Em tempos de pandemia e com a maior vulnerabilidade social das pessoas – a maioria dos brasileiros perdeu receita e não pode mais pagar um plano de saúde -, cresceu o número de solicitações e necessidades de atendimento gratuito ou mais acessíveis. No Rio de Janeiro, moradores do movimentado bairro da Lapa e outras áreas da região central da cidade podem contar com o Centro de Saúde Escola Lapa, da Faculdade de Medicina da Estácio.

Em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, o espaço oferece uma série de serviços gratuitos de atenção primária à saúde para homens e mulheres adultos. Além de coleta de exames de sangue, são oferecidos diversos serviços para rastreamento de doenças crônicas. O espaço ainda oferece rastreamento e aconselhamento para tabagismo, uso nocivo/abuso de álcool e outras drogas e e acompanhamento de mulheres em situação de violência.

As mulheres podem ter acesso a exames para rastreamento de câncer de colo uterino (preventivo) e de câncer de mama. Para as mulheres com mais de 45 anos, também é realizado rastreamento de risco cardíaco e prevenção e assistência ao climatério. As gestantes contam com assistência pré-natal (mínimo de 6 consultas, intercaladas com consultas médicas e de enfermagem) e assistência ao puerpério, além do teste do pezinho nos bebê recém-nascidos

Entre os homens, é feito o rastreamento de dislipidemia acima dos 35 anos, de risco cardiovascular para aqueles entre 20 e 35 anos e de hipertensão arterial para homens com mais de 18 anos. Casais ainda podem ter acesso a planejamento reprodutivo e direito sexual e reprodutivo; orientação individual e em grupos de métodos contraceptivos, incluindo inserção de DIU, e investigação de infertilidade conjugal, prevenção, identificação e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

O Centro de Saúde Escola Lapa conta com equipes compostas por médicos especialistas em medicina de família e comunidade, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários, além dos médicos docentes e estudantes da Estácio, que atendem e visitam as famílias que moram no entorno para acompanhamento de problemas de saúde. Neste espaço, também funciona um posto de vacinação e atendimento para Covid-19. A unidade funciona das 8h às 17h, na Rua Riachuelo 43 (Lapa).

Policlínica tem consultas a R$ 60

Centro de Saúde Escola Lapa oferece atenção primária gratuita (Foto: Divulgação)

Próxima do Centro de Saúde Escola, na Rua Riachuelo 47, também na Lapa, funciona outra unidade da Estácio, a Policlínica Ronaldo Gazolla, que realiza consultas populares a R$ 60,00. O espaço também conta com equipes de médicos docentes e estudantes do curso de Medicina da Estácio. O valor da consulta é utilizado como reembolso de despesas e gastos com materiais utilizados durante os atendimentos.

As especialidades oferecidas à população são Cardiologia; Clínica Médica; Dermatologia Cirúrgica e Clínica; Endocrinologia/Clínica Médica; Gastroenterologia/Clínica Médica; Geriatria/Saúde do Idoso; Ginecologia; Hematologia; Infectologia; Nefrologia; Neurologia; Oftalmologia; Ortopedia; Otorrinolaringologia; Pneumologia/ Clínica Médica; Pneumologia/ Tratamento Tabagismo e Reumatologia.

O horário de funcionamento é das 8h às 17h. As consultas devem ser marcadas com antecedência, por meio dos telefones (21) 3231-6009 / 3231-6011 / 3231-6059. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 3231-6031 ou pelo e-mail policlinicarg@estacio.br. Os interessados podem ainda obter mais detalhes no blog ou facebook.

Atendimento comunitário de psicologia em Ipanema e na Barra

O Centro de Psicologia Aplicada e Formação (Cpaf- RJ), em Ipanema e na Barra da Tijuca, está prestando atendimento comunitário em sua clínica social. As consultas acontecem de segunda a sábado, de 9h às 18h (presencialmente ou online), mas é necessário , antes, passar por uma triagem, que deve ser agendada pelo telefone com o coordenador Rogério Rubin (21) 99419 3050, a partir das 9h.

Estes atendimentos são realizados por estudantes e psicólogos, qu formam a equipe coordenada pela psicóloga Monica Portella. “Resolvemos abrir mais vagas na Clinica, devido à forte procura e ao aumento do número de casos de depressão e ansiedade”, explica a coordenadora da Clínica.

