O Dia Internacional do Voluntário (5 de dezembro), decretado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1985, destaca a mobilização social crescente registrada no Brasil nas últimas décadas. A data é celebrada no Brasil por milhares de pessoas que participam das atividades de quase 900 mil organizações da sociedade civil ativas.
De acordo com a Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, realizada pelo Datafolha e pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), 56% da população adulta já participou de alguma atividade voluntária — mais que o dobro do percentual observado em 2011 e três vezes o índice de 2001.
O estudo mostra ainda que cerca de 57 milhões de brasileiros atuam como voluntários de forma ativa, e que o tempo médio de dedicação passou de cinco para oito anos, evidenciando maior continuidade e engajamento.
Mas o que inspira a move tanta gente a fazer um trabalho sem ganhar nada em troca? O Boas Ações desta semana traz algumas histórias e relatos de voluntários que explicam como é “fazer o bem sem olhar a quem”.
A Make-A-Wish Brasil, organização que realiza sonhos de crianças com doenças graves, nasceu nos Estados Unidos, na década de 1980 e, hoje, já está presente em 40 países, contabilizando mais de 585 mil sonhos atendidos – no Brasil há 16 anos, a ONG já realizou quase 4 mil sonhos, sendo mais de 400 apenas no Rio de Janeiro.
Para que a organização concretize a sua missão, o voluntariado se posiciona como uma frente essencial. Ao redor do mundo, mais de 32 mil voluntários se dedicam a esse propósito e, junto à comunidade médica, doadores e empresas parceiras, conseguem transformar desejos em experiências significativas, proporcionando momentos de esperança, renovação e alegria para as crianças e suas famílias.
São pessoas como Marcos, que há 10 anos se tornou um gênio da Make-A-Wish Brasil. Ele participou da primeira turma de formação de voluntários do Rio de Janeiro e se recorda da primeira campanha que ajudou a tornar realidade o sonho da pequena Natasha.
Naquele ano, meu time recebeu o sonho da Natasha, que queria um quarto novo. De lá pra cá, tive a oportunidade de conhecer muitas crianças e adolescentes com diferentes tipos de sonhos e mostrar para eles que não existe o impossível. Ser voluntário da Make-A-Wish Brasil significa levar alegria, magia e esperança, e receber tudo isso de volta. Realizar sonhos faz bem!”, conta Marcos.
‘Realizar sonhos é também uma forma profunda de celebrar a vida’
Foi um dia repleto de alegria, leveza e encantamento. Em meio à natureza, vivemos momentos de bem-estar e entrega, não apenas do celular, mas de afeto, presença e conexão verdadeira. A relação que criamos e as experiências que compartilhamos tornaram aquele sonho ainda mais magnífico, porque a realização não está só no celular, e sim, em tudo o que se vive ao longo do caminho.
A Make-A-Wish me ensinou isso com profundidade: realizar um sonho é, antes de tudo, celebrar a vida. Hoje, a Lays é uma estrelinha. E gosto de imaginar que, ao lado de seu ídolo, ela ilumina de onde estiver. Daqui, seguimos sendo luzes também, enquanto estivermos, enquanto houver sonhos e enquanto houver vida, haverá celebração.
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No ambiente de tratamento oncológico, além dos protocolos médicos e da tecnologia de ponta, existe um elemento fundamental para o bem-estar dos pacientes: o voluntariado. No IBCC Oncologia, esse trabalho acontece há mais de 20 anos e envolve hoje cerca de 80 voluntários – pessoas físicas e organizações – que dedicam tempo, carinho e atenção aos pacientes, sem receber nada em troca.
Para a assistente social do Grupo de Humanização do IBCC, Kelly Banin, o voluntariado é doar o que se tem de mais precioso: tempo, presença e afeto. “Neste tipo de ação, às vezes um sorriso, um abraço ou uma escuta transforma completamente o dia de alguém”, explica.
No entendimento de especialistas, esse tipo de ação vai além do apoio pontual: o voluntariado é reconhecido como pilar da humanização hospitalar, capaz de oferecer conforto emocional, aliviar o estresse da internação e contribuir para a dignidade dos pacientes.
Mais do que apoio logístico, o voluntariado constrói uma rede de solidariedade que conecta pacientes, acompanhantes, equipes de saúde e voluntários. No IBCC Oncologia essas iniciativas ajudam a tornar o ambiente mais acolhedor, com cuidado integral – corpo, mente e sentimento. A aproximação com o paciente, o olhar humano e o gesto de escuta frequentemente fazem a diferença onde a medicina técnica, sozinha, pode não alcançar.
Ser voluntário é escolher se dedicar a alguém que você nunca viu e talvez nunca mais veja, apenas porque acredita no poder do bem. No hospital, pequenas atitudes criam memórias que acompanham o paciente para sempre”, finaliza Kelly.
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Para marcar o Dia do Voluntariado, celebrado neste dia 5 de dezembro, e o clima de final de ano, o hospital preparou uma série de ações especiais para dezembro. As atividades regulares já demonstram a amplitude do cuidado humano: oficinas de automaquiagem para pacientes, grupos de autocuidado masculino, encontros mensais de artesanato, visitas quinzenais aos leitos com jogos de palavras-cruzadas, visitas pets, apresentações musicais, entrega de lenços e bonés, além de inúmeras outras atividades. Há ainda a participação regular da Pastoral da Saúde, com atendimentos espirituais e acolhimento humanizado.
Em dezembro, o hospital prepara atividades especiais de Natal: uma missa festiva, apresentações de coral pelos ambulatórios e andares, e um cortejo com personagens do presépio que distribuirão presentes e itens de conforto aos pacientes internados. Também serão mantidas as oficinas de maquiagem e autocuidado que ocorrem mensalmente, como um gesto simples, mas carregado de significado no contexto de tratamento oncológico.
Com assessorias




