Neste mês de maio, o Especial Mães do ViDA & Ação destaca também uma data muito especial: o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, celebrado anualmente em 28 de maio, que tem como principal propósito a conscientização sobre as principais doenças e intercorrências em saúde que afetam o público feminino.

Contribuindo positivamente para este cenário, os avanços da biotecnologia, principalmente por meio dos testes moleculares e genômicos, têm auxiliado tanto a comunidade médica como milhões de pacientes em todo o mundo, ao fornecer resultados precisos para a conclusão de diagnósticos cada vez mais precoces.

No Brasil o tema passou a ganhar mais popularidade desde que a atriz Angelina Jolie passou por um teste genético que detectou o risco de desenvolver câncer de mama, após perder a mãe para a doença, e decidiu se submeter a uma mastectomia preventiva. O assunto ganhou tanta evidência que foi incluído pela Agência Nacional de Saúde (ANS) no rol dos exames de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, a partir do direcionamento realizado por um médico geneticista.

CÂNCER DE MAMA

É bom lembrar que por aqui, liderando o ranking dos casos de câncer entre as mulheres, os tumores de mama foram responsáveis pela morte de mais de 18 mil pacientes no ano de 2019 e foram detectados em outras 66 mil pacientes, somente em 2020. Entre seus sintomas, que só aparecem quando a doença já está instalada, estão os nódulos, geralmente sem dor, rígidos e irregulares no seio.

Nesta fase, os tumores podem ser identificados pela mamografia, um exame radiográfico que permite visualizar, por meio de imagens, as estruturas internas das mamas. Entretanto, como em todo caso de câncer, quanto antes diagnosticado maiores são as chances de tratamento e cura. Nesse sentido, com o avanço da biologia molecular existem hoje outros exames, como os testes genéticos.

O câncer é uma combinação de fatores genéticos e ambientais, porém, exames genômicos tumorais, de alta acuracidade, permitem detectar uma mutação genética em mulheres com histórico de câncer de mama na família ou que já tenham tido outro tipo de câncer, em algum momento de suas vidas. Eles permitem descobrir se a mulher apresenta uma pré-disposição a desenvolver futuramente a doença, antes mesmo de surgir os primeiros indícios de tumores

Câncer de colo do útero

Considerado o terceiro mais comum, com 16 mil casos anuais, sendo quase a metade deles fatais, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero é uma doença silenciosa, que pode levar um bom tempo para ser identificado. Causado por algumas variantes do HPV (Papilomavírus Humano), a predisposição a desenvolvê-lo ou mesmo sua detecção precoce pode ser feita atualmente pelo teste molecular captura híbrida.

“Além dos exames mais conhecidos como o papanicolau e a colposcopia, a partir dos 25 anos de idade as mulheres podem fazer a captura híbrida, um teste molecular, mais sensível que outros métodos, capaz de detectar a presença do HPV e, em casos positivos, em qual das 13 variações mais comuns de potencial cancerígeno ele se encaixa. A realização desse tipo de exame permite identificar a contaminação antes do surgimento da lesão, o que amplia as possibilidades dos tratamentos precoces e cura”, explica Cecília Maria Roteli Martins, médica ginecologista e pesquisadora clínica do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC.

Partos prematuros

Risco às mulheres e seus bebês, somente no Brasil acontecem em torno de 340 mil partos prematuros todos os anos, de acordo com a ONG Prematuridade (Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros). Traduzidos em percentuais, esses números representam mais de 11% de todos os partos em território nacional e colocam o país em 10º lugar no ranking de localidades com maior incidência de casos de prematuridade, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ministério da Saúde e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Por isso, ao sinal dos primeiros sintomas, que podem acontecer simultaneamente ou de forma isolada – entre eles, dores na parte inferior das costas, contrações constantes, dores na parte inferior do abdômen, vazamento de fluído ou hemorragia vaginal, náuseas e vômitos – é preciso procurar ajuda médica para que seja feita uma avaliação do quadro geral da gestação, a fim de evitar complicações.

Além dos exames mais comuns como a ultrassonografia e a cardiotocografia fetal, que avalia os batimentos cardíacos e o bem-estar geral do bebê, existem também testes rápidos, de alta precisão e não invasivos, que podem ser feitos para identificar a probabilidade de um parto prematuro. São testes rápidos de biomarcadores e precisos, que identificam a presença de uma proteína específica do líquido amniótico de mulheres grávidas, fora da cavidade uterina.

Eles podem ajudar a prever se a gestante entrará em trabalho de parto prematuro entre 7 a 14 dias, com alto valor preditivo positivo. A partir desse diagnóstico rápido é possível evitar uma internação desnecessária, que acontece em 85% dos casos de sinais e sintomas de partos prematuros, assim como acelerar uma internação para um tratamento imediato para a gestante e o bebê.

“Os casos de prematuridade colocam ainda mais em evidência a importância do acompanhamento pré-natal. Os nascimentos prematuros podem acontecer em casos de mães saudáveis, pelos mais diferentes motivos, assim como em gestantes com alguma doença pré-existente, ou que já tenham tido partos prematuros previamente e abortos espontâneos. Por isso, o mais indicado é fazer essas avaliações constantes, contando com tecnologias e soluções em exames e testes que ajudem a fechar o diagnóstico”, comenta o professor Fabrício da Silva Costa, membro da diretoria da International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology (ISUOG). 

Fonte: Qiagen, com Redação

 

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