Atriz revela em entrevista que só parou de mentir depois que conheceu o marido (Foto: Divulgação)
Atriz revela em entrevista que só parou de mentir depois que conheceu o marido (Foto: Divulgação)

Quem nunca contou uma mentirinha sequer na vida que atire a primeira pedra… Mas quando a mentira ultrapassa até mesmo os limites da razão, é bom ter cuidado: pode ser uma doença que atende pelo nome de mitomania. Quem revelou recentemente sofrer deste mal é a a atriz Deborah Secco. “Era viciada, louca e doente”, confidenciou.

Para a psicóloga Miriam Farias, especialista em Hipnose Clínica, as características que a atriz descreveu em uma entrevista se assemelham a um quadro de mitomania, um distúrbio de personalidade em que o paciente possui uma tendência compulsiva pela mentira. “Esta doença é também conhecida como mentira obssessivo-compulsiva”, explica.

A atriz conta que não conseguia parar e mentir. “Eu era uma pessoa viciada em mentiras. Eu não tinha nem pra que mentir, mas eu mentia. Se você perguntasse o que eu comi hoje, eu ia mentir,  encarnava vários personagens. É uma coisa louca. Nunca falava a verdade”. Deborah diz ainda que parou de mentir quando conheceu seu atual marido. “Desde que o Hugo chegou na minha vida eu não consigo mais mentir”,  revelou a atriz em entrevista ao “Na cama com Gio Ewbank”.

Diferenças para mentiroso tradicional

Segundo Miriam, o “mitômano” é o indivíduo que mente compulsivamente.” Algumas vezes são pequenas mentiras. Em outras, elas são pitorescas, elaboradas detalhadamente, que induzem o próprio mentiroso a acreditar nelas. Na mitomania o paciente usa a mentira de forma consciente para enganar pessoas e tirar vantagens, ele nunca admite suas mentiras embora tenha plena consciência de que são histórias imaginárias, e também não se constrange quando suas mentiras são descobertas”, esclarece a psicóloga.

Mas como identificar se uma simples mentira pode ser uma patologia? De acordo com Miriam, uma das grandes diferenças do mentiroso esporádico ou “tradicional” para o mitômano, é que no primeiro caso o indivíduo não tem resistência em admitir a verdade, enquanto o portador da compulsão por mentir usa a mentira em proveito próprio ou prejuízo de outro, de forma imoral e insensível, sem sentir necessidade de desfazer o engano.

A boa notícia: tem tratamento

A mitomania, em alguns casos, pode ter cura e deve ser tratada com medicação, acompanhamento psiquiátrico e terapia. “Muitas pessoas que sofrem da doença não procuram tratamento, pois elas não percebem que no futuro poderá acarretar prejuízos nas relações interpessoais, os casos são mais comuns começam a surgir na adolescência”, conta a especialista.

Nos casos mais leves se pode tratar somente com psicoterapia com hipnose, trabalhando a autoestima e investigando tudo que está relacionado com o mundo fantasioso criado pelo paciente, buscando trazê-lo para o mundo real e apresentando os dados de realidade da cultura em que ele está inserido.“A síndrome da mentira  pode estar ligada à falta aceitação e  a autoestima. A pessoa pode ter medo do outro não aceitá-la como ela é”, explica Miriam.

Da Redação, com assessoria

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