Ao ser informada que Eliezer e Natalia se beijaram durante a festa que aconteceu na quarta-feira (9) na casa do Big Brother Brasil, a sister Maria afirmou que não havia problema ou ciúmes em relação a isso, mas se demonstrou preocupada pelo fato de Eli estar com herpes nessa semana. Informações falsas e diversas dúvidas sobre esse assunto podem ser constante na mente de quem está prestes a ter um encontro com um novo interesse amoroso.

A infectologista Flavia Cohen  explica que a contaminação pelo beijo só é possível de ocorrer dentro do período de infecção, ou seja, com as lesões ativas. “O beijo deve ser evitado desde a fase inicial, com os primeiros sintomas como a vermelhidão no local até o período de cicatrização total, quando não há mais qualquer indicio que o vírus esteja presente nos lábios. Quando uma pessoa que está infectada beija outra as chances de transmissão são altíssimas, então é importante que haja esse cuidado antes do ato”, explica.

No herpes tipo 1, responsável pelo contágio de herpes labial, há a presença de vermelhidão, pequenas bolhas que são compostas por um líquido claro e que pode ser confundido com pus, além disso, a sensação de ardor fica no local”. Esse tipo de herpes pode ficar localizado na região do lábio ou até mesmo na parte interna da boca.

 

Estresse é maior inimigo de quem tem herpes

Herpes labial é comum; veja sintomas e como tratar a doença (Imagem: iStock)

O vírus pode ser ativado algumas formas, em sua maioria relacionado ao sistema imunológico enfraquecido. O estresse pode ser considerado como o maior inimigo a quem possui o herpes, já que a parte emocional é importante nessa questão.

O cirurgião-dentista Camillo Anauate-Netto, conselheiro do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), confirma que a herpes labial pode ser desencadeado pelo estresse, comum nessas situações que impõem mudanças na rotina. “Como prevenção, a melhor alternativa é manter a boa higienização, que favorece o sistema imunológico e diminui o risco de outras lesões”, ressalta.

A exposição excessiva ao sol ou ao frio intenso, variações hormonais, como o período menstrual também podem ser fatores reativos da doença. “É comum que o primeiro contato com esse vírus seja na infância, ele fica alojado nos gânglios nervosos podendo estar presente na vida do paciente por inúmeros anos (latente) sem a presença de um sintoma, podendo ser ativado ou reativado quando há uma queda na imunidade”, ressalta Flávia Cohen.

Com o surgimento dos sintomas, Flavia aconselha que sempre busque um médico para um correto diagnóstico clínico e indicação de tratamento específico que podem variar entre pomada ou comprimido. A infectologista também alerta sobre a automedicação, para ela, deve ser sempre evitada já que pode desencadear outros problemas na saúde do paciente.

‘Não faça como os brothers’, alerta dentista

O confinamento na “casa mais vigiada do Brasil” traz alguns alertas a respeito da higiene bucal. No BBB 21, o mau hálito foi um problema que repercutiu entre os companheiros de confinamento. De acordo com Camillo Anauate-Netto, 95% dos casos de halitose que têm origem na boca são decorrentes justamente da precária higiene bucal que gera problemas como cárie dental, doenças gengivais e a saburra lingual, causas comuns para o mau cheiro.

O especialista afirma que 90% dos pacientes que se queixam de mau hálito desenvolvem mudanças no comportamento, sentimento e pensamento. “É comum que eles interpretem gestos normais de outras pessoas, como passar a mão no nariz ou oferecer-lhes uma bala, como se fossem reações negativas ao possível mau hálito. Muitos desenvolvem sintomas típicos de ansiedade social”, ressalta.

Alguns participantes do programa têm substituído a escovação por um simples bochecho com enxaguante bucal, mas isso não assegura a correta higiene da boca e dos dentes. O produto deve ser recomendado pelo cirurgião-dentista quando a pessoa realmente necessita, em função de processos inflamatórios ou infecciosos.

“O enxaguante tem ação irrelevante quando comparado à higienização mecânica; serve apenas para proporcionar alguma ação antisséptica e um hálito com sabor diferenciado. Quem confia excessivamente no enxaguante bucal corre mais risco de cárie e doença gengival”, explica Camillo.

A mudança dos hábitos e a falta de escovação decorrentes de um confinamento prolongado podem acarretar outros problemas, como cárie, doenças gengivas e aftas na mucosa, que podem ser causadas por resíduos de alimentos que ficam ali depositados por longas horas.

“Menos escovação somado à uma má alimentação – rica em carboidratos e açúcares, consumo que aumentou com a ansiedade de estar em casa – é um risco em potencial para danos aos tecidos bucais”, destaca o profissional que também é membro da Câmara Técnica de Dentística do CROSP

Pandemia faz pessoas relaxarem com a saúde bucal

Mas não só os famosos participantes estão sujeitos a deixar seus bons hábitos de lado porque passam por uma drástica alteração de rotina. Durante o isolamento social, sem agenda social e horários definidos para acordar, trabalhar, fazer as refeições ou tomar banho, por exemplo, muitas pessoas têm negligenciado o trato da saúde bucal.

“Os hábitos de higiene bucal devem ser rigorosamente mantidos independentemente de estarmos ou não com a agenda normal. “A boca é o segundo local do corpo humano que tem mais bactérias, atrás apenas do intestino grosso”, destaca Camillo Anauate-Netto, que também é membro da Câmara Técnica de Dentística do CROSP.

Para evitar o desenvolvimento das placas bacterianas e da cárie dental, é preciso estar atento à correta higiene bucal, que deve ser feita três vezes ao dia por meio da escovação com creme dental, uso de fio dental ou escovas interdentais calibradas, e escovas especiais ou raspadores de língua.

Camillo Anauate-Netto diz que existem duas formas de se higienizar a boca, a social e a técnica. “A social é aquela que fazemos de forma rápida, apenas com a escova dental. Já a técnica é a que fazemos de forma correta, utilizando também o fio dental, observando a limpeza da língua com um raspador e, em casos especiais, um enxaguante bucal. O correto é fazer a escovação técnica três vezes ao dia. Uma boa escovação não se faz em menos de 6 minutos.”

Depois da escovação, é preciso seguir um protocolo para guardar e manter a escova em boas condições. A recomendação é lavar a escova dental abundantemente em água corrente, até que nenhum resquício de creme dental fique depositado. Após isto, fazer a secagem com papel absorvente e guardá-la, individualmente, em recipiente fechado. “É de boa prática também borrifar solução de clorexidina a 0.12% como ação bactericida e trocar a escova em, no máximo, três meses”, orienta.

No entanto, se o problema já existe, a única solução é recorrer ao cirurgião-dentista para a realizar a limpeza profissional, com remoção dos agentes agressores. O Brasil dispõe de uma das melhores práticas clínicas odontológicas do mundo. Mas, ainda que tenhamos as melhores técnicas e profissionais, tanto para cuidar da saúde bucal quanto para melhorar a estética dentária, muitos parecem ignorar algumas orientações básicas para evitar problemas e constrangimentos. Ao que parece, alguns não estão muito preocupados com a higiene da boca.

Com Assessorias

 

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