No Dia Mundial sem Carro, Colégio Miraflores, no Rio, faz atividades com bicicletas e patinetes (Foto: Divulgação)
No Dia Mundial sem Carro, Colégio Miraflores, no Rio, faz atividades com bicicletas e patinetes (Foto: Divulgação)

Muitas pessoas, assim como eu (veja aqui), estão abrindo mão de ter um carro. Primeiro, pelas despesas que gera. Depois, para prevenir o estresse no trânsito; melhorar a qualidade de vida ao proporcionar mais atividade física e, quase sempre por último, para ajudar a reduzir a poluição. Lançado em 1997, na França, o Dia Mundial Sem Carro (22 de setembro) chegou ao Brasil em 2001. E tem contribuído para a reflexão sobre o uso excessivo e dependência do automóvel e os problemas que isso causa, como poluição e  consumo de combustíveis. Além disso, propõe a racionalização do transporte e a busca por novas alternativas de locomoção, menos poluentes e mais saudáveis.

No Dia Mundial sem Carro, Colégio Miraflores, no Rio, faz atividades com bicicletas e patinetes (Foto: Divulgação)
No Dia Mundial sem Carro, Colégio Miraflores, no Rio, faz atividades com bicicletas e patinetes (Foto: Divulgação)

O movimento incentiva as pessoas a deixarem seus automóveis em casa e experimentarem outras opções, como as caronas e o uso da bicicleta. Para especialistas em saúde, além de trazer benefícios ao meio ambiente e gerar economia, diminuir o uso dos veículos também traz benefícios à saúde, especialmente num país onde a obesidade aumenta mais a cada dia, como o Brasil. Andar de bicicleta, por exemplo, pode significar alto gasto energético, além de ser uma atividade lúdica e mais prazerosa, por ser feita ao ar livre.

Crianças aprendem a reduzir dependência do carro

Acostumadas  desde muito novas com o conforto de andar de carro com os pais, as crianças também aos poucos vão aprendendo esses benefícios. Para conscientizar seus alunos sobre as inúmeras vantagens de não ser “escravo das quatro rodas”, o Centro Educacional Miraflores antecipou as comemorações pela data e realizou inúmeras atividades em sala de aula e no pátio da escola. Foram instalados sinais de trânsito, placas e faixas de pedestre. E as bicicletas, patinetes e triciclos faziam o papel dos veículos.

De forma muito lúdica, elas aprenderam a ‘controlar’ velocidade, uso de celular, avanço de sinais, entre outros fatores que trazem perigo para o condutor, passageiros e pedestres. O pátio da unidade da escola em Laranjeiras serviu como uma simulação do trânsito nas ruas, com sinais de trânsito e bicicletas e patinetes no lugar dos carros. Já na unidade da Barra, as crianças, em passeata, gritavam: “Que beleza! Viva a natureza!” e “Queremos ar puro! Vamos de bicicleta!”.  De acordo com o colégio, as crianças são usadas como meio de propagação de informação e conscientização dos familiares, já que exercem influência sobre os pais dentro de casa.

Dicas para sair por aí na sua magrela

A adoção da “magrela” faz parte do estilo de vida de uma fatia da população que deseja uma vida mais saudável e um planeta com menos poluição.  Para se tornar um ciclista de carteirinha, no entanto, é preciso tomar alguns cuidados para que a prática da atividade não prejudique o corpo, como ensina o ortopedista Marcello Serrão.  Com mais de 20 anos de experiência na área, o médico diz que é preciso ter atenção para evitar a sobrecarga na articulação do joelho e a pressão sobre a coluna lombar e sobre a próstata (no caso dos homens). Além disso, antes de começar esta atividade, é fundamental fazer uma avaliação com cardiologista e ter equipamentos que aliem qualidade e conforto.

“Um selim acolchoado, que proteja a região perineal, é importante, assim como ter uma bicicleta regulada de acordo com o tamanho do ciclista. Pacientes cardiopatas ou com insuficiência venosa dos membros inferiores devem evitar as formas mais intensas de ciclismo. O mesmo serve para os pacientes com problemas no joelho, como a condropatia patelar, ou problemas na coluna vertebral”, alerta.

É preciso ficar atento também à frequência que a atividade é realizada. Para evitar danos à saúde, os exercícios aeróbicos, como é o caso do ciclismo, são recomendados numa frequência de três a quatro vezes por semana, num período que varia de 30 a 40 minutos.

Fonte: Colégio Miraflores e Marcello Serrão

 

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