O Hospital Municipal Oceânico Dr. Gilson Cantarino, em Niterói, completa cinco anos nessa quinta-feira (10) com mais de 81 mil atendimentos desde a abertura da unidade, a primeira do país dedicada exclusivamente ao tratamento de pacientes com Covid-19. Inaugurada em tempo recorde durante a segunda gestão do prefeito Rodrigo Neves, a unidade atendeu 3.479 casos graves da doença entre 2020 e 2021.
Um dos pacientes que passaram pela unidade durante a pandemia foi o aposentado Theophilo Daher, de 62 anos, morador de Icaraí. Ele ficou 81 dias internado no hospital, 40 deles em coma induzido. Hoje, ele retornou à unidade para rever médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos que o ajudaram a superar aqueles dias difíceis.
A emoção é muito grande, me deram a oportunidade de viver novamente. Sou muito grato a tudo o que eles fizeram. Não só ao hospital, mas principalmente à Prefeitura de Niterói, que equipou essa unidade e colocou profissionais altamente qualificados na linha de frente do combate à covid-19″, declarou, emocionado.
Reabilitação pós-covid
O prédio, construído para abrigar uma instituição privada de saúde, foi arrendado pelo município em março de 2020 e entregue à população de Niterói em abril do mesmo ano, após passar por obras de adequação para receber os primeiros pacientes durante a pandemia.
O Centro de Reabilitação Pós-Covid, criado no dia 18 de agosto de 2021, realiza hoje cerca de 300 atendimentos por mês de pacientes encaminhados pela rede de atenção primária. O serviço começou com a reabilitação de pessoas que sofriam com sequelas pós-covid, mas com o avanço da vacinação e o controle dos casos, o Centro de Reabilitação foi incorporado à rede municipal de saúde e passou a reabilitar outros tipos de pacientes.
Atualmente, apenas quatro pacientes nessa condição continuam sendo atendidos no local. A dona de casa Simone de Fátima Godinho, 53 anos, faz tratamento semanalmente no Centro de Reabilitação após ter a Covid-19 por três vezes. Da última vez que teve a doença, ela sentiu muitas dores musculares e articulares que posteriormente levou ao diagnóstico de fibromialgia, pois sente dor por todo o corpo.
Quando eu venho ao Oceânico sinto vontade de morar aqui, porque é um dos poucos momentos do dia que eu não sinto dor. É um alívio e parece que a fisioterapeuta vai aonde tem a dor e mexe e eu me sinto bem melhor. Sempre fui muito bem atendida e acolhida aqui. Esse hospital é um modelo para qualquer unidade do país, desde a recepção, médicos, enfermeiros, toda a equipe, eu sempre fui muito bem tratada”, disse Simone.
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75 procedimentos são oferecidos na unidade
A pandemia foi um dos momentos mais críticos que passamos em nossa cidade, mas graças a uma ação rápida da nossa gestão conseguimos dar o suporte necessário à população investindo na abertura do Hospital Oceânico, que foi o primeiro do estado do Rio a oferecer atendimento especializado em Covid-19. Passado esse período difícil, o hospital segue sendo referência em nossa cidade com atendimento diferenciado e de muita qualidade”, disse o prefeito Rodrigo Neves.
Também são realizados diagnósticos de radiologia intervencionista, histeroscopia e biópsias percutâneas, garantindo a integração de todas as etapas de cuidado em um ambulatório onde oncologistas e enfermeiros oncológicos acompanham cada fase do tratamento. Somente em 2024, mais de 4.600 exames de mamografia foram realizados.
O Hospital Oceânico hoje faz parte da rede de saúde e atende diariamente dezenas de pessoas, sejam pacientes cirúrgicos, do centro de reabilitação ou transferidos de outras unidades, sendo uma unidade estratégica para a rede de saúde do município”, afirmou a secretária de saúde de Niterói, Ilza Fellows.