Sem EPIs, será difícil vencer a guerra contra o coronavírus

Ministro da Saúde admite que profissionais não têm equipamentos para trabalhar nas unidades hospitalares. Foram 3.904 casos e 111 óbitos neste sábado (28)

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

Uma corrida contra o tempo para abastecer as unidades hospitalares com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) necessários para proteger os profissionais de saúde na luta contra o novo coronavírus. Este é um dos principais desafios hoje do Ministério da Saúde para o enfrentamento da pandemia de Covid-9 que cresce com força em todo o Brasil. O número de casos passou para 3.904 e os óbitos subiram para 111 neste sábado (29).

O tempo que nós temos para nos prepararmos melhor é agora. Temos que regularizar o abastecimento correto dos EPIS para os profissionais de saúde, caso contrário vamos rapidamente perder força de trabalho e teremos muita dificuldade. Agora temos que poupar o sistema de saúde e não sobrecarregá-lo”, ponderou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Segundo ele, o momento de isolamento social se faz necessário para que o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha tempo de preparar melhor a estrutura e os profissionais de saúde, o que deve ajudar a reduzir os casos de pessoas infectadas e, principalmente, óbitos. Mandetta explicou que agora é um momento que o Brasil precisa se unir e andar na mesma direção para passar pela crise com o menor estrago possível.

Precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso. Vamos nos mover pela ciência, pela parte técnica, com planejamento e pensando em todos os cenários. Não podemos agir pensando individualmente, mas coletivamente. É hora da União, estados, municípios e população estarem bem alinhados para enfrentarmos juntos essa fase ruim”, explicou Mandetta.

O Ministério promoverá reuniões durante a semana com as secretarias estaduais e municipais de saúde para traçar planos que contemplem a saúde e a economia ao mesmo tempo, de forma sincronizada. Durante a semana, a pasta observará e alinhará os parâmetros conforme a necessidade de cada estado para que economia e saúde andem juntos.

Onde for preciso apertar ou afrouxar mais nós faremos, mas sempre juntos. Vamos com ética, disciplina e foco. Estou com os cabeças brancas da medicina andando comigo. Agora é hora de unir todo mundo, vamos ter dias difíceis, mas podemos amenizá-los muito”, concluiu o ministro.

De acordo com informações repassadas pelos estados ao Ministério da Saúde, até as 16h deste sábado (28), as mortes estão localizadas nos estados do Amazonas (1), Ceará (4), Pernambuco (5), Piauí (1), Rio de Janeiro (13), Goiás (1), Paraná (2), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (2). São Paulo continua registrando o maior número de casos e de mortes, são 84 óbitos no estado.

Clique aqui para ver a apresentação feita na coletiva

Rio investiga mais 33 óbitos

No Rio de Janeiro, já foram registrados 558 casos confirmados, sendo 489 deles na capital, 37 em Niterói, 11 em Volta Redonda, quatro em São Gonçalo, três em Petrópolis e Duque de Caxias, dois em Itaboraí e o restante (um caso em cada) nas cidades de Barra Mansa, Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, Guapimirim, Mangaratiba, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Resende e Valença.

Neste sábado (28), foram registrados mais três óbitos no estado – todos homens, residentes na capital, com idades de 46, 65 e 67 anos. Outros 33 óbitos estão em investigação. Destes, 21 aguardam resultado laboratorial; e 12, avaliação epidemiológica, de acordo com a Secretaria de Saúde.

Todos os 8 homens e 5 mulheres que morreram de Covid-19 eram idosos ou apresentavam comorbidades, sendo classificados como grupo de risco para a doença. Foram 9 mortes na cidade do Rio e uma em cada um dos quatro municípios: Miguel Pereira, Niterói, Petrópolis e Volta Redonda. Para mais informações, ligue gratuitamente para o número 160 ou acesse www.saude.rj.gov.br e www.coronavirus.rj.gov.br.

Atualização dos casos

Para manter a população informada a respeito dos casos e óbitos, o Ministério da Saúde atualiza diariamente os dados na plataforma de dados do coronavírus. O painel traz as informações e permite uma análise do comportamento do vírus com o passar do tempo, além de um gráfico de dados acumulados apontando a curva epidêmica da doença. A plataforma está disponível para livre acesso no endereço: covid.saude.gov.br

Assista, na íntegra, à coletiva com a atualização dos casos – 28/03/2020

Distribuição dos casos por UF

IDUF/REGIÃOCONFIRMADOSÓBITOS
NN%
NORTE184 (4,7%)10,5%
1AC25
2AM11110,9%
3AP4
4PA17
5RO6
6RR12
7TO9
NORDESTE624 (16,0%)71,1%
8AL14
9BA128
10CE31440,3%
11MA14
12PB14
13PE6857,3%
14PI1119,1%
15RN45
16SE16
SUDESTE2.222 (56,9%)974,4%
17ES53
18MG205
19RJ558132,3%
20SP1.406846,0%
CENTRO-OESTE360 (9,2%)10,3%
21DF260
22GO5610,6%
23MS31
24MT13
SUL514 (13,2%)51,0%
25PR13321,5%
26SC18410,5%
27RS19721,0%%
BRASIL3.9041142,8%

Com Agência Saúde e SES

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!