Divulgação Min. da Saúde
Aulinha de capoeira para os pequenos. Foto: divulgação Ministério da Saúde

Quando a pira olímpica se apagar neste domingo, no Maracanã, vai bater em muita gente aquela depressão pós-festa. E quem mais ficará com gostinho de quero mais são as crianças, que vibraram e torceram efusivamente ao assistir uma Olimpíada dentro de casa. Para essa geração, o maior legado dos Jogos Olímpicos, certamente, é o estímulo para a prática esportiva. Muita gente saiu dos estádios e arenas com aquele vontade de ser igualzinho àquele atleta olímpico que aprendemos a idolatrar nos últimos dias… Quem não quer se inspirar em Usain Bolt, Michael Phelps, Rafaela Silva e Thiago Braz e tantos outros ídolos? Sem dúvida, a maior medalha de ouro que o Brasil pode conquistar é o investimento no esporte como incentivo ao desenvolvimento físico, à superação, à baixa auto-estima, já tão característica do brasileiro. E claro, jogar o sedentarismo para o alto e correr atrás do prejuízo não deve ser só coisa de adulto não. A criançada quer e precisa ter uma atividade física regular para garantir seu pleno desenvolvimento. Isso deveria constar, inclusive, como direito da criança e do adolescente e obrigação do estado em prover. Mas apostamos que daqui pra frente os governantes enxergarão na pasta do Esporte muito mais que um gasto necessário, mas que traz resultados efetivos para a saúde do brasileiro. Aproveitando o clima pós-olímpico, enquanto nossos maiores heróis não vêm – os atletas paralímpicos – o Blog Vida & Ação ouviu especialistas do Ministério da Saúde para falar dos benefícios das atividades físicas e advertem sobre os cuidados que os pais devem tomar. “O início da prática esportiva ainda na infância permite um maior conhecimento do próprio corpo e reconhecimento dos limites, desenvolve habilidades de expressão corporal e verbal e contribui para o processo de aprendizado, favorecendo o pensamento lógico e estratégico”, explica Renata Szundy, endocrinologista pediátrica do Hospital Federal dos Servidores do Estado. A médica aponta ainda outras vantagens dos exercícios: “Estimulam a criatividade nos jogos e brincadeiras e o cuidado com a alimentação saudável e o repouso adequado, reforçam princípios de justiça e transparência e promovem ambientes saudáveis para integração social”. A ortopedista pediátrica Lilian Helena Dias, do Hospital Federal do Andaraí, ressalta que a atividade física bem dirigida proporciona inúmeros benefícios  desde os primeiros anos de vida. “A prática do exercício, quando bem orientada,  melhora o tônus muscular, modula os quesitos elasticidade-flexibilidade, tão importantes para prolongar a vida articular, e aprimora a função do equilíbrio e do movimento, condicionando uma melhor postura”. A fase ideal para o desenvolvimento do esporte Os especialistas alertam que o treinamento precisa respeitar as fases de desenvolvimento da criança, levando em consideração a idade. Confira a fase ideal para cada esporte: Primeiro ano – No primeiro ano de vida, indica-se o contato com a água, sem necessidade de aprender a nadar. Até seis anos – Na segunda fase, que vai de um até os seis anos de idade, a criança aprende a andar, correr, saltar, cair, pegar e arremessar objetos. Aos três anos – A matrícula em uma escolinha de esportes é indicada por volta dos três anos de idade. O esporte educacional pode ser usado como ferramenta para o desenvolvimento integral das pessoas, aprimorando valores e promovendo integração social. Aos quatro anos – Nas piscinas, as crianças começam bem cedo, com as primeiras braçadas e pernadas a partir dos quatro anos de idade. Aos cinco anos – A ginástica artística ganha a atenção de meninos e meninas a partir dos cinco. Aos seis anos – Aos seis anos, as escolinhas de futebol abrem as portas para crianças da categoria “Fut Baby”. É a mesma época em que modalidades de luta como caratê e judô começam a ser praticadas. A partir dos dez anos – A opção por um treinamento competitivo, porém, deve ocorrer, em geral, bem mais tarde. A natação e a ginástica artística, quando praticadas competitivamente, sob intenso treinamento, exigem a idade mínima de 10 anos. Aos 12 anos – Já esportes como o voleibol, o basquetebol, o handebol, as corridas curtas e saltos do atletismo devem respeitar o limite inicial de 12 anos. Aos 14 anos – Futebol, futsal, pólo aquático, judô e arremesso de peso podem ser praticados intensamente apenas a partir dos 14 anos. A mesma idade vale para tênis, beisebol, esgrima e demais esportes unilaterais, aqueles em que se usa um lado do corpo como preferencial. Aos 16 anos – Lutas, corridas de longa distância, e halterofilismo são as modalidades que exigem os maiores cuidados, devendo ser praticadas, competitivamente, a partir dos 16 anos. Leia amanhã – Habilidades são desenvolvidas desde os primeiros anos de vida Com a colaboração de Gustavo Maia (Ministério da Saúde)

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