A longa e quase insuportável quarentena imposta pelo novo coronavírus tornou a vida de muitas famílias um verdadeiro pandemônio. As relações entre pais e filhos nunca estiveram tão vulneráveis e, por vezes, penosas. Afinal, se ser mãe é padecer no paraíso, que dirá em meio a uma pandemia global que trancou todos, idosos, adultos, jovens, adolescentes e crianças, dentro de casa por um interminável período de confinamento.

Ao contrário do ditado popular, a ideia de ser mãe como sacrifício, um padecimento sagrado ao qual as mulheres precisam se submeter para alcançar a plenitude da maternidade, pode ser bem mais suportável se encarada com leveza e de forma lúdica, inspirando e incentivando os sonhos dos próprios filhos. É o que expressa A mãe da lua e do vento, terceiro livro da jornalista brasileira Isabel Clemente e o segundo de crônicas inspiradas pelo convívio com as filhas.

“Ser mãe tem me ensinado duas coisas: é essencial brincar e levar nossos sonhos de infância a sério. E neste momento em que nossa fé no futuro tem sido tão posta à prova, vi o quanto era importante resistir”, diz Isabel Clemente, de 48 anos, mãe de uma adolescente e uma pré-adolescente. “Decidi publicar esse livro justamente por acreditar que essa leitura fará bem, inspirando, reconectando as pessoas com a infância”, conta Isabel ao Ler Faz Bem.

No novo livro, Isabel imprime novamente como marcas o mesmo humor e a mesma sensibilidade com que escreveu A pior mãe do mundo: uma biografia não autorizada de todos nós (5W, 2014). Agora, a autora destaca a importância da brincadeira. A partir de histórias particulares, traça um retrato universal de descobertas, dificuldades e cenas cotidianas repletas de significado com o qual pais, mães e também os filhos irão se identificar.  “A identificação das crianças que leram o meu primeiro livro foi uma feliz surpresa”, diz ela.

Isabel Clemente com as filhas ainda pequenas no Brasil, antes de se
mudar para Portugal (Foto: Álbum de Família)

Desde outubro de 2017, Isabel mora em Portugal com o marido, Eduardo, e as filhas, Letícia, de 15 anos, e Carolina, de 11. Mas começou a escrever o livro bem antes, em 2015, ainda no Brasil, quando deixou a grande imprensa para trabalhar de forma autônoma. “Comecei meu home office e descobri todas as delícias e as dificuldades dessa forma de viver alguns anos antes da pandemia, mas, não sei por quê, eu tinha deixado ele parado”, conta a autora.

Quando percebeu que poderia dividir com as pessoas um pouco da leveza e da esperança que o convívio com as crianças costuma inspirar nos adultos, ainda mais nesses tempos tão difíceis, Isabel decidiu empreender sozinha esse lançamento, justamente por causa da pandemia. A obra é dividida em três grandes partes, batizadas de a primeira infância, a segunda infância e a eterna infância.

A Mãe da Lua e do Vento está em campanha de financiamento coletivo na modalidade “Tudo ou Nada” do Catarse. O projeto foi classificado pela principal plataforma de financiamento coletivo do Brasil entre os “Projetos que amamos”. O e-book do primeiro livro vai junto como recompensa. A entrega dos livros está prevista para setembro.

Sobre a autora e a campanha

 Jornalista formada pela PUC-Rio, Isabel trabalhou por mais de 20 anos como repórter, editora, correspondente e colunista da revista Época e dos jornais Folha de S. Paulo e Jornal do Brasil. É também co-autora de Drogas: as histórias que não te contaram, com Ilona Szabó (Zahar, 2017).

É possível apoiar a campanha do novo livro a partir de R$ 25. “Esse é o valor que preciso para mandar fazer a primeira tiragem e pagar todos os profissionais e os processos envolvidos”, explica a autora. Se não atingir a meta estipulada, o dinheiro é devolvido aos apoiadores. Saiba mais em www.catarse.me/amaedaluaedovento

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