Nesta terça-feira (27), é comemorado em todo o Brasil o Dia do Pediatra. A data é celebrada desde 1910, quando aconteceu a fundação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A especialidade nasceu por causa do alto índice de mortalidade infantil. Hoje, é a segunda maior especialidade em número de profissionais credenciados no Brasil: estima-se 40 mil pediatras, ficando atrás apenas da clínica médica.

pediatra é o primeiro a cuidar da saúde da criança e esse acompanhamento é fundamental, principalmente para fins de prevenção, tais como exames clínicos que podem ajudar e orientar os pais, vacinas, aleitamento materno, alimentação saudável. No entanto, com a chegada da pandemia da Covid-19, muitas famílias optaram por não frequentar consultórios médicos e hospitais, por medo de possíveis contaminações.

Uma pesquisa do Ibope, que entrevistou mais de 1 pais em todo o país, divulgada no início deste ano, mostrou que ao menos 50% dos pais adiaram a ida ao pediatra e 29% dos pais atrasaram as vacinas obrigatórias dos filhos. O estudo mostrou ainda que 75% dos responsáveis temiam mais a contaminação por Covid-19, do que por doenças que podem gerar sequelas ainda mais graves como a meningite apenas 57% e a poliomielite, 52%.

Quando levar a criança ao pediatra

O primeiro passeio da maioria dos bebês é a visita ao médico pediatra, que deve ser feita, em média, uma semana após o nascimento. Mas, a importância destes profissionais da saúde vai muito além desta primeira aventura. Alessandra Cavalcante, médica pediatra em São Paulo, esclarece que são estes especialistas que cuidam do desenvolvimento saudável das crianças.

“É o pediatra que previne e trata doenças, orienta as melhores práticas de alimentação, vacinação, sono, saúde bucal e visual, risco de exposição excessiva às telas, além de  analisar o desenvolvimento neurológico, escolar e social das crianças”, explica.

Segundo a SBP, a quantidade de visitas ao pediatra varia de acordo com idade da criança e das necessidades específicas para cada ano. Para bebês a recomendação é três consultas mensais, e para crianças com dois anos, o ideal é ir ao pediatra a cada três meses. Na fase dos 7 aos 18 ou 19 anos, uma consulta por ano é suficiente para conhecer a condição de saúde do paciente.

Toda a ênfase da pediatra é na prevenção de doenças e promoção de saúde. Por isso, é muito mais importante manter as consultas em dia do que apenas correr para a emergência”, explica a pediatra Maria Gabriela Garbelini Galerani, credenciada da Paraná Clínicas/ SulAmérica.

Segundo ela, no primeiro ano de vida, as consultas devem ser mensais, para avaliação do crescimento do bebê e a aquisição dos marcos do desenvolvimento neurológico e psicomotores, verificação do calendário vacinal, intercorrência entre as consultas e explicação das dúvidas da família. Após 1 ano, as consultas espaçam um pouco, mas se mantém regulares.

No primeiro mês de vida, são recomendadas, pelo menos, duas visitas ao pediatra. Já, entre 2 e 6 meses de vida, as visitas passam a ser mensais e, a partir dos 7 meses, é recomendada uma consulta a cada 2 meses. Quando a criança completa 2 anos, as avaliações podem ser realizadas a cada três meses e, a partir dos 6 anos, semestralmente. Na faixa dos 7 aos 18 anos, em situações normais, a visita pode ser anual”, esclarece a Dra Alessandra.

Importância do pediatra na atenção primária

Em 2021, a SBP chama a atenção para a importância da presença desta especialidade na Atenção Primária à Saúde. “O atendimento já nos primeiros dias de vida com um pediatra é muito importante não apenas para a criança recém-nascida, mas também para a família. A chegada de um bebê é um momento muito especial, e o pediatra acompanhará de perto todo seu crescimento e desenvolvimento”, acrescenta Dra Maria Gabriela.

De acordo com a especialista, os locais de vacinação são seguros e as vacinas precisam estar em dia, principalmente, neste retorno às aulas. “Estamos acompanhando o retorno das aulas presenciais, um momento muito aguardado por todos. Mas para prevenir a disseminação de outras doenças graves, é importante que todas as crianças estejam com as vacinas em dia.  Procure as unidades de saúde exclusivas para vacinação ou, se preferir, opte por clínicas particulares ou empresas que fazem vacinas em casa com total segurança”, ressaltou.

Para os pais que estão com a carteirinha de vacinação incompleta, a médica explica como proceder. “Ao atrasar as vacinas, os responsáveis devem levar a carteirinha de vacinação até a unidade de saúde para iniciarem uma estratégia de atualização – algumas vacinas podem ser dadas no mesmo dia, outras precisam de espaçamento. É importante lembrar que algumas unidades foram designadas para atendimento exclusivo de pacientes com Covid-19, então, essas devem ser evitadas. É interessantes os pais ligarem com antecedência ”, finalizou.

O que levar em conta na escolha do pediatra 

A escolha do pediatra não deve apenas levar em conta a parte técnica e a formação do médico. É preciso escolher um profissional que “dê match” com a família e com a criança. Um bom relacionamento é essencial. Além disso, é importante que a família certifique-se de que é possível contatar o médico em casos de dúvidas e emergências.

Para estilos de vida mais específicos, como uma família vegana ou que procura alternativas para evitar o uso de remédios, é importante a busca por um profissional que compartilhe da sua visão de mundo. Assim, o cuidado com o paciente será muito mais assertivo e alinhado aos hábitos e valores da família.

“Sobre a qualidade do profissional, a abordagem técnica deve ser a mesma, ou seja, um bom pediatra deve observar todas as questões já ditas anteriormente. Mas, certamente, cada médico atuará à sua própria maneira” explica Dra. Alessandra.

pediatra da criança deve ser o primeiro médico a ser consultado em casos de emergência, já que muitas vezes a sua orientação pode evitar uma exposição ou ida desnecessária ao hospital, por exemplo. “Quanto mais precocemente se der o diagnóstico de alterações, menor as complicações para o futuro e para a vida adulta” finaliza.

Para a pediatra Paula Cruz Borrelli Barros, o paciente torna-se praticamente um membro da família. Ela explica que ser pediatria é algo muito singular pois, além do conhecimento amplo da medicina, o profissional precisa gostar de criança, gostar de conversar e, principalmente, gostar de ouvir.

Com Assessorias MAM Baby e Paraná Clínicas

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