Obesidade, sedentarismo, alimentação abundante em gordura, estresse e tabagismo são algumas das causas do colesterol alto. Outras pessoas podem desenvolver o problema por questões genéticas e, por isso,  nem sempre a dieta é suficiente para controlá-lo. Medicações seguras e eficientes estão disponíveis e devem ser consideradas em muitas situações para que a prevenção seja eficaz.

A dislipidemia, que é a presença de níveis elevados de gorduras (colesterol e triglicerídeos) no sangue é o principal fator de risco tratável para evitar infarto e derrame. As doenças cardiovasculares, representadas pelo infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC ou derrame), são a principal causa de morte no mundo.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo alerta para o problema e recomenda o correto tratamento do nível elevado de gordura no sangue, que provoca índices de colesterol (LDL) acima do recomendável e pode desencadear várias e sérias doenças.

Síndrome metabólica

Dados do Ministério da Saúde apontam que 40% dos brasileiros têm colesterol (LDL) elevado. Em muitos casos, hipertensão e colesterol elevado coexistem no mesmo paciente. As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no mundo, responsáveis por 30% das mortes globais, taxa praticamente idêntica à encontrada no Brasil – em nosso país, uma pessoa morre do coração a cada dois minutos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Além disso, níveis elevados de LDL oferecem risco de 50% para infarto, 25% para derrame.

Expressiva parcela da população sofre de Síndrome Metabólica, conjunto de fatores de risco que se manifestam no indivíduo e aumentam as chances do desenvolvimento de doenças cardíacas, como obesidade central: circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem; e hipertensão arterial: glicemia alterada ou diagnóstico de diabetes.

Endocrinologistas alertam: controle do colesterol é para a vida inteira

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo mundo alta. A taxa do colesterol ruim (LDL) é um dos responsáveis pelo processo de aterosclerose que leva ao aumento do risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral – AVC (derrame).  Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), grande parte das pessoas têm colesterol alto pelo estilo de vida inadequado. Obesidade, sedentarismo e alimentação rica em gordura são algumas das causas. 8 de agosto é o  Dia Nacional de Combate ao Colesterol.

Outras pessoas têm o colesterol alto devido à sua genética. Por isso, nem sempre a dieta é suficiente para controlar o colesterol. Medicações seguras e eficientes estão disponíveis e devem ser consideradas em muitas situações, junto com o médico, para que a prevenção seja realmente eficaz.

A presidente da regional RJ da SBEM, Flávia Conceição explica que manter uma dieta saudável, fazer atividade física e cessar o tabagismo são fundamentais para prevenir o colesterol. “Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar atendimento médico para tratamento”.

Os estudos demonstram que as placas de gordura nas artérias começam muito cedo. A estimativa é de que aos 20 anos, cerca de 20% das pessoas estarão afetadas de alguma forma.

Uma dieta hipocalórica, pobre em gordura saturada e colesterol, é fundamental para o tratamento da dislipidemia. A atividade física moderada, realizada durante 30 minutos, pelo menos quatro vezes por semana, auxilia na perda de peso e na redução dos níveis de colesterol e triglicérides. Mesmo assim, ainda pode ser necessária a administração de medicamentos.

A redução das taxas de LDL-colesterol para os níveis desejados, particularmente pelo emprego de estatinas (quando indicado tratamento medicamentoso) é o que tem demonstrado maior benefício na prevenção e diminuição de mortalidade cardiovascular na população.

A SBEM nacional criou uma logo para a campanha, um vídeo de 30 segundos que está sendo divulgado nas redes sociais e um folder com diversas orientações. Além disso, haverá um conteúdo mais detalhado no site da entidade e de suas regionais, como é o caso do Rio de Janeiro.

Causa da aterosclerose

A principal causa de aterosclerose é a dislipidemia, o maior fator de risco tratável de aterosclerose. É caracterizada pela presença de níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue. Colesterol e triglicérides estão incluídos nessas gorduras, que são importantes para que o corpo funcione. No entanto, quando em excesso, colocam as pessoas em alto risco de infarto e derrame.

O risco de aterosclerose coronariana aumenta, significativamente, em pessoas com níveis de colesterol total e colesterol LDL acima dos patamares da normalidade. Os níveis ideais são individualizados e devem ser calculados pelo médico, pois variam para cada paciente conforme seu histórico de doenças e fatores de risco para doença cardiovascular.

Pessoas com diabetes tipo 2 têm maior prevalência de alterações do metabolismo dos lipídios. Assim, o tratamento da dislipidemia nesses pacientes pode e deve ser mais agressivo para reduzir a incidência de eventos coronários fatais.

O diagnóstico da dislipidemia é feito, laboratorialmente, medindo-se os níveis plasmáticos de colesterol total e suas frações (LDL-colesterol ou “colesterol ruim” e o HDL-colesterol ou “colesterol bom”) e triglicérides.

 Fonte: SBEM e SBEM-RJ

 

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