De acordo com dados do Ministério da Saúde, 1,6% da população brasileira doou sangue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023, o que rendeu mais de 3,2 milhões de bolsas coletadas. Multiplicando por quatro, são 12,8 milhões de vidas salvas por esse gesto tão nobre e tão necessário. Este ano, até o último mês de março ocorreram 731.734 doações no País.

Apesar de parecer um número expressivo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que cada país tenha uma população doadora entre 1% e 3%, e que cada região avalie qual o melhor número para suprir as necessidades locais. Então, há um longo caminho a ser percorrido e campanhas de incentivo são essenciais”, comenta o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.

No Brasil, pessoas entre 16 anos e 69 anos podem ser doadoras, desde que tenham 50 quilos, ao menos, e estejam em bom estado de saúde. Os homens podem doar até quatro vezes ao ano com intervalos mínimos de 60 dias; as mulheres, por sua vez, podem fazer três doações anuais com intervalos de 90 dias entre elas.

Para fazer a doação, o candidato tem direitos e deveres. Entre os deveres, é preciso estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas 12 horas antes e não doar em jejum. No dia, também é preciso levar documento de identificação com foto.

De acordo com a Anadem, os doadores brasileiros têm alguns direitos específicos assegurados pela legislação, entre eles o anonimato e o sigilo, assim como a confidencialidade de suas informações pessoais e de seu estado de saúde.

Como garante a Lei n.º 10.205, de 21 de março de 2001, este é um ato totalmente voluntário, sem qualquer forma de remuneração”, explica Canal, ao revelar que, em situações de necessidade transfusional, o doador tem direito à prioridade no recebimento de sangue, caso necessite de transfusão de sangue no futuro.

doador também tem direito ao “Certificado de doação”, que pode ser usado em programas de fidelidade e reconhecimento, assim como o direito de ser atendido em um local higienizado e seguro, com equipamentos corretos para a coleta e o processamento do sangue.

A legislação trabalhista também garante que o doador tenha direito a um período de ausência no trabalho para fazer a doação. De acordo com a Lei n.º 1.075/1950, o doador tem direito a um dia de ausência remunerada a cada 12 meses de trabalho, desde que comprovada a doação, evidentemente

Para ter esse direito, o doador deve apresentar o comprovante fornecido pelo serviço de coleta ou banco de sangue, necessário para justificar a ausência à empresa e garantir a folga remunerada. É importante destacar que a empresa não pode recusar a folga ou descontar o dia do doador. Ela não é abatida do período de férias ou da remuneração mensal.

Saiba como doar sangue

Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais (o modelo da autorização pode ser adquirido no site: www.hemorio.rj.gov.br). Não é necessário estar em jejum, mas é importante evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação.

sangue é insubstituível e fundamental em atendimentos de emergência, cirurgias, tratamentos de câncer, de anemias graves e de diversas outras condições clínicas. Quanto maior o número de doadores regulares, mais seguro e estável se mantém o sistema de saúde.

Cada bolsa de sangue coletada é capaz de salvar até quatro vidas, e em até 24 horas o organismo do doador começa a repor naturalmente as substâncias retiradas, permitindo uma nova doação depois de oito semanas para homens e 12 para mulheres, quando os componentes sanguíneos já estarão reconstituídos.

A doação é segura e requer apenas alguns critérios básicos: apresentar documento oficial com foto; ter entre 16 e 69 anos (com autorização para menores de 18); estar em boas condições de saúde; e pesar acima de 50 quilos. Não é necessário jejum, mas recomenda-se evitar alimentos gordurosos nas quatro horas anteriores ao procedimento e estar descansado.

Pessoas que fizeram tatuagem ou colocaram piercings devem aguardar seis meses antes de doar. Já quem possui piercings em regiões de mucosa precisa esperar um ano após a retirada do acessório. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após a recuperação. Trinta dias após a doação, o voluntário pode acessar o resultado dos exames laboratoriais realizados a partir da amostra coletada.

Com Assessorias

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