Ser idoso já não significa falta de atividade, calmaria e tranquilidade. Viagens com os amigos, aulas de dança e muitas outras atividades que são prazerosas e fazem bem à saúde já se integraram à rotina de quem rompeu a barreira dos 60 anos. Eles dançam, brincam, praticam esporte e, claro, mantêm os prazeres da relação sexual cada vez mais ativos.
Com a chegada de medicamentos para disfunção erétil muitos casais idosos redescobriram o apetite sexual e encaram o sexo de forma saudável. “É importante que o tratamento para disfunção erétil tenha um acompanhamento médico, já que não é indicado para homens com doença coronária pelo efeito vasodilatador”, explica Marcelo Levites, coordenador do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
A reboque dessa maior vitalidade inclusive na hora do sexo vêm as preocupações com as doenças sexuais transmissíveis (DSTs). Estudos demonstram que os idosos estão mais vulneráveis a infecções sexualmente transmissíveis e o motivo é a ausência do uso de preservativo.
O número de casos de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), entre pessoas acima dos 50 anos dobrou na última década, já que atualmente cerca 80% dos adultos entre 50 e 90 anos são sexualmente ativos. De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, cerca de 4% a 5% da população acima de 65 anos são portadores do vírus HIV, um aumento de aproximadamente 103%.
Casos de sífilis também aumentam
Além da Aids, outra doença que tem aumentado sua disseminação entre idosos é a Sífilis. Transmitida pela bactéria Treponema pallidum, principalmente por via sexual, a doença não escolhe idade, sexo e nem classe social. A sífilis aparece como feridas indolores no local da infecção, evoluindo para dores musculares, febre e dor de garganta. A falta de tratamento pode danificar órgãos como cérebro, nervos, olhos e coração, levando a cegueira, paralisia, demência e outros problemas de saúde.
O diagnóstico, porém, é fácil. Testes sorológicos eficazes são disponíveis no mercado, o tratamento também não é complexo desde que seja tratado na fase primária da doença. A EuroImunn disponibiliza no mercado brasileiro seis testes para detecção da sífilis, inclusive em líquor, todos com validação e anuência dos órgãos de qualidade brasileiro como o INCQS (Fiocruz).
Dicas para viver mais e melhor
Marcelo Levites lembra que, antes da revolução industrial, a expectativa de vida era de até 55 anos. Com a evolução de tratamentos médicos e a conscientização das novas gerações, essa expectativa só tende a aumentar. “A nova geração de quem já passou dos 65 anos entendeu os malefícios do cigarro, do sedentarismo e da reclusão social e, por isso, tem mudado os hábitos para viver mais e melhor”, comemora o médico.
“Diversos estudos indicam, por exemplo, que pessoas mais sociáveis e felizes têm uma saúde melhor”, explica Dr. Levites. Por isso, proporcionar aos pacientes uma agenda descontraída, com estímulos físicos divertidos, como uma aula de dança, e oportunidades de sociabilização, como em uma viagem entre amigos, pode ajudar a prevenir doenças como a depressão e problemas crônicos como diabetes e hipertensão.
“A terceira idade tem sido cada vez menos vista como um período de reclusão. Observamos que muitos idosos definem uma segunda carreira, novos hobbies e interesses nesse período. O avançar da idade apresenta um mundo de oportunidades”, reforça o médico. Para estimular uma rotina mais saudável para os idosos, o especialista preparou algumas dicas para ajudar os idosos a ter uma vida mais saudável:
Atividade física
É importante lembrar que o avançar da idade exige cuidados, mas, na maioria dos casos, a prática de exercícios e a manutenção da vida social fazem diferença na qualidade de vida. Segundo estudo da Organização Mundial da Saúde*, por volta dos 60-65 anos, homens e mulheres sentem os primeiros sintomas da velhice como ossos frágeis e organismo lento.
“Hidroginástica e caminhadas são duas opções prazerosas e exercícios interessantes para idosos, já que têm baixo impacto, mas estimulam diversas áreas do corpo, como o sistema cardiovascular, músculos e ossos”, observa o Dr. Levites, que complementa: “Além dos efeitos de longo prazo, as atividades físicas liberam serotonina, o hormônio responsável pelo bem-estar”.
Independência
Pessoas na terceira idade estão cada vez mais independentes das famílias. Viagens com amigos, idas ao cinema, continuação dos estudos e até a identificação com uma nova profissão, fazem com que a nova geração de idosos afaste doenças psicológicas como depressão e síndrome do pânico.
Exames preventivos
Ir ao médico apenas quando está se sentindo mal era um hábito comum na terceiraidade. Atualmente, o idoso entendeu que adotar a prevenção ajuda a garantir a boa saúde durante o envelhecimento. Como algumas doenças são silenciosas e assintomáticas, o acompanhamento periódico é fundamental para aumentar as chances de cura e facilitar o tratamento.
“É fundamental ter uma vida saudável e aliada ao acompanhamento médico. No Centro de Longevidade do H9J, por exemplo, temos uma variada programação que inclui exercícios físicos, passeios, cinema e atividades recreativas com uma equipe multiprofissional formada por nutricionistas, psicólogos e até de médicos do esporte para que os pacientes sejam tratados integralmente”, finaliza Levites.
Fonte: Hospital 9 de Julho e EuroImunn