Na terceira semana de fevereiro, o Ministério da Saúde revelou um quadro alarmante da saúde pública no Brasil, com o registro de 555.583 casos prováveis de dengue e 94 mortes confirmadas pela doença. A pasta alerta para a importância de eliminar os focos do Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, que se concentram em 75% dos casos, dentro das próprias residências.

A boa notícia é que há uma forma simples e econômica de se proteger: o uso de hipoclorito de sódio, conhecido popularmente como água sanitária. Segundo especialistas, o produto acaba com os focos do mosquito, pois combate as larvas. Locais com água empossada, como garrafas e pneus, são os principais focos.

O produto é utilizado para desinfecção de áreas alagadas, que podem ser contaminadas por diversos agentes infecciosos, inclusive o vírus da leptospirose, e ainda servir de novos criadouros do Aedes aegypti. 

“O produto deve ser aplicado em potenciais criadouros, ajudando a evitar a proliferação do mosquito. A proporção correta é de 2 ml de água sanitária por litro de água que é o suficiente para o combate e deve ser repetida semanalmente, para garantir que a solução continue efetiva. Além disso, mantenha as atividades de remoção e proteção dos potenciais criadouros”, explica Renato Ticoulat, especialista em limpeza e fundador da Limpeza com Zelo.

Segundo ele, “não se deve ingerir essa quantidade por humanos ou animais, apenas ser usado para esse fim”. A versão da água sanitária premium é ainda mais indicada, já que tem maior poder ativo, ela desinfeta, tem ação bactericida e conta com um componente específico para o combate às larvas do mosquito da dengue.

Para além dos cuidados em casa, é preciso estar atento aos ambientes de trabalho, local em que milhões de brasileiros passam parte do dia.  alerta o especialista.

“Para prevenir a dengue, as empresas podem implementar diversas medidas preventivas. Isso inclui a promoção de campanhas de conscientização sobre a importância da eliminação de criadouros do mosquito, bem como ações educativas sobre os sintomas”, disse o especialista.

Veja quanto aplicar de água sanitária

  • Vasos sanitários de uso esporádico: 1 colher (chá) de água sanitária;
  • Caixa de descarga sanitária de uso esporádico: 2 colheres (sopa) de água sanitária;
  • Ralos externos e internos de uso esporádico: 1 colher (sopa) de água sanitária.

Água sanitária para municípios afetados pelas chuvas

  • Enquanto os casos de dengue só aumentam, as chuvas que castigam o Estado do Rio desde o início do ano ameaçam deixar novos criadouros do mosquito e também um rastro de doenças infecciosas, como hepatite, gastroenterite e leptospirose. Um monitoramento feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), disponível no Painel Monitora, indica que mais de 620 mil pessoas já foram atingidas por desastres naturais apenas neste ano em todo Estado do Rio.

Para enfrentar os danos causados pelos últimos temporais, que deixaram 9 mortes no estado na semana passada, e evitar novas doenças, a Secretaria tem enviado hipoclorito de sódio para diversos municípios. As retiradas são feitas pelos municípios na Coordenação Geral de Armazenagem da SES-RJ, em Niterói.

A SES-RJ informou que solicitou ao Ministério da Saúde kits Calamidade, atendendo parâmetros estabelecidos pelo Governo Federal. Em cada um deles, milhares de comprimidos e frascos de medicamentos – como antibióticos, analgésicos e antialérgicos – e insumos, como luvas, cateteres, máscaras, seringas, agulhas, ataduras e soro, são enviados.

Com 200 desalojados, Paracambi recebe medicamentos e insumos

Neste domingo, a SES-RJ informou que vai liberar, nesta segunda-feira (26.02), kits de calamidade pública para o município de Paracambi, na Baixada Fluminense. Além do aporte com diversos medicamentos e insumos, a cidade receberá 2 mil frascos de hipoclorito de sódio.

Na última quarta-feira (21/2), o município foi atingido por um forte temporal – 134 mm de água em 4 horas -, que deixou mais de 200 pessoas desalojadas. Nove unidades de saúde de Paracambi foram atingidas pelos temporais. Outras oito unidades habitacionais e duas instituições públicas de ensino também foram danificadas na cidade.

“Desde os primeiros eventos, a SES-RJ tem estado em contato direto com os municípios afetados, dando apoio técnico às vigilâncias de desastres e avaliando as perdas em unidades de saúde. Até o momento, a cidade mais afetada nesse sentido foi Paracambi”, afirma a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Com informações da SES-RJ

 

 

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