A malandragem não tem limites. Pessoas estão se passando por fiscais da Vigilância Sanitária Municipal para aplicar o golpe em comerciantes que infringem a recém-aprovada lei que proíbe o uso de canudos plásticos no Rio. A Prefeitura do Rio alerta que aumentou o número de denúncias contra estelionatários que tentam se passar por fiscais para extorquir dinheiro de comerciantes.
De acordo com o comunicado, os falsos fiscais tentam aproveitar a fiscalização mais intensa nos estabelecimentos, por conta da proibição ao uso de canudos de plástico, para fazer suas abordagens. Elas ocorrem geralmente por telefone, com ameaças de aplicação de penalidades, como interdição e altos valores de multas, caso não o comerciante não deposite algum valor de propina.
Os falsos fiscais usam fotos e nomes de fiscais verdadeiros em perfis de aplicativos de mensagem, onde deixam um número de conta bancária para depósito. A Vigilância Sanitária informa que os verdadeiros fiscais não fazem abordagem por telefone. Há um procedimento padrão para a fiscalização (veja abaixo).
Para combater esse tipo de golpe, a Vigilância Sanitária lançou neste ano a campanha “O fiscal tem sua legitimidade. Reconheça. Colabore”. São peças gráficas e virtuais, que oferecem à população acesso ao site com as fotos de todos os servidores que trabalham nas ruas, por meio do QR Code.
A Vigilância Sanitária orienta que qualquer irregularidade percebida durante as inspeções seja comunicada à central de atendimento 1746. A denúncia pode ser anônima.
Saiba como identificar um golpista
- Os fiscais comparecem pessoalmente ao estabelecimento, sempre munidos de colete com nome e matrícula bordados; ordem de serviço numerada com o nome do estabelecimento; crachá com identificação e QR Code; e Termo de Visita Sanitária, numerado e com marca d’água.
- O código impresso no crachá pode ser acessado por qualquer celular, que vai direcionar à página do órgão, onde estão as fotos e os nomes de todos os fiscais legítimos.
- Não só a documentação, mas a legitimidade do fiscal pode ser conferida na abordagem feita durante as inspeções. Os verdadeiros fiscais são orientados a agir de forma respeitosa e a dar dicas a proprietários de estabelecimentos e funcionários sobre procedimentos que devem ser feitos para evitar riscos à saúde dos cariocas.
Além das orientações durante a abordagem, os técnicos também indicam cursos gratuitos para que empresários e trabalhadores possam se aperfeiçoar. Neste ano, já foram feitas 38.904 inspeções nas áreas de Alimentos, Saúde, Engenharia, Saúde do Trabalhador e Zoonoses. No ano passado, foram 47.829.
- Além de bares e restaurantes, os falsários costumam ligar para estabelecimentos que comercializam produtos e serviços relacionados à saúde humana e animal, como clínicas e pet shops.
Fonte: Prefeitura do Rio, com Redação