Pós doutora em psicologia pela PUC-Rio, doutora em Psicologia Social e Cognitiva pela UFRJ e Mestre em Psicologia Social pela UFRJ, ela atualmente trabalha com terapia cognitivo comportamental  e Psicologia Positiva.

SERVIÇOS PÓS-COVID

Fisioterapia respiratória virtual e gratuita

Desde março do ano passado, quando surgiram os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, a Universidade Veiga de Almeida (UVA) tem oferecido fisioterapia respiratória por teleatendimento para pacientes que receberam alta e ficaram com sequelas da doença. As consultas virtuais são feitas por professores da universidade, com apoio de até 200 alunos voluntários. O tratamento de reabilitação pulmonar é gratuito e serve tanto para quem apresentou quadros mais graves quanto para quem se tratou em casa.

O professor Yves de Souza, mentor do projeto e líder do Laboratório de Pesquisa em Reabilitação Pulmonar da Veiga (LaPeRP-UVA) explica que mesmo após a alta hospitalar, se o paciente se queixa de falta de ar ou perda da capacidade pulmonar, ele precisa iniciar um trabalho de fisioterapia respiratória o mais rapidamente possível. “O tempo é um fator primordial na recuperação dos músculos”, ressalta.

A iniciativa, que faz parte de um projeto acadêmico do LaPeRP-UVA, resultou num estudo clínico premiado no congresso American Thoracic Society um dos mais importantes da área. O trabalho realizado pela Veiga também inspirou terapeutas portugueses. Eles procuraram a universidade para um intercâmbio de conhecimento e passaram a adotar o protocolo e os exercícios criados pela equipe de fisioterapia da universidade.

As pessoas interessadas nos serviços de atendimento de fisioterapia respiratória da UVA devem entrar em contato com a universidade através do e-mail comunicacaoinstitucional@uva.br Para mais informações, acesse: http://www.uva.br

Ambulatório de Fisioterapia pós-Covid na UFRJ

Desde outubro de 2020, o ambulatório pós-Covid da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebe pacientes que ficaram muito tempo internados e precisam de reabilitação. A iniciativa faz parte do serviço de fisioterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e atende apenas os pacientes que ficaram internados no hospital.

Até o momento, 90 pacientes já passaram pelo ambulatório, 29 estão em atendimento presencial e 5 de forma remota. A equipe é composta por dois fisioterapeutas e dois terapeutas ocupacionais que atuam com suporte de dois estagiários de terapia ocupacional.

O tratamento aplica métodos para treinamento de equilíbrio, força e condicionamento físico dos pacientes. Durante a fase de internação o paciente começa receber acompanhamento. Após a alta, o ambulatório pós-Covid os acolhe toda semana para um treinamento. Para os que não podem ir ao local, o ambulatório criou um programa de reabilitação remota. Para este grupo, há uma avaliação mensal do progresso do tratamento.

Instituto Movimento e Vida cuida de PCDs em comunidades

Outro serviço que tem atendido pacientes que foram vítimas da Covi-19 é o Instituto Movimento e Vida, criado em 2013 para cuidar de pessoas com deficiência física que moram no Complexo do Alemão e na Penha. O serviço é oferecido de forma gratuita e foi criado pela fisioterapeuta Mônica Cirne, que trabalha há mais de 15 anos nessas comunidades.

Graduada em Psicologia pela Universidade Estadual do Rio (UERJ), Mônica estudou Fisioterapia na faculdade de reabilitação da ASCE e é pós-graduada em traumato-ortopedia, neurofuncional e anatomia funcional. O instituto arrecada doações de materiais para fisioterapia. A entrega pode ser feita na Rua Andorinhas, n° 98, em Olaria, na Zona Norte do Rio. Mais informações no site do instituto.

EM SÃO PAULO

Universidade oferece consultas pediátricas gratuitas

Visando proteger os pacientes e seus acompanhantes, assim como evitar a aglomeração, devido a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavirus, o CIS (Centro Integrado de Saúde) da Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de universidades Laureate, passa a oferecer consultas de Pediatria de forma remota, gratuitamente. As consultas serão feitas por alunos do 5º ano do curso de Medicina, sob tutela de um profissional.

