualquer hora, para aqueles que confiam no seu poder de despertar e acolher.  Mais do que um hábito cultural, a bebida é vista como um potencializador da produtividade, o que atrai especialmente quem está em uma rotina mais intensa de trabalho ou estudo.

Apreciada por seu sabor único e aroma delicioso, além de ser uma fonte de prazer para muitos, a bebida também tem sido objeto de estudo por seus potenciais benefícios à saúde. No mais recente, pesquisadores britânicos concluíram que pessoas com câncer de intestino que bebem de duas a quatro xícaras de café por dia têm menos probabilidade de ver a doença voltar.

Em outras pesquisas, já foi demonstrado que a bebida tem a capacidade de aumentar a atenção, melhorar a concentração e a memória, além de possuir ação estimulante sobre o sistema nervoso.

Uma das características que mais chamam a atenção no café, é o aumento de energia e revigorada após o consumo da bebida. Existem pessoas que só começam o seu dia após uma xícara de café, mas o que muitos não sabem é que a cafeína presente no café pode melhorar a concentração e o foco. No longo prazo isso significa uma melhora no desempenho e nos resultados.

  1. Estudos científicos sugerem que o café, consumido com moderação, pode trazer uma série de benefícios à saúde, incluindo a melhoria do desempenho cognitivo, redução do risco de doenças como diabetes tipo 2 e Parkinson, e até mesmo a promoção de uma vida mais longa.

4 benefícios do café para a saúde

  • A nutricionista clínica e funcional Gisela Savioli explica quais são os benefícios dessa bebida que conquistou o planeta e que, se tomada em quantidades moderadas, não faz mal à saúde.

Poder estimulante

café agrega benefícios estimulantes especialmente por causa da presença de cafeína. Pesquisas feitas pelo Instituto do Coração, o Incor, já confirmaram que em doses ideais não prejudica o coração e até protege o sistema cardiovascular.

“A ressalva é que para ter benefícios precisa ser consumido puro, sem açúcar e sem adoçante, estes sim prejudiciais. Para quem ainda adoça o café, uma sugestão é substituir por pitadas de temperos terapêuticos, como canela em pó”, pontua a nutricionista

Rico em antioxidantes

Além disso, o café é rico em antioxidantes, como ácido clorogênico e polifenóis, que ajudam a combater os radicais livres no corpo, reduzindo o risco de doenças crônicas e promovendo a saúde geral. “O café tem sido associado a um menor risco de várias condições de saúde, incluindo doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2”, diz Dra Gisela Savioli.

Aumento da resistência física

Para os atletas, a bebida é ainda uma boa aposta. Isso porque a cafeína presente no café pode aumentar a resistência durante o exercício físico, ajudando a melhorar o desempenho atlético e a reduzir a percepção de esforço.

Melhora a disposição

Outro benefício é a melhora da disposição. Não à toa, quando acordamos cedo ou sentimos muito sono, é comum desejar um café para despertar. “Além de seus efeitos estimulantes, o café também pode ajudar a melhorar o humor, graças à sua capacidade de aumentar a produção de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina”.

Alerta para o consumo consciente

Embora o café ofereça muitos benefícios à saúde, é importante consumi-lo com moderação, pois o excesso de cafeína pode levar a efeitos colaterais indesejados e até dependência em pessoas que não metabolizam bem a bebida, como nervosismo, insônia e palpitações cardíacas.

“Estudos já mostraram que o consumo da cafeína é seguro para a maioria das pessoas, em quantidades baixas ou moderadas. No entanto, se for consumida de forma inadequada, pode causar efeitos colaterais desagradáveis, e até perigosos à saúde, dependendo de quanto tempo a substância ficar no seu corpo. Doses elevadas podem provocar taquicardia, ansiedade, tremores, alterações digestivas e insônia”, explica o biólogo e professor Paulo Jubilut, fundador da plataforma de educação Aprova Total, especializada na preparação de alunos para o Enem e vestibulares.

No cérebro humano existe uma molécula de energia chamada ATP (trifosfato de adenosina), que age como um combustível para o corpo funcionar. Durante uma longa maratona de estudos, o cérebro vai esgotando essas moléculas, o que causa sono e cansaço.

“Quando a cafeína entra no sistema, ela se liga a receptores específicos que enganam o cérebro e fazem parecer que não existe tanto cansaço. Mas na verdade é apenas a percepção de fadiga que diminui: o ‘combustível’ continua baixo”, explica o biólogo.

No entanto, o papel do café não é recarregar energia — para isso, nada substitui uma boa noite de sono. O especialista explica que dormir é essencial para que as moléculas de ATP se restabeleçam. Caso contrário, não há produção dessa energia, e, como consequência, não acontece o processo de restauração cerebral que acompanha o descanso.

