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O Museu da Justiça do Rio de Janeiro abre suas portas ao público para a mostra “Presenças Invisíveis”. A exposição reúne trabalhos desenvolvidos por mulheres vítimas de violência doméstica que vivem atualmente protegidas em abrigos. Aberta ao público e com entrada franca, a mostra montada no salão histórico do Tribunal do Júri do museu apresenta 13 painéis com pinturas sobre lençóis, retratando, através da arte, as dores, angústias, sofrimentos e esperanças dessas mulheres.
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Idealizada pela artista plástica Isabela Francisco, serventuária do Tribunal de Justiça do Rio, a exposição foi inaugurada na terça-feira, dia 8 de março, quando se comemorou o Dia Internacional da Mulher, e fica aberta ao público até o dia 3 de junho, sempre de segunda a sexta-feiras, das 11h às 17h.
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Quem for visitar a mostra também poderá conferir no Salão dos Passos Perdidos, espaço conjugado com o Tribunal do Júri do Museu, o trabalho elaborado pela servidora Isabela Francisco, sobre imagens da fotógrafa Rosane Naylor quando as mulheres abrigadas produziam os painéis.
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I Uma das obras da exposição que o público poderá conferir de perto até junho de 2022
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Na abertura da exposição, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, destacou a importância da exposição como mais uma iniciativa que dá visibilidade e contribui para o combate à violência contra a mulher: “Essa exposição é uma forma da Justiça estar próxima da sociedade e tratar de um tema tão fundamental e urgente, como o combate à violência doméstica contra a mulher.
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Figueira lembrou o início do trabalho desenvolvido pelo Judiciário fluminense no combate à violência doméstica e contra a mulher, intensificando suas atenções aos projetos voltados para o tema. “Há cerca de 10 anos o TJRJ começou a seguir nessa vereda de proteção das mulheres por conta da violência doméstica. E foi avassaladora a quantidade de processos que recebemos”.
Ainda segundo ele, os juízes não tinham conhecimento de que tinha tanta demanda reprimida e tantas mulheres e famílias esperando uma resposta da Justiça. “O Tribunal, da maneira que pode, mesmo sem atingir os 100%, vem conseguindo fazer valer a sua função de julgar, procurando dar proteção e guarda para essas mulheres e famílias vítimas de violência. ”
Presidente do Tribuna de Justiça do RIo escreve no painel livre da mostra
A cerimônia de abertura contou, ainda, com o lançamento do livro “Metendo a Colher”, do desembargador Wagner Cinelli, do TJRJ. A nova obra do magistrado, destacado defensor do combate à violência contra a mulher, é inspirada no ditado “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”.
O livro reúne vários artigos publicados na imprensa pelo desembargador e outros colaboradores, abordando questões como o ciclo da violência, a importância da proteção à mulher e a necessidade de seu empoderamento social. Durante a cerimônia de inauguração da exposição, a jovem Gabriela Zimmer, de 17 anos apresentou ao público presente a poesia de sua autoria, “Meus Passos”. Em seguida, a idealizadora da mostra, Isabela Francisco, comandou uma visita guiada pelas obras.
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Presidente do TJRJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, acompanha explicação da curadora da mostra, Isabela Francisco (de preto),” ao lado da primeira-dama do Estado, Analine Castro
Também participaram da cerimônia de inauguração o corregedor-geral da Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; o presidente do TJRJ no biênio 2007-2008, desembargador José Carlos Murta Ribeiro; a diretora-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, desembargadora Cristina Tereza Gaulia; e a presidente da Amaerj, juíza Eunice Haddad.
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Serviço:
Nome: Exposição “Presenças Invisíveis”
Local: Museu da Justiça do Rio – Rua Dom Manuel, 29 – 2º andar – Centro
Data: Aberta ao público de 9 de março a 3 de junho de 2022, de 2ª a 6ª feira, das 11 às 17h
Indicação etária 12 anos
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Mostra revela impressões de mulheres vítimas de violência
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