A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe vai começar mais cedo este ano: dia 25 de março. Em nota, o Ministério da Saúde informou que a imunização, tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, foi antecipada este ano em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país.
A pasta informou ainda ter negociado a entrega antecipada das doses, que estão previstas para serem distribuídas aos estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul a partir do dia 20 de março.
Já na Região Norte, a vacinação será no segundo semestre, quando ocorre o inverno amazônico, atendendo às particularidades climáticas da região. De acordo com o ministério, a vacina previne contra os vírus que geralmente começam a circular no país nos meses de maio, junho e julho.
Nesta quinta-feira (29), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, disse que a pasta vem observando uma antecipação da circulação de vírus respiratórios no Brasil.
A dose utilizada é a trivalente e, portanto, conta com três tipos de cepas combinadas, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa do ministério é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas. A pasta informa que a vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Em 2023, o governo federal mudou a estratégia da campanha para a região Norte e já imunizou a população entre novembro e dezembro, atendendo às particularidades climáticas da região.
“Sesde o ano passado, estamos observando uma antecipação de circulação de vírus respiratórios em geral. Então, esse ano nós vamos antecipar a campanha para proteger a população, principalmente os idosos, as gestantes, os profissionais de saúde, da educação e todas as pessoas que são elegíveis, para que a gente possa estar com a população protegida antes do inverno”, explicou.
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas. A pasta informa que a vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
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A mudança inédita na estratégia, desde 2023, busca atender às particularidades climáticas da região, que inicia no o inverno amazônico, período de maior circulação viral e de transmissão da gripe.
A estratégia de microplanejamento, realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com os estados e municípios, é uma ferramenta de planejamento de uso contínuo das ações de vacinação tanto em campanhas quanto na rotina de vacinação.
Ela visa fortalecer e ampliar o acesso à vacinação, respeitando as diversidades regionais, em que a organização e a operacionalização consideram a realidade local, direcionando esforços para o alcance da cobertura vacinal.
Entre as estratégias que podem ser adotadas com o microplanejamento pelos municípios, estão a realização do Dia D de vacinação, busca ativa de não vacinados, vacinação nas escolas, vacinação para além das unidades de saúde, checagem da caderneta de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas, entre outros.
Butantan antecipa em um mês início da entrega de vacinas contra gripe ao MS
O Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo, informou que antecipou em um mês o início da entrega de doses da vacina trivalente contra influenza ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.
A primeira entrega de 5 milhões de doses, referente às 81,8 milhões previstas em contrato, ocorre nesta quinta-feira (29). Até o mês de abril, o instituto entregará mais 70,2 milhões de doses, para a campanha nacional de vacinação contra a influenza. As outras 6,6 milhões de doses serão entregues em setembro, quando ocorrerá a campanha contra influenza dos estados do norte do Brasil.
“A vacinação contra influenza é de extrema importância, sobretudo para idosos e pessoas com algum tipo de comorbidade. O vírus influenza ainda causa preocupação devido à capacidade de adaptação, além de facilitar as complicações para outras síndromes respiratórias. Antecipar os lotes desta vacina ao Ministério da Saúde, reforça o compromisso do Butantan com a saúde pública da população brasileira”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.
O imunizante trivalente do Butantan é produzido por meio de vírus inativado e utiliza como matéria-prima ovos embrionados, que servem como incubadora para o vírus. Desde 2021, a vacina entrou para a lista de pré-qualificadas da OMS. A adesão neste rol significa uma validação às Boas Práticas de Fabricação (BPF) e aos processos de farmacologia, estudos clínicos, regulação, produção e qualidade envolvidos na fabricação desse imunizante.
Com vírus mutável, vacina varia todo ano
A gripe é uma doença respiratória infecciosa aguda causada pelo vírus influenza, que circula em todo o mundo. A doença é mais frequente nos meses de outono e inverno.
Os vírus influenza que têm característica de circulação sazonal são os tipos A e B, que apresentam uma grande variedade de subtipos e linhagens. A cada ano, as cepas circulantes variam devido à alta capacidade de mutação do vírus, o que torna necessária a produção de novas versões da vacina.
O vírus da gripe é altamente mutável. Por isso, anualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define, com base nas cepas circulantes no mundo, quais irão compor os imunizantes para cada hemisfério.
Neste ano, para o hemisfério sul, foram designadas: A/Victoria/4897/2022 (H1N1); A/Thailand/8/2022 (H3N2); e B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria).
Quem pode vacinar contra a gripe
Podem receber a vacina da gripe:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
- Trabalhadores da Saúde;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.