Café também requer moderação no consumo 

Apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considerar seguro, para pessoas saudáveis, o consumo de até 400 mg de cafeína por dia, equivalente a três xícaras, cerca de 61% dos brasileiros ultrapassam essa recomendação. Além da quantidade apropriada, o biólogo aponta outros cuidados.

“É bom evitar a bebida após as 16 horas, já que a cafeína pode atrapalhar o sono à noite. Isso acontece porque a cafeína leva mais ou menos 7 horas para ser metabolizada pela metade, o que significa que mesmo horas após o consumo você continua sentindo os efeitos dela no corpo.”

Além do café, outras bebidas e alimentos contêm cafeína, como chás, refrigerantes, energéticos, chocolates e alguns medicamentos. Embora a cafeína seja popular quando o assunto é produtividade, há outras estratégias para um bom desempenho cerebral, como dieta equilibrada, sono adequado e exercícios físicos.

Segundo a a nutricionista clínica e funcional Gisela Savioli, existe algo chamado individualidade bioquímica e cada pessoa pode reagir de uma forma. Uma dica para saber se você não metaboliza bem o café – ou tem exagerado na dose – é ficar três dias sem a bebida.

“Se sentir náusea, irritabilidade, dor de cabeça podem ser indícios de diminuição de dose ou busca de outras opções, como por exemplo o café descafeinado”, explica a nutricionista. A esse grupo, Gisela orienta o consumo do café descafeinado. E, no geral, é indicado limitar o consumo em até três xícaras por dia e tomar o último cafezinho até 17h.

Como a cafeína age no sistema nervoso central

Quando falamos em café, já existe a assimilação direta com o seu composto principal: a cafeína. Só para se ter uma ideia, uma xícara de café expresso contém de 90 a 200 mg de cafeína, enquanto a xícara do tradicional café coado tem entre 150 e 300 mg da substância.

Mesmo diante desses dados, o teor de cafeína não depende apenas do tipo de café. Na verdade, fatores externos como a quantidade de água utilizada, tempo de contato da água com o café e tipo de pó também influenciam nesse aspecto.

cafeína é a substância mais consumida no mundo e atua como um poderoso estimulante do sistema nervoso central (SNC), melhorando o humor, o foco e o estado de alerta. Além disso, devido ao seu efeito estimulante, é possível melhorar o desempenho físico durante os exercícios, aumentando a frequência cardíaca e a pressão sanguínea, contribuindo para que mais sangue rico em oxigênio e nutrientes cheguem mais rapidamente às células musculares.

A cafeína favorece o uso de gorduras como fonte de energia, economiza combustível (glicogênio) para os músculos, reduzindo a fadiga e auxiliando no desempenho. A cafeína em cápsulas, por exemplo, é um suplemento alimentar obtido através da extração da cafeína dos alimentos, o que a torna mais concentrada, sendo, portanto, mais potentes do que a cafeína natural.

Além disso, é absorvida rapidamente pelo organismo e fornece os efeitos estimulantes em poucos minutos após a ingestão, que podem durar até 8 horas. Por esse mesmo motivo, o uso desse produto precisa estar associado a um acompanhamento médico e nutricional.

Palavra de Especialista

O nosso cafezinho é uma alimentação saudável?

Por Valter Casarin*

No dia 14 de abril comemoramos o Dia Mundial do Café, oportunidade para todos darem destaque a esta bebida tão querida. O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, depois do chá. A todos os amantes do café, desejamos um delicioso momento diante da sua xícara, com aromas delicados e cativantes. 

Para celebrar globalmente a jornada do café desde o produtor até você, o consumidor, vamos homenagear as mulheres e os homens que cultivam e colhem o café que todos amamos. Este dia é também uma excelente oportunidade para apoiar os cafeicultores cuja sobrevivência depende desta cultura. 

café é uma bebida preparada a partir de grãos torrados provenientes dos frutos da planta de café. Existem duas espécies principais de grãos: o arábica e o robusta, e dependendo de onde são cultivados, o país e a altitude determinam o sabor característico da bebida. 

Você provavelmente já ouviu falar que o café aumenta a pressão arterial, o risco de doenças cardiovasculares ou até mesmo de diabetes. Boas notícias para os fãs da nossa bebida favorita: uma revisão científica recente concluiu o contrário! O consumo de café pode, sob certas condições, ser extremamente benéfico contra estas e muitas outras doenças.

Um dos maiores mal-entendidos vem do fato de que muitas vezes equiparamos o café à cafeína. A cafeína é responsável pelo efeito psicoestimulante do café: antagoniza o efeito da adenosina, uma das moléculas do nosso sistema nervoso que promove o estado de sonolência. 

Consumido com moderação (3 a 4 xícaras/dia, ou 300 a 400 mg de cafeína), o café reduz significativamente o risco de diversas doenças crônicas e degenerativas, incluindo: 

1. Ajudá-lo a viver mais: um estudo publicado no Annals of Internal Medicine sugere que beber três xícaras de café por dia pode prolongar a vida, reduzindo o risco de morte por diversas condições, incluindo doenças cardíacas. No entanto, o mecanismo e o efeito da influência do café no envelhecimento ainda não são totalmente compreendidos e são necessários mais estudos;

2. Pode aumentar a energia e o desempenho: o café pode ajudar algumas pessoas a manter o estado de alerta e os níveis de energia graças ao seu teor de cafeína. Quando o café é consumido, ele é absorvido pela corrente sanguínea e segue até o cérebro, onde “ativa” certos neurônios, o que pode melhorar a memória, o humor, a energia e as funções cognitivas, desde que consumido com moderação. Outros relatórios sugerem que beber café antes do exercício pode reduzir a frequência do exercício e potencialmente melhorar o desempenho atlético; 

3. Pode aumentar o metabolismo: os resultados da pesquisa sugerem que a cafeína melhora o controle do peso, aumentando a taxa metabólica e queimando gordura. Os pesquisadores, portanto, levantaram a hipótese de que a cafeína pode ser promissora no tratamento da obesidade, embora sejam necessárias mais pesquisas; 

4. Reduz o risco cardiovascular (incluindo o risco de acidente vascular cerebral) ao reduzir o stress oxidativo; tem efeito protetor contra o risco de diabetes tipo 2, melhorando a sensibilidade à insulina e o aproveitamento da glicose pelos músculos; protege fortemente o fígado contra fibrose e cirrose, particularmente em pessoas que sofrem de hepatite B ou C, doença hepática gordurosa alcoólica ou não alcoólica (fígado gorduroso); tem um efeito protetor nas doenças inflamatórias intestinais crônicas e melhora a atividade metabólica das bactérias boas da nossa microbiota. 

Quanto mais tempo o café é infundido (por exemplo, café filtrado), mais aumenta o seu teor de cafeína. O conteúdo médio de uma xícara varia entre 65 e 120 mg. Um refrigerante de cola contém cerca de 40 mg e algumas bebidas estimulantes, até 80 mg/copo. 

Embora seja verdade que a cafeína tomada isoladamente pode ter efeitos adversos para a saúde, a complexa mistura de centenas de compostos naturais no café garante que os seus efeitos potencialmente nocivos sejam amplamente neutralizados. O café contém muitos polifenóis e flavonoides antioxidantes, bem como vitaminas e minerais. É a sinergia entre estes componentes que torna a bebida interessante para a nossa saúde, o que infelizmente não acontece com os refrigerantes com cafeína.

Todos esses benefícios são anulados se você adicionar creme ou leite ao café. Estes tornam os compostos antioxidantes do café completamente inativos, dando liberdade aos efeitos potencialmente nocivos da cafeína. Da mesma forma, os adoçantes anulam os benefícios do café contra diabetes ou doenças intestinais. 

Não somos geneticamente iguais uns aos outros, quando se trata de cafeína. Alguns herdaram enzimas hepáticas que são menos eficientes em metabolizar. Portanto, permanecem na corrente sanguínea por mais tempo. Mesmo em doses baixas, o café deixa essas pessoas nervosas ou incapazes de dormir. 

Deve-se notar também que os polifenóis do café interferem na absorção do ferro dietético. As pessoas em risco de deficiência devem, portanto, esperar pelo menos uma hora após a refeição para tomar café, mesmo descafeinado.

Em relação a nutrição do cafeeiro, na primavera e no verão o cafeeiro aprecia um suplemento nutricional. Esse suplemento é realizado por intermédio do uso de fertilizante. Deve-se utilizar preferencialmente um fertilizante adaptado às necessidades das plantas. Os cafeeiros precisam de uma “dieta” completa.

A deficiência de qualquer um dos nutrientes necessários reduzirá significativamente a sua produção ou diminuirá a qualidade da bebida durante o processamento. A quantidade necessária de nutriente varia de acordo com o estágio de desenvolvimento da planta. Assim, o fertilizante é um grande aliado para alcançar a qualidade do cafezinho do seu dia-a-dia.

*Valter Casarin é coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida. Graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP e Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP. Mestre em Solos e Nutrição de Plantas na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e sócio-diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.

  • Com Assessorias
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