Uma educadora carioca teve a ideia de escrever um livro sobre luto para ensinar sobre esse sentimento a seu filho de 2 anos. Essa ideia, infelizmente, veio trazida pela morte da avó da criança vítima da Covid-19 e a falta de argumentos de como explicar ao filho o porquê da repentina ausência da avó em sua vida. De forma lúdica e leve, o livro explica essa metamorfose pela qual todos passaremos na vida. A ideia é mostrar como tudo na vida se transforma, e que essas transformações chegam em todas as áreas de nossa vida.
“Mamãe, cadê a vovó? Eu tô com saudade”. Essas frases fizeram parte da história da educadora parental Prisla Tranjan após a morte de sua mãe durante a pandemia de coronavírus. Além da dor que sentia, ela precisava explicar ao filho Joaquim, à época com 2 anos e meio, porque eles não viam mais a avó e porque ela passava o dia chorando. Para dar vazão a esse sentimento doloroso, ela resolveu escrever um livro que conta essa metamorfose da vida. Foi assim que nasceu “Todo Mundo Vira Borboleta”.
A publicação ensina, de forma lúdica, leve e divertida a criança o ciclo da vida pelo qual todos nós, um dia, iremos passar. Falar de luto e perdas na vida estando distante do que esse sentimento representa é mais fácil do que quando o vivemos no momento presente. Prisla usou seu conhecimento como educadora para trazer mais que um desabafo, mas ensinamento às futuras gerações de que a morte faz parte da vida e que, independente da crença, tudo que passamos em vida são transformações.
“A dificuldade dos adultos de conviver e encararem a morte é passada para os filhos. Para a criança, é como se o parente estivesse ‘dormindo’ ou ‘viajando’, e ela acha que um dia ele voltará. Conversar abertamente e explicar essa ‘passagem’ ajuda a evitar traumas nas crianças”, diz Prisla Tranjan.
“Todo Mundo Vira Borboleta” fala da metamorfose da vida, com alusão à vida da lagarta que vira borboleta. A associação é importante para a criança aprender que a vida trará mudanças o tempo todo, sejam elas dolorosas, alegres, tristes e até dignas de celebração. Podemos achar que as crianças não entenderão certos assuntos, mas a capacidade de compreensão delas vai muito além do que muitos pais imaginam.
Sobretudo no momento da pandemia em que o mundo ainda se encontra, é importante trazer o tema do luto para dentro de casa e explicar à criança que a vida irá nos reservar momentos como esse. “Por mais doloroso que seja falar de morte com uma criança, o importante e explicar o sentido da ausência que aquela pessoa terá a partir de então na vida da família. Falar sobre a saudade, a passagem e, principalmente, acolher o coração partido dela“, explica a educadora.
Sobre a autora
Prisla Tranjan é mãe do Joaquim e da Ágata. Tornou-se mãe no último semestre da faculdade de Direito, terminou os estudos e, já imersa no universo da maternidade, buscou estudar Criação e Comunicação Consciente entre pais e filhos. Formou-se como Consultora Parental em Criação e Comunicação Consciente. Possui um Grupo de Apoio Materno digital com mais de 100 mães do Brasil. Tem como um de seus objetivos facilitar o dia a dia entre pais e filhos, trazendo uma nova metodologia inspirada na Disciplina Positiva.
Serviço
Livro: Todo Mundo Vira Borboleta
Autora: Prisla Tranjan
Editora: Much Editora
Páginas: 20
Preço: R$ 54,90
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Livro fala sobre perda e esperança para crianças e adultos
Nesta época tão difícil de medo e perdas, a literatura pode ser um meio de acalentar o coração. Um livro que cumpre bem esse papel é “A Cabine Telefônica do Sr. Hirota”, com uma história sobre luto e esperança e o belíssimo prefácio de Alexandre Coimbra, psicólogo do programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da Rede Globo, e autor do best-seller “Cartas de um terapeuta para seus momentos de crise”.
Com o auxílio de uma cabine instalada em um lindo jardim e um telefone sem fio, o sr. Hirota encontra uma maneira de ajudar a si mesmo e a outras pessoas de seu povoado a lidarem com a ausência de seus entes queridos após uma fatalidade.
Sobre a autora
Heather Smith é a premiada escritora de “A Agonia de Bun Okeefe”. Originalmente de Newfoundland, no Canadá, agora vive em Waterloo, Ontário, com sua família. O livro A Cabine Telefônica do Sr. Hirota foi escrito depois que Heather ouviu um podcast sobre um ´´telefone do vento“. Ela ficou com vontade de contar essa história para mais pessoas porque se impressionou com a beleza da narrativa.
Sobre a Ilustradora
Rachel Wada é uma ilustradora, cujo trabalho se define pela técnica de textura, pelas cores ousadas e por detalhes bem definidos. Sua identidade como mulher e imigrante nipo-cantonesa é uma das marcas do trabalho de Rachel. Ela vive no Canadá em Vancouver.