No mês dedicado à Enfermagem e seus profissionais, o Rio de Janeiro selecionou seis técnicos e enfermeiros que estão na linha de frente do combate à Covid-19 para ser homenageados em nome de todos os demais pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) com a entrega do Prêmio Anna Nery da Saúde.
Criada pela Alerj em 2011, a condecoração carrega o nome da pioneira da enfermagem no Brasil, nascida em 1814. Em 1865, o país entrava na Tríplice Aliança e, quando começou a Guerra do Paraguai, os filhos de Anna foram convocados. Sensibilizada com a dor da separação, ela escreveu ao presidente da província oferecendo-se para cuidar dos feridos de guerra, enquanto durasse o conflito.
O reconhecimento foi proposto em projetos de resolução de autoria da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB). As medidas foram promulgadas pelo presidente da Casa, deputado André Ceciliano (PT) e publicadas no Diário Oficial do Legislativo. A premiação é entregue ao longo das sessões plenárias desta semana.
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Conheça os profissionais agraciados com o Prêmio Anna Nery da Saúde:
Chrystina Barros – Doutoranda em administração e pesquisadora em gestão de saúde no Centro de Estudos em Gestão de Serviços de Saúde da Coppead-UFRJ. Há 25 anos atua na assistência e na gestão do serviço e negócios. É integrante do Grupo Técnico de Enfrentamento ao Covid-19 da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Daniela da Silva Araújo Basílio – Enfermeira formada pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio), com MBA em gestão em saúde e controle de infecção (Faceat). Atua como superintendente de enfermagem do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, onde assumiu o desafio, em março de 2020, de realizar a transição de hospital geral para uma unidade dedicada exclusivamente à Covid-19.
Jorge Luiz de Lima (in memoriam) – O técnico de enfermagem atuava há 13 anos na área da Saúde. Mesmo diabético e hipertenso, e sabendo que fazia parte do grupo de risco, optou por não parar de trabalhar e prestar a assistência aos pacientes acometidos pela Covid-19.
Lidiane de Souza Melo – Enfermeira do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), graduada em enfermagem pela Unisuam e com pós-graduação em enfermagem obstetrícia ginecologia. Ela é a idealizadora da “técnica da mãozinha”, que tenta ajudar a aquecer as mãos dos pacientes portadores do novo coronavírus nos hospitais onde trabalha.
Mônica Cunharski Ferro – A técnica de enfermagem atua diretamente na assistência a pacientes com covid-19 da rede pública e privada do Estado do Rio de Janeiro. É presidente do Movimento dos Ativistas da Enfermagem Brasileira (MAE-RJ) e diretora social da Nacional do MAE.
Theia Maria Forny Wanderley Castelloes – Mestre em enfermagem e especialista em terapia intensiva pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A enfermeira é responsável pelo Departamento da Sociedade de Terapia Intensiva do Estado do Rio de Janeiro entre 2020 e 2021 e coordenadora de enfermagem das unidades de terapia intensiva do Hospital Américas Medical City.
Rio terá Abril Verde, de combate à intolerância religiosa
A Alerj aprovou, em discussão única, nesta quarta-feira (19), o projeto de lei 1.772/19, que institui no Estado do Rio o mês Abril Verde, dedicado a ações de combate, prevenção e conscientização sobre a intolerância religiosa. O texto seguirá para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.
A medida estabelece que, nos meses de abril, órgãos da administração direta, indireta e autarquias dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderão promover ações sobre intolerância religiosa, além de iluminar seus prédios na cor verde. Ainda de acordo com o texto, concessionárias estaduais de transporte público poderão promover campanhas educativas de conscientização, informando que intolerância religiosa é crime. A Secretaria Estadual de Educação também poderá promover, na rede estadual de educação, ações educativas nas escolas com a temática.
O projeto é de autoria original dos deputados Flávio Serafini (PSol), Renata Souza (PSol), Eliomar Coelho (PSol) e Waldeck Carneiro (PT). A norma ainda garante a inviolabilidade de consciência e de crença, com livre manifestação do sentimento religioso e sua doutrina, além do livre exercício dos cultos religiosos e da proteção aos locais de culto e suas liturgias.
Compreendemos que a intolerância religiosa não pode ser combatida apenas pela via da repressão e da penalização. Um dos caminhos para combater a intolerância religiosa é a via da educação, da conscientização e do compromisso do Estado, com a realização de campanhas que alertem para o problema, assim como previnam esse tipo de manifestação de ódio, racismo e desrespeito”, justifica a deputada Renata Souza.
Com Alerj