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A medicina tradicional avança a cada dia, com novas formas de tratamentos e medicamentos. Mas muitas dessas medicações podem causar efeitos colaterais e até dependência. Por isso, cada vez mais pessoas saem em busca de tratamentos fitoterápicos. Nos casos de doenças que afetam o sistema nervoso e o equilíbrio emocional, como a ansiedade e a depressão, os fitoterápicos têm sido cada vez mais aplicados, especialmente por sua eficácia.

“Os fitoterápicos, que são feitos com plantas e agem de forma semelhante às drogas sintéticas, diferentemente das plantas medicinais. Como todo medicamento, passam por uma série de pesquisas para comprovar sua eficácia. Já as plantas medicinais podem ser usadas de outras maneiras, como no preparo de chás, por exemplo”, explica a nutricionista e fitoterapeuta Ana Paula Moura.

Segundo ela, a ansiedade é uma reação normal diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa.  Já o transtorno da ansiedade generalizada (TAG) é um distúrbio caracterizado pela preocupação excessiva ou expectativa apreensiva, desproporcional ao fator gerador, persistente e de difícil controle. De acordo com o manual de classificação de doenças mentais (DSM.IV), a TAG perdura por seis meses no mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono.

Ana Paula explica que diversas plantas medicinais têm historicidade de emprego para transtornos de ansiedade, com efeito calmante e sedativo, podendo ser utilizadas juntamente com o tratamento medicamentoso tradicional. Elas podem auxiliar o tratamento, porém, sempre com orientação de um especialista em Fitoterapia, pois existem algumas substâncias não compatíveis. “Além disso, só um fitoterapeuta terá conhecimento suficiente para fazer esta associação, levando sempre em consideração a individualidade de cada paciente”, esclarece Ana Paula.

Dentre as mais usadas e encontradas em estabelecimentos de fitoterapia, a nutricionista Ana Paula ressalta a melissa e a camomila. “São plantas conhecidas pela maior parte das pessoas e muito usadas em chás. Já na fitoterapia, os princípios desses vegetais são ativados para que haja uma eficácia superior à de um chá e que não cause efeitos adversos, diferentemente das drogas sintéticas”, explica.

Confira algumas das principais plantas usadas para controlar ansiedade 

  • Melissa (Melissa officinalis) – Também conhecida como erva-cidreira, tem óleos essenciais que acalmam levemente.
  • Camomila (Matricaria recutita) – Esse tipo de camomila tem efeito calmante.
  • Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) – É a mais eficiente para combater a depressão, mas não pode ser tomado sem uma prescrição e, principalmente, sem o acompanhamento do profissional habilitado em Fitoterapia.
  • Passiflora (Passiflora incarnata) – Essa espécie de maracujá ajuda a controlar crises de ansiedade e depressão.
  • Valeriana (Valeriana officinalis) – Suas propriedades são extraídas da raiz. Melhora o sono. Muito usada na produção de fitoterápicos e em chás e infusões, apesar do gosto amargo.

Palestra sobre transtorno de ansiedade e pânico

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo. Mais de 9% da população sofre com o mal que, no extremo, pode desencadear crises de pânico.  Segundo dados da Secretaria da Previdência, as concessões de auxílio-doença para pessoas que sofrem desse mal cresceram 17% em quatro anos, trazendo uma despesa de R$ 1,3 bilhão para o país.  Para debater o assunto, o psicanalista Nicolau Maluf Jr  realiza  o encontro “Ansiedade e pânico sob a ótica reichiana” na Casa do Saber nesta quarta-feira, dia 18 de outubro.

Segundo Nicolau Maluf, a psicanálise aponta a existência de fatores psíquicos determinantes para o desenvolvimento dessas desordens, cujas causas não se restringiriam a fatores ambientais e nem a alterações da neuroquímica cerebral. Nesse encontro, o psicanalista irá analisar a questão sob a ótica dos estudos reichianos. “Essa perspectiva ajuda a entender o medo de morrer ou de ficar louco associado à taquicardia, ao suor profundo, à vertigem e aos tremores típicos da síndrome do pânico, apontando para novas possibilidades de tratamento”, destaca.

Nicolau José Maluf Jr. é psicólogo, analista reichiano, pioneiro do estabelecimento do pensamento reichiano no Brasil. Doutor em História das Ciências, Técnicas e Epistemologia pelo HCTE/UFRJ. Coordenador do IFP-REICH (Instituto de Formação e Pesquisa W.Reich). O encontro acontece das 15h às 17h, na Casa do Saber (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Lj 101 – Shopping Leblon – RJ) – Tel: 2227-2237 – Preço: R$ 70. Inscrições no site

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