Brasileiro desconhece doença que ataca o pulmão

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A Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI) é uma doença grave e sem cura, desconhecida por 96% dos brasileiros
A Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI) é uma doença grave e sem cura, desconhecida por 96% dos brasileiros

Você já ouviu falar de Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI)? Essa doença grave e sem cura, desconhecida por 96% dos brasileiros, ganhou  inclusive um dia mundial (7 de setembro) no calendário da saúde, como forma de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento.  Sem causa identificada (por isso o nome idiopática), a FPI está no grupo das doenças respiratórias e provoca cicatrizes (fibroses) permanentes no pulmão, levando ao declínio da função pulmonar.

A doença é muito associada ao tabagismo (56%), infecções (40%) e poluentes (38%), como revelou recente pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido da farmacêutica Boehringer Ingelheim. Este estudo mostrou que menos de 5% dos entrevistados afirmam ter conhecimento razoável, bom ou profundo sobre FPI, que apresenta sobrevida menor que muitos tipos de cânceres – como de mama e próstata.

Apesar de ter incidência maior em pessoas com mais de 50 anos, esse grupo representa 85% dos entrevistados que relatam não ter conhecimento sobre a FPI, como causas, sintomas e tratamento. O ‘Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro’ foi realizado entre maio e junho de 2015 e consultou 2.010 pessoas de diferentes classes, gêneros e localidades do país.

Ao todo, 44% dos entrevistados apresentavam sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado no peito, coriza) que, geralmente, são percebidos como manifestações de doenças como FPI, asma, bronquite e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).

“Há fatores de risco, como tabagismo, exposição prolongada a contaminantes ambientais e infecções pulmonares virais ou bacterianas. Menos de 5% dos casos são hereditários”, explica o Adalberto Sperb Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS) e um dos maiores especialistas do país.

Principais sintomas, diagnóstico e tratamento

Dos entrevistados que informam conhecer a doença os sintomas mais citados são, principalmente, o cansaço (62%), a falta de ar (61%) e a tosse seca (45%).  Além destes sintomas, que são os mais recorrentes, existem indícios que são menos comuns, como a deformação na ponta dos dedos, que ficam parecidos com baquetas de um tambor, devido ao tempo prolongado de falta de oxigenação.

Na fase inicial da doença os sintomas são muito confundidos com o envelhecimento, doenças cardíacas, enfisema pulmonar, bronquite crônica ou outras doenças inflamatórias do pulmão. Por conta disso, estima-se que metade dos pacientes é diagnosticada erroneamente e o tempo médio para o diagnóstico leva de um a dois anos após o aparecimento dos sintomas.

Assim que os sintomas da FPI são percebidos, é necessário procurar um médico pneumologista. As principais técnicas que possibilitam o diagnóstico da FPI são o histórico médico, o exame físico, o resultado de uma tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR)  e, em alguns casos, uma biópsia de pulmão.

“A falta de conhecimento, apontada pela pesquisa, é um sinal preocupante, principalmente entre pessoas com mais de 50 anos. É de extrema importância que a população saiba mais sobre doenças como a Fibrose Pulmonar Idiopática, tendo consciência que falta de ar e tosse seca podem ser indícios da enfermidade e procurem imediatamente um pneumologista caso apresentem esses sintomas. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para o paciente com FPI”, conclui o Dr Rubin.

Já sobre o tratamento, 88% dos pesquisados afirmam não conhecer a existência de medicamentos para FPI, pelo menos até a realização da pesquisa, sendo obrigados a controlar os sintomas com o  uso frequente de oxigênio. Desde fevereiro de 2016 no mercado brasileiro, no entanto, um novo medicamento promete desacelerar a progressão da doença em 50%.

De acordo com pesquisas, Nintedanibe, desenvolvido pela  Boehringer Ingelheim, também atua para retardar as exacerbações (crises de piora súbita), responsáveis pelo falecimento de mais de 60% dos pacientes com FPI que são hospitalizados.

Fonte:  Boehringer Ingelheim

 

 

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