De acordo com a Sociedade Internacional de Diálise (ISN), estima-se que cerca de 850 milhões de pessoas no mundo, aproximadamente 11% da população, convivam com uma doença renal, sendo que ocorrem 2,4 milhões de mortes por ano. Ainda segundo a ISN, no Brasil, 10% da população, ou seja, uma em cada 10 pessoas, possui algum grau de Doença Renal Crônica.

Esta condição é caracterizada por uma lesão no rim que persiste por mais de três meses, o que faz com que esse órgão não funcione como deveria. Em sua fase mais avançada, os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente, levando à necessidade de diálise ou de transplante do órgão.

O Dia Mundial do Rim (14 de março) ressalta a importância da prevenção e tratamento adequado para a Doença Renal Crônica (DCR). De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (DNC), a DRC afeta mais de 20 milhões de pessoas no Brasil. Ainda segundo a entidade, estima-se que, em 2040, a DRC será a quinta maior causa de morte no planeta. Hoje, ela é o motivo de pelo menos 2,4 milhões de óbitos todos os anos.

Embora seja mais comum em adultos, a doença renal crônica também atinge crianças e adolescentes, o que gera consequências graves e exige cuidados contínuos. A DRC é caracterizada pela alteração persistente da função renal por um período superior a três meses e dividida em estágios. Se a função renal chega a menos do que 10%, existe a necessidade de fazer algum tipo de tratamento para substituir o papel dos rins, que pode ser a diálise peritoneal, a hemodiálise ou o transplante renal. Mas nem toda causa da doença renal é prevenível.

“Desta forma, o que fazemos é retardar sua evolução. A depender do caso, há necessidade de intervenção cirúrgica ou de acompanhamento clínico periódico, além da adoção de hábitos saudáveis, que incluem alimentação e atividades físicas. Também deve-se evitar as causas secundárias, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial, que pode ocorrer em crianças e adolescentes”, explica a nefrologista pediátrica Lucimary de Castro Sylvestre, do Hospital Pequeno Príncipe.

Sinais e sintomas

Na maioria dos casos, as doenças renais no público pediátrico são descobertas durante a gestação, por meio de exames do pré-natal, na investigação de algum problema de saúde, por exemplo a dificuldade no crescimento, ou na realização de exames de rotina. Contudo, a DRC pode ser silenciosa e, muitas vezes, o paciente só descobre que tem o problema quando ocorre falência dos rins.

No caso das crianças e dos adolescentes, é preciso ficar atento aos sinais e sintomas, que podem auxiliar no diagnóstico precoce da doença, como infecções urinárias de repetição; dificuldade no ganho de peso e/ou crescimento; anemia persistente sem causas aparentes; inchaço; problemas ósseos; e dificuldade, dor e/ou ardência ao urinar.

Por isso, na semana dedicada ao Dia Mundial do Rim, o Pequeno Príncipe, hospital exclusivamente pediátrico, alerta para a importância de cuidar da saúde dos rins desde a infância.

Prevenção da doença renal crônica em crianças

Nas doenças renais que são preveníveis, por exemplo o cálculo renal, é fundamental incluir na rotina alguns cuidados como:

incentivar o consumo adequado de água pelas crianças;

manter uma alimentação saudável e sem industrializados;

evitar o consumo de sal em excesso;

controlar o peso, pressão arterial, além dos níveis de glicose e colesterol;

ficar atento para a cor do xixi, que não deve ser escura;

praticar atividades físicas;

manter o acompanhamento regular do pediatra.

Diabetes, hipertensão e obesidade são fatores de risco

Os rins são órgãos que desempenham funções imprescindíveis, das quais dependem o equilíbrio e o bom funcionamento do organismo. Sua principal e mais conhecida função, é a filtragem de substâncias tóxicas do corpo. Porém, o órgão vai além.

“Ele é capaz de manter o equilíbrio entre os minerais do organismo (como sódio e potássio), regular o pH do sangue, equilibrar o volume líquido do corpo e produzir hormônios e substâncias benéficas para o organismo, como a vitamina D”, informa a nefrologista Geovana Basso, diretora de Assuntos Médicos da Baxter na América.

Ela explica que Injúria e/ou doença renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. Ela pode ser aguda, quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, onde o quadro pode ser reversível, ou crônica, quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível.

Uma forma de prevenir a perda da função renal e, consecutivamente, os impactos causados, é o diagnóstico e tratamento precoce. “Vale lembrar que a doença renal é silenciosa. Os problemas renais podem ser identificados pela análise de urina e/ou de creatinina no sangue. Por isso é indispensável o cuidado com a saúde dos rins em cada visita médica de rotina e quanto detectada a doença, o paciente deve ser encaminhado ao Nefrologista”, relata a médica.  

Alguns cuidados são essenciais para manter a saúde dos rins. Segundo a Dra. Geovana, além da hidratação, é importante que as pessoas adotem hábitos de vida mais saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e ficar de olho em outras condições que acometem os rins, como a obesidade, diabetes, hipertensão, tabagismo e doenças cardiovasculares. 

Com Assessorias

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