Até este fim de semana, o Estado do Rio de Janeiro já distribuiu 4,5 milhões de doses de vacinas, mas apenas 58% da primeira dose e 22% da segunda dose foram informadas como aplicadas ao Ministério da Saúde. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) passou a publicar uma tabela com o total de doses distribuídas aos 92 municípios no site Vacinação Covid. Até as 9h deste sábado (17/4), o estado registrava 1.857.188 de pessoas vacinadas com a primeira dose e 529.649 com a segunda. O vacinômetro pode ser acessado por este site.
De 19 de janeiro a 9 de abril, o estado havia distribuído 4.409.220 doses de vacinas, mas apenas 41,9% dessas doses foram informadas como aplicadas ao MS. Por conta disso, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS), enviou aos 92 municípios do estado um ofício reforçando a importância do cadastro no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) das vacinas contra Covid-19 já aplicadas.
A partir do ofício, a SVS estabelece um cronograma de metas para que as secretarias municipais de saúde realizem a inserção de 80% a 100% dos dados da vacinação. Os municípios com menos de 30% de informação cadastrada são considerados críticos e terão sete dias úteis para comunicar a aplicação da primeira dose e 14 dias úteis para o cadastro da segunda.
As cidades que estão com 30% a 60% de cadastro já realizado terão cinco dias úteis para lançar a informação da primeira dose e dez dias úteis para a segunda. Já as secretarias municipais de saúde que têm entre 60% e 75% dos seus dados registrados no sistema terão três dias úteis para a atualização da primeira dose e seis dias úteis para informar a segunda.
Os municípios precisam informar a quantidade de doses aplicadas com a maior celeridade possível. Essas informações são fundamentais para realizarmos o planejamento de distribuição. A atualização dos dados será encaminhada, findando o prazo, para os órgãos de controle, Ministério Público e Defensoria Pública”, esclarece o secretário de Saúde, Carlos Alberto Chaves.
O documento reforça a importância de os municípios manterem a uniformidade na vacinação, uma vez que as doses de vacina ainda estão chegando de forma gradativa e sem regularidade de volume. Informar com celeridade os dados da vacinação também pode ajudar a corrigir possíveis distorções nas bases de dados populacionais usadas pelo Ministério da Saúde para calcular o quantitativo de doses enviadas ao estado para atender cada grupo prioritário elencado no PNI. A SVS destaca que esses números podem estar defasados.
Diante da diferença entre o número de doses enviadas e as cadastradas no SI-PNI, poderíamos concluir que os municípios não estão conseguindo utilizar todas as doses enviadas para imunizar a população. Porém, nossa proposta é para que eles se organizem e consigam lançar as informações com a máxima urgência que o caso requer. Isto vai nos ajudar a identificar quais cidades ainda não conseguiram finalizar alguns grupos prioritários”, conclui o superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES, Mário Sérgio Ribeiro.