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Um levantamento da empresa de análise de mercado Mintel mostrou que 7% dos adultos britânicos evitam o glúten por conta de alergia ou intolerância e mais de 8% o evitam por conta de um “estilo de vida saudável”. O levantamento estima em US$ 9 bilhões o mercado americano de produtos sem glúten. Outro estudo publicado na revista Science Translation indica que cerca de 1% da população ocidental tem intolerância ao glúten. No Brasil, já são quase 2 milhões de pessoas. Enquanto restaurantes do Rio são obrigados a informar claramente se os alimentos que servem contêm glúten, aumentam as incertezas em todo o mundo em relação a uma dieta livre desta proteína.

Itens sem glúten possuem um conteúdo significativamente mais alto de energia e uma composição nutricional diferente de seus equivalentes que contêm glúten. Muitos dos produtos que continham glúten – especialmente pães, massas, pizzas e farinhas – também continham até três vezes mais proteínas do que seus substitutos sem glúten. É o que mostrou um estudo apresentado recentemente na 50ª edição do Congresso Anual da Sociedade de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN – Society for Paediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition).

Risco de obesidade infantil

O estudo revela que os produtos sem glúten não podem ser considerados como substitutos suficientes de seus equivalentes com glúten. Isso levou os cientistas a solicitarem a reformulação dos alimentos sem glúten com matérias primas mais saudáveis, para assegurar alimentação saudável na infância.  As desigualdades destacadas no estudo podem afetar o crescimento das crianças e aumentar o risco da obesidade infantil.

Foram avaliados mais de 1.300 produtos e descobriu-se que os pães sem glúten tinham conteúdo mais alto de lipídios e ácidos graxos saturados. As massas sem glúten tinham conteúdo significativamente mais baixo de açúcar e proteínas. Os biscoitos sem glúten tinham conteúdo significativamente mais baixo de proteínas e conteúdo significativamente mais alto de lipídios.

“Na medida em que cada vez mais pessoas estão seguindo dietas sem glúten, para efetivamente controlar a doença celíaca, é fundamental que os alimentos comercializados como substitutos sejam reformulados para assegurar que eles verdadeiramente possuam valores nutricionais similares”, afirma o especialista e pesquisador líder da ESPGHAN, Joaquim Calvo Lerma. “Isso é especialmente importante para crianças, já que uma dieta bem equilibrada é essencial para crescimento e desenvolvimento saudáveis”.

Os especialistas também avisam que os consumidores podem não saber dessas variações nocivas, devido às rotulagens nutricionais deficientes.  “Quando os valores nutricionais dos produtos sem glúten variarem de forma significativa dos seus similares que contêm glúten, as rotulagens necessitam indicar isso claramente”, comenta Martinez-Barona, co-pesquisador líder. Segundo ele, os consumidores deveriam também receber orientação para melhorar seu conhecimento sobre as composições nutricionais dos produtos, para que possam fazer compras mais fundamentadas e garantir que uma dieta mais saudável seja seguida.

Daciana Sarbu, membro do Partamento Europeu e vice-presidente do Conselho do Comitê sobre Meio Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar, acrescenta que os produtos sem glúten que não são pré-embalados não estão sujeitos às mesmas exigências de rotulagem que os produtos pré-embalados. “Nesse caso, os consumidores podem estar menos conscientes das importantes diferenças nutricionais com significativos efeitos potenciais na saúde. Sempre apoiei rótulos chamados de “sinais de trânsito” que facilitam a comparação entre os produtos para os principais nutrientes, incluindo proteínas, gordura e açúcares”.

Maior risco de desenvolver diabetes

Estudo recente divulgado pela Universidade de Harvard (EUA) alerta que pessoas sem doença celíaca (sensibilidade ao glúten) que adotam uma dieta sem glúten têm maior risco de desenvolver diabetes. Um dos motivos é que ao excluir a proteína das refeições, as pessoas pesquisadas apresentavam baixo consumo de fibras, essenciais para prevenir picos de açúcar no sangue.

O SPA Sorocaba possui um quadro de profissionais qualificados para atender pessoas que buscam tratamentos para problemas de saúde, como obesidade, sobrepeso, estresse, diabetes e reabilitação cardiovascular como, por exemplo, a nutricionista Mirian Lacerda, que tem experiência com nutrição esportiva, avaliação nutricional e intervenção nutricional.

Da Redação, com assessorias

 

 

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