Mobilizar a população para combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Este objetivo uniu as secretarias estadual e municipal de Saúde do Rio de Janeiro neste sábado (16), escolhido como o Dia D da campanha “Atitude contra o Mosquito” para alertar sobre os riscos das doenças e dar dicas de como eliminar os focos do vetor dentro da própria casa.

A iniciativa acontece em todo o estado, que registrou no ano de 2018 um total de 39.082 casos de chikungunya, 14.763 de dengue e 2.339 de zika. Neste ano, até 7 de março, foram registrados 5.210 casos de chikungunya, 2.163 de dengue e 123 registros de zika.

Dois eventos marcaram o Dia D, em Madureira e Duque de Caxias. Entre as atividades, estavam checagem de locais, distribuição de material informativo, laboratório para a exposição ao público sobre as etapas de desenvolvimento do mosquito e orientação de como combatê-lo, além de um posto de vacinação da febre amarela.

A equipe de profissionais de educação física do Programa Academia Carioca promoveu uma caminhada e atividades educativas com os moradores do bairro. Também foram realizadas atividades de promoção de saúde e distribuição de material informativo para a população. A mobilização foi encerrada às 12h.

Nas clínicas da família e centros municipais de saúde, as atividades contaram com a participação dos profissionais de saúde e da equipe de profissionais de educação física do Programa Academia Carioca que realizaram atividades de promoção da saúde e educativas, além de distribuição de material informativo nas residências e imóveis comerciais nos territórios.

Mais de 80% dos focos estão nas residências

Para Edmar Santos, secretário de estado de Saúde, a ajuda da população é fundamental nesse combate, já que 80% dos focos do mosquito são detectados em imóveis residenciais. A secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, reforçou a convocação, lembrando que 10 minutos por semana são suficientes para derrotar o mosquito.

Uma vez por semana, 10 minutos por dia e o morador se certifica que não está em risco e nem gerando risco para seus vizinhos. É fundamental buscar os focos internos, como ralos de banheiro, vasos de planta e bandejas de ar condicionado”, disse ela.

Segundo ela, de todas as arboviroses que ocorrem no Estado do Rio, a preocupação maior é com a chikungunya, doença para qual o perfil epidemiológico da população carioca não é favorável, sem imunidade, o que faz com que grande parte da população esteja suscetível ao vírus.

Município tem baixo risco de infecções

Na capital, segundo a SMS, este ano já foram realizadas 1,2 milhões de visitas de inspeção para busca e eliminação de possíveis focos do Aedes aegypti. O mais recente Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado do dia 3 a 9 de fevereiro, registrou baixo índice de infestação predial (IIP): 0,8%.
O resultado mantém o município na faixa verde, que representa baixo risco para ocorrência das infecções transmitidas pelo vetor. O índice é considerado satisfatório quando apresenta menos de 1% com criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Apesar do bom resultado, a Prefeitura alerta que não se pode relaxar e que é importante dar continuidade à mobilização dos órgãos públicos e da população no combate aos focos do vetor.
Para prevenir e evitar epidemia das arboviroses, a Prefeitura do Rio também promove a campanha “Aqui mosquito não se cria”, que realiza atividades de promoção do combate ao Aedes aegypti na cidade do Rio. A população também pode ajudar denunciando os possíveis focos por meio da Central de Atendimento da Prefeitura do Rio, no número 1746.

Febre amarela

Até maio, 35 postos de vacinação serão montados em diversas regiões do estado com o objetivo de imunizar mais 4 milhões de pessoas e alcançar a cobertura vacinal de 95% do público-alvo. Até o momento, já foram imunizados cerca de 11 milhões de pessoas.

Central do Brasil e Praça XV foram os primeiro locais a receberem postos de vacinação. A campanha volante ainda passará por Nova Iguaçu, São João de Meriti, Rodoviária do Rio, Ceasa, Mercadão de Madureira, entre outros pontos.

Ação conjunta em Madureira conscientiza sobre eliminação de focos do mosquito (Foto: Maurício Bazílio / SES)

Conscientização nas escolas

A SES também articulou, em parceria com a Secretaria de Educação, a Semana Estadual de Combate às Arboviroses nas Escolas, que aconteceu em unidades municipais e estaduais. Durante as visitas, profissionais do Programa Saúde na Escola (PSE) realizaram atividades lúdicas demonstrando como a vistoria para acabar com focos em casa deve ser feita.

A equipe também distribuiu revistas com atividades educativas contra arboviroses e fez checklist de ações semanais de limpeza e prevenção nas próprias unidades escolares. Também estão sendo realizadas atividades pedagógicas voltadas ao combate do Aedes com gincanas, produção de textos, apresentação de teatro e música e exposição.

Capacitação de profissionais

Desde o início de janeiro, a SES já capacitou mais de dois mil profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, com o objetivo de melhorar o atendimento aos pacientes com sintomas em casos de arboviroses.

Técnicos da Secretaria também estiveram em dezenas de municípios para avaliar, junto às secretarias municipais, os planos de contingência mais adequados para cada área. A SES ainda disponibiliza larvicida e adulticida e ampliou o público-alvo para entrega de repelente em Unidades Básicas de Saúde (UBS).M

Mais sobre o Aedes

O Aedes aegypti é doméstico, vive dentro de casa e perto do homem. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Por isso, é importante o uso de telas em janelas e portas, mosquiteiros, roupas compridas, além de uso de repelente nas partes expostas do corpo, aumentado a área de proteção.

Sintomas e diagnóstico

A dengue apresenta febre alta e de início súbito e dores no corpo. O zika tem como principal característica as manchas vermelhas (exantema), que causam uma doença chamada febre da zika vírus, associada à febre baixa e dores pelo corpo. Já a chikungunya apresenta sintomas como febre alta e fortes dores nas articulações. O diagnóstico das doenças, na maior parte dos casos, é clínico, ou seja, é feito com base nos sinais e sintomas relatados e observados por profissionais de saúde que indicam o tratamento adequado para cada caso.

Fonte: SES e SMS, com Redação

 

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