A exposição excessiva nas redes sociais acaba transformando os adolescentes em jovens e adultos ansiosos e, muitas vezes, deprimidos. Não são poucos, inclusive, os que tentam o suicídio por sofrer cyberbullying. Para contribuir para o combate ao problema, neste Setembro Amarelo, dedicado à conscientização sobre suicídio, a Associação pela Saúde Emocional de Crianças (Asec), com apoio do Facebook, expande o programa que visa ampliar o repertório de estratégias de adolescentes para lidar com situações difíceis, o que reduz suicídio e bullying.

A iniciativa procura desenvolver nos alunos habilidades emocionais e sociais para enfrentar positivamente os problemas do dia a dia. A Asec, organização parceira do Centro de Valorização da Vida (CVV), levará o programa a cerca de 1 mil jovens, entre 11 a 14 anos, de 10 escolas públicas espalhadas pelo Brasil.

De agosto a novembro, os educadores das instituições de ensino que foram capacitados para o programa trabalharão com alunos questões como emoções, relacionamentos, situações difíceis, justiça, equidade, mudanças e perdas. Os temas serão abordados em sala de aula a partir de histórias em quadrinhos, discussões e atividades lúdicas.

O projeto começa por escolas públicas nas cidades de Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Duque de Caxias (RJ), Gaspar (SC), Goiânia (GO), Manaus (AM), São Luís (MA), São Paulo (SP), Salvador (BA) e Vila Velha (ES). Na Baixada Fluminense, a ação teve início em agosto, na Escola Municipal Roberto Weguelin de Abreu, no Conjunto 22 de Abril, em Duque de Caxias (RJ), atendendo cerca de 90 estudantes e mais nove escolas no Brasil.

“Tão ou mais importante quanto o desenvolvimento acadêmico é cuidar do desenvolvimento emocional das crianças e jovens. Problemas como bullying na escola, dificuldade de relacionamento com os amigos, excesso de timidez, baixa aceitação da própria aparência física, trazem muito sofrimento, que nem sempre é facilmente percebido pelos pais, professores e responsáveis. Por isso, a promoção do bem-estar emocional dos jovens é tão importante, e é com esse propósito que estamos levando o programa a escolas pelo Brasil,” afirma a fundadora da Asec, Tania Paris.

Desenvolvido com base em pesquisa, ao longo de seis anos no Canadá, com financiamento da Agência de Saúde Pública do país, o programa foi liberado para implantação internacional após os testes realizados pela Université du Québec à Montréal (UQAM), com quase 2 mil jovens de 20 escolas, mostrarem que houve uma melhora significativa nas habilidades sociais, na empatia e na assertividade dos jovens após a realização das atividades propostas pelo programa.

“Como parte de nosso trabalho para construir uma comunidade segura dentro e fora do Facebook, estamos constantemente buscando apoiar esforços liderados por organizações como a Asec. Acreditamos que esforços educacionais como esse são uma ferramenta essencial para a segurança de crianças e adolescentes, bem como para a prevenção do bullying e suicídio”, diz a gerente de Programas de Segurança para América Latina no Facebook, Daniele Kleiner.

Fonte: Asec, com Redação

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