Criada em 2014, a campanha ‘’Janeiro Branco’’ tem o objetivo de mobilizar a sociedade em favor da saúde mental, diminuindo o estigma em torno do tema e promovendo a possibilidade de promoção do cuidado psíquico nos indivíduos e na sociedade. Para além dos desafios originados pela recente pandemia, lidar com os problemas de saúde mental da população tem despontado como uma das prioridades de instituições públicas e privadas. No Brasil, os planos de saúde têm tido um papel importante nesse desafio, aponta a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante de grandes operadoras do mercado.
A entidade alerta que os atendimentos de saúde mental pelos planos de saúde cresceram 27% entre 2019 e 2021, quando foram registradas 37 milhões de consultas, sessões e internações relacionadas à saúde mental. Cerca de 85% desses procedimentos (31,2 milhões) foram sessões de psicoterapia e terapia ocupacional, que avançaram 33% desde 2019, conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A FenaSaúde destaca, ainda, que a telessaúde foi extremamente importante para suprir essa demanda no período da pandemia. A Lei nº 13.989/2020, que dispunha sobre o uso da telemedicina durante a crise causada pelo coronavírus, foi revogada e desde 28 de dezembro de 2022 está vigente da Lei nº 14.510, que autorizou em caráter definitivo a prática da telessaúde em todo o território nacional para todas as profissões de saúde regulamentadas.
Desde o início da pandemia, as associadas à FenaSaúde realizaram mais de 11 milhões de teleconsultas, inclusive para suporte à saúde mental. As internações psiquiátricas cobertas por planos de saúde, incluindo hospital dia, ultrapassaram 221 mil, um aumento de 4,7%. Também foram registradas, em 2021, 5,3 milhões de consultas psiquiátricas, número estável em relação a 2019, conforme últimos dados disponibilizados pela ANS.
Plataforma aposta em atendimento psicológico à distância
“Não é à toa que o cuidado com a saúde mental está tão em evidência. Em épocas em que processamos tantas informações e acumulamos preocupações, infelizmente está se tornando comum ver casos em que o psicológico afeta o corpo e a qualidade de vida das pessoas de maneira geral. É um ponto que cresceu muito com as mudanças sociais, e as empresas de saúde devem dar a devida atenção a ele.”, afirma Vitor Moura, CEO da plataforma VidaClass Saúde.
Facilitar o acesso a especialistas, exames e demais serviços de saúde por meio da tecnologia e ferramentas modernas é um dos pilares que a healthtech VidaClass Saúde coloca como fundamentais para evoluir no tratamento, entre outros problemas, das doenças mentais.
“Abordando a saúde mental, conseguimos destacar ainda mais a importância de uma telemedicina, por exemplo. Uma pessoa que está desmotivada para se locomover até um consultório pode dar os primeiros passos do seu atendimento com poucos cliques, e, a partir disso, começar a ver todo o cenário do cuidado com o mental de uma maneira mais positiva.”, explica Moura.
Hospital investe em informações para pacientes
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo. O relatório, divulgado neste ano, ligou um alerta quanto à saúde mental. E, não à toa, a procura por termos relacionados ao assunto em plataformas de busca, como o Google, estão em alta, o que motivou a realização do projeto, que é conduzido pelo time de mídias sociais da organização.
O Hospital Albert Einstein lança, neste mês, um projeto digital para promover a conscientização sobre saúde mental em referência ao Janeiro Branco, campanha que chama a atenção para o tema. Ao longo do mês, uma série de conteúdos digitais serão publicados no Instagram, Facebook e YouTube da organização, além de textos informativos no blog Vida Saudável e artigos para o LinkedIn.
Os temas, que foram pensados com apoio de especialistas das áreas de psiquiatria e psicologia do hospital, vão desde a importância da socialização e dos relacionamentos para a saúde mental e estratégias para controle de crises de ansiedade até questões relacionadas ao Burnout, o impacto da hiperconectividade e excesso de informações, relação entre natureza e saúde mental, depressão e luto, e positividade tóxica.
Segundo o Einstein, “as iniciativas reforçam seu posicionamento como fonte confiável de informação e reiteram seu compromisso com a democratização do conhecimento sobre saúde”. Nos meses de novembro e dezembro, o Einstein já havia implementado um projeto similar, com foco na relação entre saúde e esportes — o “Saúde em Campo”. Durante a Copa do Mundo do Catar, a organização se aprofundou em temas como possíveis lesões, exames obrigatórios e a pressão mental em momentos decisivos, como num jogo de futebol.
Com Assessorias