Mais dois casos da nova subvariante Ômicron EG.5.1.3 (conhecida como Éris) foram confirmados na cidade do Rio de Janeiro, elevando para três os casos já identificados na capital. Os casos foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) na noite desta quinta-feira (31).
Trata-se agora de uma mulher de 34 anos e um bebê de 1 ano de idade. Os pacientes são da mesma família e tiveram início dos sintomas na segunda semana de agosto. Ambos apresentam quadro clínico estável. As amostras coletadas foram analisadas pelo Laboratório de Virologia Molecular/UFRJ.

Na quarta-feira (30), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio confirmou a transmissão local da subvariante da Ômicron Éris na cidade, após atestada pelo laboratório de sequenciamento genético da Fiocruz – o Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais (LVRE) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Trata-se de um homem de 46 anos, que apresentou sintomas leves, manteve isolamento domiciliar e não apresenta mais sintomas. Como ele não tem histórico de viagem, o caso indica que há transmissão local dessa linhagem.

O paciente não havia tomado a dose de reforço com a bivalente contra covid-19, o que reforça a recomendação da SMS para que todas as pessoas maiores de 12 anos realizem a dose de reforço, que mantém a proteção contra casos graves da variante Ômicron.

Autoridades sanitárias recomendam reforço da vacina bivalente

Diante de mais dois casos da Eris, a Secretaria de Estado de Saúde reforça a recomendação para que todas as pessoas que ainda não tomaram a dose da vacina bivalente contra a Covid-19 procurem os postos de saúde. Comunica ainda que todas as unidades de saúde do estado estão abastecidas com a vacina bivalente.

 “Neste momento, a melhor forma de prevenção contra o vírus, incluindo a subvariante Ômicron EG.5.1.3 (conhecida como Éris), é a vacina bivalente, que está disponível nos postos de saúde dos 92 municípios do estado. É o que recomendo: procure um posto perto de sua casa e tome a vacina”, enfatizou Dr. Luizinho, secretário de estado.

Já a SMS ressalta em nota que a cidade do Rio alcançou alta cobertura vacinal, atingindo 98% no esquema inicial, que corresponde à primeira e segunda dose. No entanto, chama atenção para a necessidade de se tomar a dose de reforço, pois a proteção vai caindo ao longo do tempo, o que torna indispensável esta dose.

Na capital, as vacinas estão disponíveis nas 237 unidades de Atenção Primária, clínicas da família e centros municipais de saúde. Além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona, de domingo a domingo, das 8h às 22h, e nos postos extras espalhados pela cidade.

Teste rápido de antígeno nos postos

A SES-RJ também emitiu uma nota técnica com recomendações aos municípios. A orientação é que as unidades de pronto atendimento realizem teste rápido de antígeno em pacientes com sintomas de Síndrome Gripal e que, a cada cinco testes rápidos positivos, uma amostra deverá ser encaminhada para exame RT-PCR. Para pacientes com necessidade de internação, a SES recomenda o exame RT-PCR.

O secretário Dr. Luizinho ressalta que as UPAs da rede estadual de saúde já tinham aumentado a testagem para Covid-19 desde 21 de agosto. “Determinei esta medida assim que o Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ) da SES identificou aumento da taxa de positividade de exames RT-PCR entre a última semana de julho e o início de agosto. Agora estendemos a recomendação a todas as unidades de saúde de pronto atendimento da rede pública”, disse.

Desde 2021, a SES-RJ mantém a rotina de envio de amostras para a Vigilância Genômica do Estado, a fim de monitorar a doença e as variantes responsáveis pela contaminação. Os dados estão disponíveis no Painel do Monitora RJ, da Vigilância Genômica da SES-RJ, neste link.

UFRJ aponta diversidade de subvariantes da Ômicron em circulação

Sequenciamento genético feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta que há diversidade de subvariantes da Ômicron do novo coronavírus em circulação na cidade do Rio de Janeiro desde fevereiro deste ano.

Segundo nota divulgada nesta quinta-feira (31) pela universidade, a nova linhagem EG.5.1.1 (23F), conhecida como Éris, que vem sendo associada a um possível aumento no número de casos de covid-19 em alguns países, foi observada em duas das 95 amostras sequenciadas, no início deste mês.  

O sequenciamento foi feito pela Unidade de Genômica do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, que colheu amostras de pacientes que positivaram para covid-19 entre fevereiro e agosto deste ano.

As duas amostras nas quais foi observada a variante Éris, de acordo com a UFRJ, foram coletadas durante o mês de agosto, nos dias 10 e 11, de dois membros de uma mesma família que apresentaram em sequência febre e sintomas respiratórios, cerca de uma semana após retorno da Chapada dos Veadeiros (GO).

Os sintomas foram apresentados inicialmente por um deles, com um quadro de resfriado de curta duração, quatro dias após o retorno da viagem.

“O histórico de retorno recente de localidade com grande concentração de turistas internacionais de variadas procedências e o curto espaço de tempo para o adoecimento apontava para a possibilidade de infecção ‘importada’ seguida de transmissão intradomiciliar”, conclui a UFRJ, em nota.

A despeito destes achados sinalizarem a entrada da variante Éris no Rio de Janeiro, “não foi possível afirmar que já estava ocorrendo transmissão local sustentada por esta variante na ocasião”, acrescenta a universidade.

Com informações da SES-RJ, SMS-Rio e Agência Brasil

Leia mais

Cientistas recomendam volta do uso de máscaras em nova onda de Covid
Vacina bivalente é estendida para quem tem 12 anos ou mais
Medo ou fobia: como lidar com as sequelas emocionais da Covid?
Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!
Shares:

Related Posts

1 Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *