Se você já comeu um PF, carinhosa sigla dada ao popular Prato Feito, já sabe: é muita comida pra pouco prato! No Brasil, 26,3 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas por ano, enquanto 14 milhões de pessoas passam fome, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Com o montante jogado no lixo, seria possível satisfazer as necessidades nutricionais de 11 milhões de pessoas.

Um estudo da Embrapa, de 2018, apontou que os ingredientes mais desperdiçados são o arroz e feijão (36%), carne (20%) e frango (15%). Uma das formas mais eficientes de diminuir esses números é reavaliando o nosso próprio prato, e um dos vilões pode ser o Prato Feito. Pensando nisso, o Instituto Akatu e a Wunderman Thompson lançam neste 15 de outubro, o Dia do Consumo Consciente, o movimento #NovoPF (akatu.org.br/novopf).

A ação tem como embaixador o Chef Rodrigo Oliveira, do Restaurante Mocotó (SP), e propõe uma reflexão sobre o tradicional prato entre nutricionistas e especialistas para incentivar que ele se torne mais nutritivo, econômico e mais sustentável.

O #NovoPF vem para mostrar que pequenas mudanças de hábito em nosso dia a dia podem contribuir muito na diminuição do desperdício de alimentos, um problema sério no Brasil. Não é preciso deixar de comer o que se gosta, mas é possível optar por quantidades mais balanceadas de alimentos, mais de acordo com a nossa fome, para que a chance de sobrar algo no prato seja menor”, diz Helio Mattar, diretor presidente do Instituto Akatu.

Com a campanha de conscientização, o Instituto Akatu propõe uma nova distribuição das quantidades de ingredientes no #NovoPF e que ele esteja disponível nos tamanhos P, M e G, suprindo as necessidades nutricionais de diferentes tipos de pessoas, além de evitar o desperdício de alimentos. Confira aqui a tabela nutricional do #NovoPF. 

Todo mundo que já comeu um Prato Feito caprichado sabe que o que ele tem de gostoso, ele tem de exagero. Um montão de arroz, feijão, proteína e salada, muito mais do que você precisa para ficar satisfeito e nutrido”, diz Julia Velo, da Wunderman Thompson.

Cartilha ensina a combater perda e desperdício de alimentos

O Dia do Consumo Consciente, instituído pelo Ministério do Meio Ambiente em 2009, tem como objetivo alertar a sociedade sobre os riscos da produção e consumo exagerados.

Para comemorar a data, o Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS) lança e coloca acessível em seu portal (  ou  https://bit.ly/2OOLlst para download a cartilha ‘Combate à Perda e ao Desperdício de Alimentos ‘– Oportunidades de Negócios.

É importante destacar as diferenças entre os conceitos de perda e de desperdício de alimentos. A perda de alimentos está relacionada com alimentos perdidos, rejeitados ou estragados, e pode ocorrer ainda nos estágios de produção e colheita ou no processamento e na distribuição da cadeia de abastecimento.

Já o desperdício de alimentos relaciona-se à parcela de alimentos de boa qualidade e ainda adequados para o consumo que são descartados ou não utilizados, e ele pode ocorrer nos estágios de comercialização e consumo da cadeia de abastecimento. Os processos de perda e desperdício de alimentos iniciam-se no próprio campo, ainda na fase de produção e colheita.

O desperdício de alimentos acontece de várias formas, desde a produção em excesso, passando pelo transporte e estoque inadequado, até chegar à cozinha do consumidor e acabar no lixo sem ter sido ingerido.

O PAPEL DAS EMPRESAS

As empresas possuem papel importante na produção e consumo de produtos sustentáveis. O tema da perda e desperdício de alimentos está presente na Agenda 2030 da ONU, no ODS 2 (Combate à Fome Mundial) e no ODS 12 (Consumo e Produção Sustentáveis), no qual são apresentadas algumas metas específicas que visam à promoção da eficiência do uso de recursos energéticos, naturais e da infraestrutura sustentável. O ODS 12 prioriza a informação e a responsabilização, de todos os consumidores de recursos naturais, como ferramentas-chave na busca por padrões mais sustentáveis de produção e consumo responsáveis.

A adoção da Economia Circular é apontada na cartilha do CSS como um caminho, pois este conceito visa à orientação de processos sustentáveis que reduzem o consumo e uso de água, energia e materiais a fim de eliminar ou minimizar a geração de resíduos e prolongar a vida útil dos produtos com menos impactos socioambientais e de forma inclusiva, por exemplo, por meio da prática do Fair Trade (comércio justo).

Cenário, tendências e orientações

A cartilha do Centro Sebrae de Sustentabilidade é composta por sete capítulos:

1 – O cenário da perda e do desperdício de alimentos e o papel dos pequenos negócios

2 – Como e onde ocorrem a perda e o desperdício de alimentos

3 – A economia circular, uma estratégia importante

4 – Panorama do mercado de alimentação brasileiro

5 – Tendências em destaque no mercado de alimentação

6 – Novas tecnologias auxiliam no combate ao desperdício de alimentos

7 – Como evitar a perda e o desperdício de alimentos

Na série de infográficos “Como Fazer” do CSS, há um sobre Gerenciamento de Estoque de Perecíveis, recomendado a empresários e empreendedores onde são apresentados os processos necessários para garantir o estoque adequado de produtos perecíveis. Este infográfico está no link http://bit.ly/2JqgTSZ

Com Assessorias

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