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Na contramão do consumo desenfreado estimulado pela Black Friday, uma loja especializada em colchões decidiu fechar as portas para não vender mais nesta data. Isso mesmo que você leu: a Zissou suspendeu suas operações nesta sexta-feira (23). A decisão é motivada por dados que vão de encontro ao conceito da marca, de vender saúde e bem-estar por meio de um sono tranquilo.

De fato, a Black Friday, literalmente, tira o sono dos consumidores. Pesquisa da agência Social Miner, em 2017, mostrou que um dos principais picos de acessos no e- commerce foi registrado às 5 horas da manhã. O levantamento realizado pelo buscador Zoom identificou que o fluxo mais intenso de compras foi durante a madrugada: 45% dos interessados procurando ofertas e finalizando pedidos entre 0h e 4h.

Segundo a Zissou, apesar da importância no varejo, a data também é conhecida como uma data alucinante, com uma infinidade de ofertas, falta de transparência na precificação, filas longas, estresse no atendimento e entrega, e até perda de sono. Por isso, a startup resolveu não aderir à promoção para permitir que “as pessoas curtam o dia da forma que desejarem, sem se tornarem vulneráveis aos elementos caóticos que este período representa”.

Ilan Vasserman, um dos fundadores da empresa, explica que a euforia da Black Friday vai contra o propósito da empresa de redefinir a relação das pessoas com o sono. “O sono é o alicerce do tripé da saúde e bem-estar, composto também por atividade física e alimentação. Pode soar óbvio, mas a noite mal dormida causa indisposição e desequilíbrios hormonais que afetam o metabolismo”, afirma.

Diante disso, os sócios dizem ter preferido “priorizar a saúde do que tomar proveito de uma data para acelerar vendas”. “Por isso, estamos fechando as portas para incentivar um estilo de vida mais tranquilo. Nos outros 364 dias, os clientes poderão encontrar os produtos Zissou com os preços e benefícios de sempre”, explicou o empresário.

Transparência de preço faz parte do modelo de negócios

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Com a proposta de “redefinir a relação das pessoas com o sono”, a empresa criada por Amit Eisler, Andreas Burmeister e Ilan Vasserman adota a estratégia multicanal, com um modelo de vendas da indústria ao consumidor, eliminando intermediários comerciais e logísticos.

Inspirada no conceito americano Digitally Native Vertical Brands (marcas verticais nativas digitalmente), a Zissou nasce no ambiente digital utilizando o e-commerce não apenas como um mecanismo de venda, mas como uma forma de relacionamento com o consumidor.

Para se ter ideia, a indústria brasileira de colchões fatura R$ 6,5 bilhões ao ano e o varejo, em torno de R$ 30 bilhões. “São cinco vezes mais. O quanto do custo do produto está na sua logística, comercialização e no frete? Outros fatores que acabam pesando no bolso do consumidor incluem comissionamento de vendedores e manutenção de lojas gigantescas para expor uma infinidade de produtos”, complementa Vasserman.

Para revolucionar este mercado, e consequentemente oferecer preços justos ao consumidor, o primeiro lançamento da Zissou foi um colchão premium vendido diretamente ao consumidor final, sem intermediários. Com a tecnologia bed in a box (‘cama na caixa’, em inglês), o Colchão Zissou é embalado em uma caixa de 1 metro e 15 centímetros de altura e 40 centímetros de largura, o que permite o seu transporte com facilidade.

“No processo de entrega e instalação de um colchão tradicional, é necessário agendar o recebimento da mercadoria com uma transportadora, aguardar a chegada do produto e, em certos casos, içar o colchão até o quarto. Tudo isso custa e impacta no valor final”, detalha Andreas Burmeister, um dos idealizadores da empresa.

Fonte: Zissou, com Redação

 

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