Dançar permite reforçar os músculos do pavimento pélvico, que suportam os órgãos da região abdominal inferior. As vantagens são salientadas num estudo do Instituto Universitário de Geriatria de Montreal, realizado em colaboração com o Instituto federal de Tecnologia de Zurique, como aponta o site Na Bexiga, Mando Eu.

Vários exercícios de dança foram incluídos num programa mais vasto de fisioterapia para reforço do pavimento pélvico. Os resultados mostraram que houve um reforço da diminuição de perdas de urina e uma maior taxa de adesão ao programa, que foi atribuída ao caráter lúdico da dança.

Ainda segundo os investigadores, o fato de a dança obrigar a seguir uma coreografia enquanto se controla a bexiga é uma vantagem. É que este ensinamento pode e deve aplicar-se também na realização de tarefas cotidianas. Ou seja, quem aprende a dançar aprende a contrair os músculos do pavimento pélvico também enquanto realiza outras atividades diárias. A dança, defendem os autores do estudo, acaba por ser mais funcional do que os exercícios pélvicos tradicionais estáticos.

Uma oportunidade para experimentar gratuitamente os benefícios da dança em São Paulo. Nos dias 22 e 25 de janeiro, domingo e quarta-feira, ao meio-dia, Thiane Nascimento ministra o “Aulão Pelvika”, que trabalha os movimentos da pélvis sem estigmas, durante o projeto  “Noites Quentes de Verão”, realizado no palco do Sesc Avenida Paulista, que traz uma série de apresentações artísticas e formativas (aulas abertas de dança) neste mês.

A profissional propõe, nesse projeto transdisciplinar que teve início em 2017, oferecer ferramentas para o público reconhecer as tensões sociopolíticas encarnadas na região da pélvis, que é carregada de estigmas e se relaciona diretamente com a hipersexualização dos corpos femininos.  As aulas abertas, gratuitas e livres para todos os públicos, têm como proposta a união de corpos de diversos gêneros e idades.

Noites Quentes de Verão

A primeira ação do projeto Noites Quentes de Verão acontece nos dias 20 e 21 de janeiro, sexta e sábado, às 20h, com o espetáculo de dança “Looping: Bahia Overdub”, com direção de Felipe de Assis, Leonardo França e Rita Aquino. O público é convidado a assistir os movimentos coletivos de tensão e distensão, inspirados nas contradições da cultura baiana.

Os corpos operam alterações sutis, simples e cadenciadas, como ondas sonoras. É o encontro entre pensamentos sonoros e coreográficos. A venda de ingressos para o espetáculo está aberta desde 10 de janeiro, no Portal Sesc SP,  de 11 de janeiro nas bilheterias das unidades do Sesc SP.

Looping: Bahia Overdub (Foto: Clóvis Domingos)

Nos dias 27 e 28 de janeiro, às 20h, acontecem, respectivamente, os espetáculos “Dancehall: Jam” e “Dancehall Jam: Noite das Queens”. Na sexta (27), a Academia Dancehall recebe importantes nomes do dancehall nacional e internacional, como Kimiko Versatile, Knomoh, Emcee Lê e Sista Mari em uma apresentação que evidencia os elementos da cultura Reggae-Dancehall mundial.

Já no sábado (28), o foco é a valorização da cena feminina neste ritmo, por meio de um show inédito da Academia Dancehall com Kimiko Versatile e Macaia Records, no formato original das batalhas DHG (sigla para Dancehall Queen), iniciadas em 1982, em Montego Bay (Jamaica). A venda de ingressos para os espetáculos acontece a partir de 17 de janeiro, no Portal Sesc SP e 18 de janeiro nas bilheterias das unidades do Sesc SP.

No domingo que sucede as apresentações (29), Kimiko Versatile, acompanhada por Ng Coquinho, ministra o “Aulão: Dancehall”, ao meio dia. Nesta aula aberta e gratuita, o público de todas as idades pode ter o primeiro contato ou ensaiar os já conhecidos passos de dancehall ao lado de importantes nomes do movimento.

Dancehall é um subgênero da cultura Reggae, Sound System e movimento cultural que tem origem na Jamaica dos anos 80. Atualmente seus movimentos exercem tanta influência que aparecem de forma fragmentada em quase todos os “challenges” do TikTok e coreografias de hip hop, funk e outros gêneros de dança. Essa dança e cultura jamaicana tem cativado adeptos em um movimento global, em que os dançarinos jamaicanos são as estrelas e principais protagonistas, difundindo a sua cultura ao redor do mundo.

Sobre o projeto – Ao reunir manifestações de diversas culturas urbanas e periféricas, trazendo a celebração como potência social transformadora, o projeto “Noites Quentes de Verão reitera a importância da presença física como componente fundamental da construção da alteridade.

“A reunião dos corpos em seu potencial criativo no ensejo do ato de “dançar juntos” permite o aprofundamento dos exercícios de pertencimento que sustentam processos simbólicos e materiais envolvidos na compreensão da diversidade. Contemplando artistas e públicos de diversas origens e idades, o projeto celebra a possibilidade dos encontros e dos afetos como agentes transformadores”, explicam os organizadores.

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