Além de crianças, são realizadas consultas para gestantes, com o intuito de orientá-las sobre os cuidados com os bebês e a importância e manejo no aleitamento materno. Quem ainda não é paciente precisa passar por uma primeira consulta presencialmente, com custo de R$ 5. Após esta avaliação, os retornos e demais consultas poderão ser realizadas de forma remota.

O Centro Integrado de Saúde funciona na Rua Frei Gaspar 131 – Mooca, de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h e das 14h às 20h. Os agendamentos estão acontecendo exclusivamente pelo telefone (11) 2790-4561. Para mais informações: http://portal.anhembi.br/

Atendimento gratuito a crianças com cardiopatia no HCor

O HCor, com o apoio da Associação Beneficente Síria – sua mantenedora – oferecerá atendimento multiprofissional para crianças com cardiopatias em seu Centro de Reabilitação Neurocognitiva e Física. O projeto filantrópico dará assistência gratuita a famílias de São Paulo, que chegam ao hospital encaminhadas pela Coordenação de Regulação Municipal, além de pacientes atendidos pelo HCor que recebem alta após o nascimento.

Um levantamento recente do Centro mostrou que os níveis de atenção e concentração considerados inadequados no início dos atendimentos caíram de 87,5% para 17,5% nos pacientes acompanhados. Paralelo a isso, se no começo do tratamento dessas crianças tínhamos somente 33,3% delas preenchendo índices adequados de memória, ao final, observou-se 86,7% com esse bom desempenho.

A intervenção com essas crianças resulta em benefícios na coordenação motora fina, esquema corporal, atenção e concentração, memória, linguagem, e matemática, além da capacidade física e resposta cardiovascular nas crianças submetidas à reabilitação física. Após passarem pelo neuropediatra para identificar os principais pontos de comprometimento, os pacientes seguem para avaliações psicológicas, de linguagem, psicopedagógicas e nutricionais.

A partir daí, a equipe trabalha de maneira integrada e estabelece uma estratégia de abordagem para aquela criança. São oferecidas atividades individuais e em grupos, que promovem desenvolvimento motor, de linguagem e neurocognitivo, além de orientação nutricional e atendimento psicológico aos pais, a fim de propiciar a eles acolhimento e empoderamento no cuidado da criança cardiopata.

No serviço, as crianças maiores que quatro anos também são submetidas à avaliação física e treinamento físico para reabilitação de sua capacidade cardiovascular, de acordo com a prescrição médica de exercício. O objetivo é desenvolver sua função motora, o desenvolvimento neurológico e a interação social.

O programa prevê acompanhamento de um ano. Passado esse período, os pacientes serão monitorados trimestralmente. Além dos impactos objetivos, dados subjetivos revelam melhora no desempenho escolar, na socialização e até na alegria da criança. Depois da alta, a ideia é que as crianças não precisem mais dos atendimentos, uma vez que as famílias e a escola já estejam aptas ao cuidado e à estimulação adequada. De qualquer forma, a depender dos resultados no monitoramento e, principalmente, em casos nos quais o paciente passe por nova cirurgia, ele poderá retornar ao Centro.

PELA INTERNET

Novo app gratuito permitirá acesso a informações sobre saúde

Imagine ter acesso aos seus históricos de saúde (consultas, diagnósticos, tratamentos, medicamentos consumidos, etc) e poder compartilhar parte ou todas essas informações para quem quiser, de qualquer lugar, de forma ágil, fácil, segura e sem custo? Pois isso será possível a partir de um app gratuito desenvolvido pela Interoperas – Associação para Interoperabilidade na Saúde, que acaba de ser lançada.

O objetivo da nova entidade é promover a chamada interoperabilidade, a partir da integração das informações disponibilizadas por hospitais, laboratórios, clínicas, farmácias, consultórios e serviços prestados por empresas especializadas. Sem fins lucrativos, a Interoperas reúne profissionais de TI, pesquisadores, executivos e profissionais ligados à saúde e vai atuar no desenvolvimento e aplicação da inovação no setor. A expectativa é beneficiar mais de 40 milhões de pessoas em cinco anos, integrando cerca de 80 serviços, realizados por 2 mil empresas e entidades.

Com Assessorias

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