Rio é a capital com mais casos
Novo tratamento disponível no SUS
O Ministério da Saúde vai começar a distribuição pelos estados participantes da pesquisa: Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal. Para isso, a pasta adquiriu 5 mil caixas, que correspondem a 2,5 milhões de comprimidos. O objetivo é conhecer o processo de utilização do medicamento, bem como a sua oferta em tempo oportuno pelos serviços de saúde.
Veja depoimentos de pacientes que se curaram ou estão em tratamento
Teste rápido para tuberculose
Em 2014, o Ministério da Saúde implantou no país a Rede de Teste Rápido para Tuberculose (RTR-TB), que utiliza a técnica de biologia molecular PCR em tempo real. Denominado “Teste Rápido Molecular (TRM), conhecido como Xpert MTB/Rif ®”, o teste detecta a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina, um dos principais medicamentos usados no tratamento.
Foram distribuídos 248 equipamentos para laboratórios de 128 Municípios, em todas as unidades da federação. Os municípios escolhidos notificam, anualmente, cerca de 65% dos casos novos de tuberculose diagnosticados no país. O investimento inicial do Ministério da Saúde para estas ações foi de cerca de R$ 17 milhões.
Para monitorar a implantação desta rede, mensurar a realização dos testes e auxiliar a vigilância epidemiológica da doença, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose publicou, em dezembro de 2015, um relatório em que estão descritas as principais atividades desenvolvidas pelos programas de controle da doença (nacional, estadual e municipal) e laboratórios municipais e centrais no primeiro ano de implantação da RTR-TB.
Além disso, o Ministério da Saúde vai adquirir 70 mil frascos-ampolas do PPD, produto utilizado no teste tuberculínico para auxiliar no diagnóstico da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB). O quantitativo é suficiente para atender a demanda nacional e melhorar o rastreamento da doença.
Opas explica as causas
Campanha marca Dia Mundial de Combate
Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e estimular a adesão ao tratamento da doença, reduzindo a taxa de abandono, o Ministério da Saúde lança a campanha “Tuberculose tem cura. Todos juntos contra a tuberculose”. Para isso, o tratamento precisa ser feito até o final. O Brasil conseguiu atingir as Metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose com três anos de antecedência e, em 2015, aderiu ao compromisso global de redução de 95% dos óbitos e 90% do coeficiente de incidência da doença até 2035.
Acesse a campanha ‘Tuberculose tem cura. Todos juntos contra a tuberculose’
A campanha vai ao ar entre os dias 23 e 30 de março e visa conscientizar as pessoas a procurarem a unidade de saúde para o diagnóstico e os pacientes a realizarem o tratamento completo, para atingir a cura. Além disso, pretende alcançar, prioritariamente, os homens entre 30 e 40 anos de idade, das classes C, D e E por meio de um filme com um jingle e peças para internet, outdoors, tv aberta, rádio, jornal e revista.
Fiocruz iluminada de vermelho
Ação no West Shopping
Neste dia 23 de março (sexta-feira), das 10h às 20h, o West Shopping em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, realizará uma ação de conscientização, em parceria com a Coordenadoria de Saúde – CAP 5.2, de Campo Grande, em apoio ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Profissionais da saúde percorrerão o mall do empreendimento e abordarão clientes e colaboradores para falar sobre a importância do diagnóstico e tratamento da doença. Atuberculose é uma patologia infecciosa e transmissível, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas.
Durante a ação, os agentes vão distribuir folders sobre a doença com dados sobre os principais sintomas e dicas de prevenção. As pessoas que desejarem mais informações, serão encaminhadas a um lounge, localizado no 1º piso, onde um enfermeiro estará presente para orientar sobre a doença e a maneira correta para se fazer o agendamento junto às Clínicas da Família.
Saiba mais sobre a doença
Transmissão – O médico pneumologista Sérgio Pontes, da Aliança Instituto de Oncologia explica que a doença é transmitida pelo ar, através do contato com secreções contaminadas ou portadores da doença. “Acredita-se que cada pessoa infectada com a bactéria, se não tratada, pode contaminar em torno de 15 pessoas no intervalo de um ano”, aponta. A tuberculose não é transmitida por objetos compartilhados, como copos, talheres e pratos.
Sintomas – A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa com tuberculose pulmonar, que esteja em fase de transmissão, permanece por tempo prolongado em ambiente com pouca ventilação e sem entrada de sol, em contato com pessoas que não estão doentes. Conforme o médico, os principais sintomas são: tosse, febre e sudorese. “Na maioria das vezes, a febre é baixa e aparece no final da tarde, já a sudorese, vem à noite. A tosse pode ser seca ou com catarro e ter ou não a presença de sangue. Os indícios podem estar associados ainda à falta de apetite, emagrecimento intenso, sinais de desânimo e prostração”, destaca Pontes.
Prevenção – Para prevenir as formas graves da doença, é necessário imunizar as crianças no primeiro ano de vida com a vacina BCG. É importante também evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar por tempo prolongado. Confira dicas do pneumologista para evitar o contágio da tuberculose:
– Mantenha a vacinação em dia, a BCG, que inclusive está no calendário de imunização é uma forma de proteção;
– Evite contato com pessoas que foram diagnosticadas com tuberculose ativa e não estão em tratamento
– E, por último, mantenha hábitos saudáveis de vida
Tratamento – Toda tosse que durar mais de três semanas deve ser avaliada. É importante que o paciente procure o posto de saúde mais próximo de sua casa para passar por uma consulta. O tratamento é feito na rede pública de saúde e é composto por quatro medicamentos diferentes, que são ingeridos juntos, uma vez por dia. O tratamento da tuberculose é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Entenda os números no país
Dados do Ministério da Saúde apontam que em 2017, foram registrados 69,5 mil casos novos e 13.347 casos de retratamento (abandono ao tratamento) de tuberculose no Brasil. Em 2017, o coeficiente de incidência da doença foi de 33,5/100 mil habitantes em 2017. Os estados com maior proporção de retratamentos foram Rio Grande do Sul (23,3%), Rondônia (19,9%) e Paraíba (19,5%).
Nesse mesmo ano, o percentual de cura de casos novos foi 73%, maior do que se comparado ao ano de 2015 (71.9%). Os estados do Acre (84,2%), São Paulo (81,6%) e Amapá (81,7%) alcançaram os maiores percentuais de cura no mesmo ano. Em relação ao abandono, em 2016, o percentual foi 10,3%, duas vezes acima da meta preconizada pela OMS, que é abaixo de 5%. Em 2016, foram registrados 4.426 óbitos por tuberculose, resultando em um coeficiente de mortalidade igual a 2,1 óbitos/100 mil habitantes, que apresentou queda média anual de 2,0% de 2007 a 2016.
No ano passado, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, que ratifica o compromisso com a OMS de reduzir a incidência da doença na população mundial, que hoje é de aproximadamente 100 casos para cada 100 mil habitantes. A meta é chegar, até o ano de 2035, a menos de 10 casos por 100 mil habitantes. Juntamente com a redução da incidência, o Brasil também assume o compromisso de reduzir o coeficiente de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes.
Ação para combater a doença nas cadeias
Da Redação, com assessorias