O Estado de São Paulo acaba de abolir o uso de máscaras ao ar livre. Com a decisão, a capital paulista se junta a outras 11 capitais que deixaram (ou já marcaram uma data) para abandonar a obrigatoriedade do uso do acessório em espaços abertos, como Rio de Janeiro e Natal. Diante desses anúncios, o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira, o CEM COVID_AMB, resolveu emitir uma nota recomendando cautela, principalmente em cidades com baixas coberturas vacinais. Para o comitê, ainda é necessário fazer uso da máscara em locais fechados, evitar aglomerações e não esquecer da higienização adequada das mãos.

“Vivemos um período de queda da média nacional de casos e de óbitos. A circulação do vírus se mostra menor atualmente. Entretanto, a despeito desse cenário melhor comparado a outros que já vivemos, o CEM COVID_AMB compreende que temos um país de proporções gigantescas e com coberturas vacinais regionais muito díspares e, portanto, precisamos ter cautela quanto à questão do uso opcional de máscaras na prevenção de infecções respiratórias”, diz o texto.

Ainda de acordo com o órgão, “uma flexibilização indiscriminada pode ampliar os riscos à população, ainda mais à parcela não vacinada ou com esquema incompleto e principalmente os imunocomprometidos”. A nota também chama atenção para “a vacinação infantil, que lamentavelmente permanece com baixa cobertura em algumas regiões. É mister que todos os pais se conscientizem de que o momento requer responsabilidade máxima: imunizar os filhos é gesto de proteção à vida”, destacou

Leia a nota com a recomendação do uso de máscara

Boletim 010/2022: CEM COVID_AMB
Sobre o uso de máscaras no atual momento da pandemia

O Comitê Extraordinário de Monitoramento COVID-19 da Associação Médica Brasileira, CEM COVID_AMB, vem a público compartilhar com os cidadãos o parecer das sociedades de especialidades que o integram – https://amb.org.br/cem-covid/cem- covid/ sobre a uso de máscaras no atual momento da pandemia.

1. No presente momento vivemos um período de queda da média nacional de casos e de óbitos;

2. A circulação do vírus se mostra menor atualmente. Entretanto, a despeito desse cenário melhor comparado a outros que já vivemos, o CEM COVID_AMB compreende que temos um país de proporções gigantescas e com coberturas vacinais regionais muito díspares e, portanto, precisamos ter cautela quanto à questão do uso opcional de máscaras na prevenção de infecções respiratórias.

Com eventuais exceções, a prevenção, de forma geral, incluindo o uso de máscaras, deve ser mantida, com atenção particular aos locais fechados.

É importante que a tomada de decisões nesse sentido seja feita com segurança e que cada Estado ou Município avalie os seus indicadores epidemiológicos e a sua cobertura vacinal.

Aos cidadãos, reforçamos que, além do uso de máscara, é imperioso evitar aglomerações e levar sempre a sério as regras de higienização das mãos, entre outras.

Uma flexibilização indiscriminada pode ampliar os riscos à população, ainda mais à parcela não vacinada ou com esquema incompleto e principalmente os imunocomprometidos.

Relevante chamar atenção para a vacinação infantil, que lamentavelmente permanece com baixa cobertura em algumas regiões. É mister que todos os pais se conscientizem de que o momento requer responsabilidade máxima: imunizar os filhos é gesto de proteção à vida.

São Paulo, 10 de março de 2022.

Sobre o CEM COVID_AMB

A Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedades de Especialidade Médica diretamente relacionadas a assistência de pacientes acometidos pelo vírus SARS-Cov2 criaram o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19, CEM COVID_AMB aos 15 de março de 2021.

O CEM COVID_AMB monitora permanentemente a pandemia em todo o território nacional e as ações dos órgãos responsáveis pela saúde pública, com o intuito de consolidar informações e, a partir de retratos atualizados, transmitir orientações periódicas de conduta para cuidados e prevenção aos cidadãos e aos profissionais da Medicina.

Iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira com as Especialidades, o CEM também tem apoio de associações estaduais federadas e de Regionais das Sociedades Médicas. Em seu primeiro boletim, trouxe mensagem que leva à reflexão por se manter absolutamente atual.

“Nós, os médicos, estaremos sempre disponíveis para ajudar; e ajudaremos. Mas não trazemos a solução; hoje não a temos. A solução para a Covid não está nas mãos de mais de meio milhão de médicos do Brasil. Será resultado das atitudes responsáveis e solidárias de cada um dos cidadãos do País e das autoridades públicas responsáveis por implantar as medidas efetivas que se fazem necessárias para mitigar a enorme dor e sofrimento da população brasileira.”

A composição de membros do Comitê está em https://amb.org.br/cem-covid/cem-covid e assim como os demais conteúdos do CEM COVID_AMB, passam por atualização permanente.

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