A fratura do quinto metatarso, que o jogador Neymar sofreu no pé direito em duelo contra o Strasbourg, no dia 23 de janeiro, é mais comum do que se pensa entre atletas de alta performance. O problema geralmente é ocasionado por um impacto de alta energia, uma entorse muito contundente ou por um trauma direto.
O tratamento pode ser conservador (com ajuda da fisioterapia) ou com intervenção cirúrgica, depende de alguns fatores, como por exemplo, a situação da fratura no momento em que é feito o exame de raios X. Se há um desvio do fragmento o procedimento deve ser cirúrgico, caso contrário, convencional. A decisão deve ser avaliada pelo médico ortopedista do caso.
Quando se opta por fazer o tratamento conservador, cabe ao fisioterapeuta fazer com que essa fratura tenha uma consolidação mais rápida e devolver as funções como antes da lesão, aplicando exercícios adequados, somados a outras tecnologias. Uma delas é a Magnetoterapia, técnica que explora os principais benefícios de campos eletromagnéticos para fins curativos e de reabilitação, ajudando na cicatrização óssea.
Para diminuir a dor e o inchaço
Segundo Edson Santiago, fisioterapeuta especialista em musculoesquelética e pesquisador em Dor pela Santa Casa de São Paulo, inicialmente os pontos primordiais do processo de reabilitação são: melhorar a dor, diminuir o edema (inchaço) e manter o arco de movimento, ou seja, fazer o movimento do tornozelo manter-se ativo, para não ter a perda do mesmo, procedimento necessário para não gerar outras compensações articulares.
Posteriormente à fase da dor, após a cicatrização, o foco é direcionado para a parte de fortalecimento mais intenso dos músculos fibulares, tibial posterior e intrínseco do pé, não esquecendo o tríceps sural (panturrilha). É também muito relevante nessa fase, melhorar a propriocepção de toda a musculatura e ligamentos que envolve o tornozelo, evoluindo sua estabilidade com exercícios de equilíbrio em cama elástica, bola Bosu, prancha, entre outros.
Devolver o paciente à sua prática esportiva é essencial, onde o trabalho será o mais próximo possível de suas atividades físicas cotidianas. “No caso de um jogador de futebol de alto rendimento, por exemplo, o levamos para o campo, fazemos trabalhos de gesto de corrida, de salto, mudança de direção e trabalhos associados com bola, até conseguirmos realizar uma transição entre a reabilitação e a preparação física”, diz Santiago.
O especialista completa: “Após esse período, realizamos alguns testes funcionais específicos para efetuar a alta da fisioterapia com segurança, e o atleta poder retornar à preparação e ao treino coletivo com bola, ficando a disposição do técnico”.
Técnica PRP
Especialistas do Grupo Ateliê Oral, especializado na técnica PRP – Plasma Rico em Plaquetas, explicam que o procedimento que está sendo usado no jogador Neymar é considerado o melhor quando se trata de regenerar de forma mais rápida lesões em tecidos musculares, cartilagens e tendões.
O PRP consiste em uma técnica na qual o sangue do próprio paciente é utilizado. É retirado sangue venoso, que depois é manipulado, tendo o plasma separado e injetado no local atingido.
O PRP na boca
Umas das áreas mais beneficiadas com a técnica é a região bucal. Na odontologia, o PRP acelera a cicatrização e a regeneração óssea resultantes de procedimentos cirúrgicos, especialmente em situações que apresentam menores chances de sucesso em enxertos ósseos, cirurgias periodontais e maxilofaciais.
Os casos tratados possuem cicatrização mais rápida da mucosa e do enxerto e aceleração da regeneração óssea nas regiões de implantes”, explica Gustavo Giordani, periodontista e implantodontista responsável pelo procedimento no Ateliê Oral.
Fibrina Rica em Plaquetas
A Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) é um subproduto da obtenção do Plasma Rico em Plaquetas. De acordo com Giordani, o PRF foi desenvolvido para aumentar a velocidade da reparação em enxertos ósseos e tecidos moles.
Por conta das propriedades cicatrizantes do plasma de fibrina, seu uso tornou-se recorrente em cirurgias torácicas, cardiovasculares, neurológicas, oftálmicas, reconstrutivas e odontológicas. Ambos podem ser usados tanto isoladamente como em associação em uma mesma cirurgia.
Da Redação, com Assessorias