Cerca de 80% das doenças que afligem o mundo moderno podem ser tratadas exclusivamente por formas naturais, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Antes conhecidas como “terapias alternativas”, técnicas milenares como acupuntura, auriculoterapia e yoga estão entre as agora chamadas “práticas integrativas” mais comuns para curar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão. Desde o dia 28 de março de 2017, os hospitais públicos passaram a oferecer tais tratamentos com recursos do SUS, mas muito ainda precisa ser feito para ampliar o acesso da população a esses procedimentos.
Para isso, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anuncia nesta segunda-feira (12), no Rio de Janeiro (RJ), a expansão das práticas integrativas na rede pública, na abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública, no espaço Riocentro. Durante o evento, que segue até o dia 15 de março, serão mais de 900 trabalhos científicos que apontam os benefícios dessas práticas para a saúde da população e relatos de experiências no SUS, de todas as regiões do país e de outros países também.
Faltam profissionais para atender
Por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), o Ministério da Saúde reconhece oficialmente a importância das manifestações populares na chamada medicina não convencional, considerada como prática voltada à saúde e ao equilíbrio vital do homem. São tratamentos que utilizam recursos terapêuticos, com base nos princípios das Terapias Holística e Natural, que empregam uma somatória de técnicas milenares e modernas e são cada vez mais comprovados cientificamente. “O SUS é obrigado a atender a população com tratamentos na linha da medicina alternativa, mas não consegue, pois não tem profissionais suficientes para isso”, afirma Paulo Roberto Botelho, coordenador dos cursos e diretor do Grupo Zênite
Incentivo a mais no Rio
As atividades dos terapeutas naturistas ganharam um incentivo com a sanção do governo do Estado do Rio de Janeiro, Lei nº 5471 de 10/06/2009, que estabelece a criação do Programa de Terapia Natural, possibilitando a introdução desta forma de tratamento na rede estadual de saúde.
Em parceria com a Universidade Castelo Branco e apoio oficial do Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio de Janeiro, o Grupo Zênite já formou mais de sete mil alunos em 12 cursos de formação em terapias naturais com preços populares (65 reais, cada). Entre os cursos, estão Reflexologia, Auriculoterapia, Shiatsu Neuromuscular Integrado, Shiatsu, Massagem Estética, Drenagem Linfática, Massagem Sueca, Craniossacral, Massoterapia Relaxante, Florais com Cromoterapia e Cristais, Ayurvédicas e Thay Yoga.
Trabalho social em comunidades
A iniciativa faz um trabalho social oferecendo estágio no Lar Fabiano de Cristo, que dá a chance a várias pessoas adquirirem uma ‘ferramenta’ de trabalho e adentrarem no mercado, inclusive no SUS, que precisa desses terapeutas. O ambulatório já atende a aproximadamente 250 idosos em vulnerabilidade social, sendo a maioria residente na comunidade da Mangueira, dentro do Projeto Ambulatório Popular Holístico, que já fez mais de 10 mil atendimentos.
Os cursos são também uma oportunidade de profissionalização, especialmente nesses tempos de crise. “São três milhões de brasileiros que buscam vagas há dois anos ou mais e o desemprego duradouro afeta um em cada cinco à procura de trabalho, enquanto o mercado das terapias naturais está na contramão dessa realidade, tendo poucos profissionais aptos a atenderem a grande procura por esses métodos alternativos”, explica paulo Roberto.
Mais informações no site http://www.grupozenite.