A capoterapia é uma atividade física, com caráter terapêutico, inspirada no lúdico, musicalidade, ritmos e movimentos de capoeira, voltada especialmente para pessoas idosas, sedentárias, hipertensas, diabéticas, pacientes psiquiátricos, com mobilidade reduzida ou Pessoa com Deficiência (PCD), indiferente do tipo, teor ou gravidade.
A prática poderá ser ofertadas em parques, praças e demais ambientes públicos ou via parcerias, em locais privados adequados no Estado do Rio de Janeiro. É o que prevê o Projeto de Lei 4495/21, aprovado nesta terça-feira (10), em discussão única, na Assembleia Legislativa (Alerj), que cria o programa estadual de capoterapia.
O objetivo é difundir o conhecimento a respeito da capoterapia, prática de terapia corporal inspirada nos movimentos e na musicalidade da capoeira. O texto segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.
Além de difundir a prática, o programa tem como objetivos universalizar e democratizar a prática da capoterapia em todo o Estado do Rio, promover a saúde física e mental, bem como a melhoria da qualidade de vida de seus praticantes, estimular a prática de hábitos saudáveis relacionados à atividade física, alimentação, higiene e lazer, além de incentivar a utilização de ambientes públicos, como escolas, parques e praças, como locais propícios para a prática da capoterapia.
“A Capoterapia promove a socialização, previne doenças e estimula a prática de hábitos saudáveis, entre outros benefícios. Popularizá-la é promover um expressivo ganho na qualidade de vida de seus praticantes” defende o deputado estadual Wellington José (Pode), autor do projeto.
Ele lembra que, em apenas 10 anos, a população idosa do Rio de Janeiro cresceu 47%. Hoje, já há mais pessoas com idade acima de 65 anos do que crianças, na capital, conforme aponta uma pesquisa realizada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e SeniorLab. “A proposta vai ao encontro da qualidade de vida dessa expressiva parcela da população e também com foco nos benefícios das terapias alternativas e inclusivas na sociedade como um todo”, acrescentou.
Saiba mais sobre a capoterapia
Essa prática de terapia corporal inspira-se nos movimentos e na musicalidade da capoeira, com a utilização de elementos lúdicos e culturais que respeitam a condição física, as potencialidades, os limites e as características psicológicas e individuais de cada participante, voltada especialmente para as pessoas da terceira idade e com dificuldades de locomoção.
O objetivo dessa prática está associado à promoção da saúde e qualidade de vida, e quando voltada para pessoas idosas, visa contribuir para o envelhecimento ativo por meio de uma nova forma de terapia corporal.
Além de promover o convício social, a prática da Capoterapia contribui para a melhoria da coordenação motora, da força muscular, da autoestima, diminuição da depressão e do cansaço crônico e na prevenção de doenças.
O texto também reconhece o Instituto Brasileiro de Capoterapia (IBC) como instituição capacitada para o treinamento e formação dos profissionais de Capoterapia, mas não impede que outras associações e entidades do terceiro setor legalmente formalizadas, habilitadas e capacitadas possam promover o treinamento e a formação de profissionais.
Caso a proposta seja aprovada, o Poder Executivo também será autorizado a celebrar convênios com instituições públicas ou privadas.