A saúde dos animais de estimação é uma grande preocupação para os tutores. Tanto que na pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira (2) sobre o universo pet no Brasil houve praticamente um consenso sobre a grande responsabilidade de cuidar de um animal de estimação, com 98% dos entrevistados. Mas as despesas médico-hospitalares podem ser ainda mais altas, sobretudo se o tutor não consegue pagar um bom plano de saúde veterinária para garantir o atendimento.

Entre os entrevistados, 92% afirmaram que gostariam de levar seus pets ao veterinário com mais frequência. A pesquisa também aponta que 96% consideram que um plano de saúde para pets ajudaria a cuidar melhor de seus animais.  Entre aqueles que não têm um plano pet, sete em cada dez brasileiros gostariam de ter o serviço. Isso porque os gastos com tratamentos médicos para os animais podem ser altos e um seguro pode ser mais acessível.

O estudo mostra que  metade dos tutores já deixou de realizar procedimentos médicos de seus pets por falta de dinheiro e, para 64% deles, isso já aconteceu mais de uma vez. Em caso de doença, 71% dos tutores recorrem a veterinários particulares, enquanto 20% tratam seus animais em casa.

Ainda sobre os cuidados com a saúde, 19% dos tutores que ganham até dois salários-mínimos (R$ 2.824) nunca levaram seus pets ao veterinário. Porém, entre os que ganham mais de cinco salários-mínimos (R$ 7.060), apenas 4% nunca levaram.

Muitos (96%) acreditam que um plano de saúde poderia facilitar os cuidados veterinários, proporcionando um tratamento de qualidade, com boas clínicas, atendimento emergencial e praticidade. Contudo, 85% dos entrevistados nunca tiveram um plano de saúde para seus pets, e 7% já tiveram, mas deixaram de ter.

Desses que não têm mais ou nunca tiveram, 69% gostariam de ter para garantir o bem-estar do bichinho com mais facilidade, mas esbarram na dificuldade financeira, sobretudo quando de tem dois ou mais animais de estimação em casa.

Leia mais

Pets em casa: para 94% dos tutores, saúde mental melhorou
Para 28% dos tutores, pets são membros da família
Saúde dos pets: entenda a diferença entre plano e assistência
Já pensou em adotar um animal de estimação neste Natal?

Plano pet no Rio é mais caro que em São Paulo

A PetLove, gigante do mercado pet no Brasil que encomendou o estudo à Quaest -, por exemplo, oferece planos que vão desde 20 reais até R$ 180 em São Paulo. Já no Rio de Janeiro, no entanto, os preços ficam, inexplicavelmente, mais salgados, variando entre 30 e 236 reais por mês por cada pet.

Os serviços básicos ofertados incluem microchipagem, vacinas obrigatórias, consultas em horário normal e clínico geral em domicílio, mas cobram coparticipação, que varia de R$ 10 a R$ 30, de acordo com o procedimento.

Já os demais planos oferecem procedimentos clínicos, consultas em horário de plantão e exames laboratoriais simples e complexos e exames de imagem.Nos planos mais avançados, são incluídas consultas com especialistas, exames cardiológicos, cirurgias, anestesia inalatória e internação. Já o plano mais caro inclui fisioterapia e acupuntura.

Para quem ama e cuida de pets e não tem condições de arcar com tantas despesas, principalmente quando se tem mais de um bichano em casa, o mais importante é manter uma boa alimentação, carinho, cuidados e… rezar muito para que o animalzinho não fique doente.

Na primeira – e, graças a Deus, única hospitalização do Timotheo – gastamos mais de R$ 1 mil em dois dias de internação, exames e medicamentos. Isso porque recorremos a uma clínica veterinária dita ‘popular’ na zona sul do Rio.

Empresas poderão incluir plano de saúde animal entre benefícios trabalhistas

Texto confere aos serviços de atendimento aos pets o mesmo tratamento dado aos cuidados voltados à saúde humana

O plano pet virou item de primeira necessidade para muitos trabalhadores. Tanto que a e planos de saúde para animais domésticos poderão ser incluídos na ‘cesta de benefícios’ ofertada pelas empresas a seus funcionárias. É o que prevê o Projeto de Lei 5636/23, do deputado licenciado Felipe Becari (SP), aprovado em junho na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF) da Câmara dos Deputados. 

Segundo a Agência Câmara de Notícias, o substitutivo da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Lei Orgânica da Seguridade Social. Com as mudanças, a redação confere aos planos de saúde animal o mesmo tratamento dado aos serviços voltados à saúde humana. Antes de ir à votação em plenário, o projeto precisa agora ser analisado pelas comissões de Trabalho; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para o CEO da Otimiza Benefícios, Anderson Belem, a medida se assemelha às iniciativas que adotam a proteção contra as alterações climáticas neste tipo de benefício e à própria flexibilização da forma de uso das ferramentas tradicionais deste setor como os vales transporte, refeição, alimentação e outros. Segundo ele, a iniciativa está totalmente alinhada com a modernização dos instrumentos de melhoria da satisfação dos colaboradores com a cultura das empresas.

As transformações no ambiente de trabalho que já estavam em curso se aceleraram de forma exponencial após a pandemia da Covid-19. Os trabalhadores se tornaram muito mais exigentes quanto às condições oferecidas por seus empregadores e, certamente, saber que a empresa se preocupa com seus animais de estimação, que são considerados membros da família, contribui significativamente para um maior engajamento e fidelidade com os objetivos corporativos”, diz.

Mercado global de seguros para animais de estimação em alta

De acordo com um estudo feito recentemente pela empresa de pesquisas Grand View Research, o mercado global de seguros para animais de estimação teria movimentado US$ 11,58 bilhões em 2023. A organização acredita que o setor alcançará um patamar de US$ 13,27 bilhões em 2024 com a perspectiva de crescer a uma taxa média anual de 16,73% a partir deste ano até atingir US$ 33,57 bilhões em 2030.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (AbinPet), em 2022 o país possuía 67,8 milhões de cães, 33,6 milhões de gatos, 22,2 milhões de peixes, 41,3 milhões de aves e mais 2,7 milhões de outros animais. O total é de 167,6 milhões de pets.

Com esses números, o Brasil possui a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais em todo o mundo, além de ser o terceiro maior país em população total de animais de estimação. A entidade estima que em 2023 a indústria pet faturou R$ 47,1 bilhões incluindo alimentação, acessórios e medicamentos.

Com Assessorias

 

Shares:

Posts Relacionados

1 Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *